2 - Hipóteses

(A) Ações individuais dos investidores não afetam os preços de mercado

Existem vários investidores, cada qual com uma dotação (riqueza) que é pequena se comparada ao total de dotações de todos os investidores. Esses investimentos não são capazes de provocar alterações nos preços dos investimentos (rentabilidades). Neste sentido, os investidores são tomadores de preços (price takers) e não formadores de preços (price makers), isto é, atuam como se os preços dos ativos não fossem afetados por suas próprias negociações.

(B) Investidores selecionam carteiras com base em risco e retorno esperado

Essa hipótese será válida se uma de duas condições prevalecer. A primeira condição é que a distribuição de probabilidade de todos os ativos seja normal. A hipótese de normalidade, por vezes, não representa uma hipótese heróica. Apesar da distribuição do retorno ser truncada para valores inferiores, não há maiores restrições, em termos práticos, se o horizonte de investimento for curto. A segunda condição é que a relação entre a utilidade e o valor da carteira deva ser quadrático. Cabe destacar que a primeira restrição é preferível à segunda.

Investidores estão em acordo sobre o horizonte de investimento e retornos. Por hipótese, os investidores planejam seus investimentos sobre um único período de tempo que é comum para todos os investidores. Adicionalmente, há concordância sobre os retornos esperados e correlação de todos os ativos, bem como para a estrutura de risco de cada ativo. Finalmente, os investimentos estão restritos ao universo de ativos financeiros negociados, tais como ações e títulos.

Não há fricções ou falta de livre mobilidade no Mercado de Capitais. As fricções são definidas como impedimentos ou restrições ao livre fluxo de informações e capital. Neste sentido, não há custos de transação para negociação de ativos. Adicionalmente, não há cobrança de impostos. Finalmente, não há restrições à venda de ativos a descoberto.



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