1 - Introdução

O processo de investimento consiste na execução de duas tarefas básicas:

  • a primeira inclui determinar as expectativas de retorno e risco inerentes aos ativos disponíveis.
  • a segunda envolve a constituição de uma carteira ótima, ou seja, determinar as melhores oportunidades de risco e retorno disponíveis entre o conjunto de investimentos factíveis. O ramo das finanças preocupado com a determinação de carteiras ótimas é denominado moderna teoria do portfolio.

A teoria do portfolio tem sua base em três pilares.

  • O primeiro pilar (a média do retorno tomada como a média aritmética) se traduz no comportamento de aversão ao risco por parte do investidor. Esse agente demanda remunerações adicionais, caso seja exposto a investimentos de risco. A remuneração adicional, entendida como um prêmio de risco, define-se como a diferença entre a taxa de retorno esperada e as alternativas disponíveis sobre os investimentos livres de risco.
  • E o segundo pilar é a inclusão do conceito de função utilidade. Isto quer dizer que, para quantificar os trade-offs existentes entre risco e retorno para o investidor, é necessário estabelecer uma métrica que permita a comparação. Para tanto, é necessário incluir o conceito de função utilidade, que associa, a cada investimento, certo nível de bem-estar do investidor em função de seu risco e retorno.
  • O terceiro pilar (e a correlação com os outros retornos dos ativos) explicita que o cálculo do risco de um ativo individual é apenas uma parcela do risco de uma carteira de ativos. Nesse sentido, o modo adequado de calcular o risco de uma carteira é considerar o impacto de cada ativo sobre a volatilidade da carteira como um todo. Essa análise nos permitirá concluir que ativos de risco podem atuar como estabilizadores de uma carteira e, desse modo, reduzir o risco total.


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