Em consequência disso, as instituições financeiras podem ser forçadas a vender alguns de seus ativos menos líquidos para cobrir as exigências de retirada por titulares de seus passivos. Isto resulta num risco de liquidez mais sério; alguns ativos cujos mercados são mais estreitos geram preços mais baixos, numa venda forçada, do que a instituição financeira conseguiria se tivesse mais tempo para negociar a venda. Como resultado, a liquidação de alguns ativos a preço baixo ou de “queima” pode ameaçar a solvência de uma instituição financeira.

Bons exemplos de ativos de baixa liquidez são os empréstimos bancários a empresas de pequeno porte. Tais problemas sérios de liquidez podem eventualmente levar a uma corrida em que todos os titulares de passivos buscam retirar seus fundos da instituição financeira ao mesmo tempo. Isso transforma o problema de liquidez da instituição financeira num problema de insolvência, podendo levá-la à falência.


O planejamento de liquidez é um componente essencial da previsão (e da capacidade de enfrentamento) de problemas de liquidez. Permite aos administradores a tomada de decisões importantes de captação de recursos antes da ocorrência de eventos relativamente previsíveis. Esse planejamento pode reduzir o custo de fundos (com a determinação de uma combinação ótima de recursos) e minimizar o excesso de reservas que um banco precise manter.

As autoridades reguladoras têm reconhecido à instabilidade intrínseca do sistema bancário em decorrência da sua natureza, e para lidar com isso utiliza-se do redesconto bancário e do seguro de depósitos para enfrentar os problemas de liquidez.



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