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- Generalização da fórmula de Fischer
O objetivo da fórmula de Fischer é obter a taxa de juros nominal i que assegure que a taxa de juros real r tenha uma rentabilidade positiva, seja para aplicação financeira, seja para operações de crédito. E essa rentabilidade deve ser obtida pelo controle das variáveis de risco. Assim, a taxa de juros nominal i deve captar os efeitos dos vários tipos de riscos a que o capital está sujeito, deve corrigi-lo e, em seguida, remunerá-lo à taxa real de juros r. Objetivando a obtenção da fórmula de Fischer generalizada, deve-se considerar um capital C sujeito a um conjunto de riscos, independentes, cujas taxas serão indicadas por θ1, θ2, θ3, ...,θk, em que representam os riscos do tipo 1, do tipo 2, do tipo 3 ..., do tipo k, respectivamente. Se admitirmos que todas as taxas de juros envolvidas são expressas em uma mesma unidade de tempo; e se considerarmos que a operação de aplicação do capital C por uma unidade de tempo, tem-se: 1) que o capital C deverá ser corrigido perante o risco θ1. Logo, C(1+ θ1) representa o valor aplicado, captando o efeito do risco θ1, indicado por C. 2) que o
capital C1 , considerado a partir de t+0 para captar o risco θ1,
deverá ser corrigido perante o risco θ2. 3) que este processo continua de forma a se obter a correção do capital C, captando todos os efeitos dos riscos representados pelas taxas de riscos. 4) que a partir do valor do capital livre de riscos Ck, pode-se remunerá-lo à taxa real de juros rk. Logo, o valor futuro ou de resgate F será dado por F = Ck(1+r), ou
5) que se pode partir do capital inicial C e aplicá-lo por uma unidade de tempo, de forma a obter o mesmo valor futuro F. A taxa de juros nominal i, que realizará esta operação, capta os efeitos dos riscos θ1, θ2, ..., θk e da taxa real de juros r. 6) que, se igualarmos as fórmulas obtidas em 4) e 5), tem-se:
Observações: Se existe como único risco a inflação, então essa fórmula seria igual à original de Fischer, ou seja: (1+i) = (1+θ)(1+r), dado que θ1= θinfl e θ2=θ3= ...=θk = 0 Embora tenhamos obtido uma fórmula que nos possibilita captar os efeitos dos riscos sobre uma operação, deve-se chamar a atenção para o fato de que as taxas de risco θ1, θ2, θ3, ...,θk são variáveis aleatórias que representam previsões dos riscos em análise, o que implica o risco próprio da aleatoriedade, representados pelos desvios. Exemplo. É importante destacar a questão dos riscos de representação dos valores intrínsecos relativos aos tipos de riscos, no caso perdas por atraso e por inadimplência. Isto quer dizer que, os valores de θ2 e θ3, podem não ser representativos do que ocorre em uma conjuntura de inflação com θ1 = 14% ao mês. |
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