Resumo
A DFC é obrigatória para as empresas que
negociam suas ações em Bolsa (Capital Aberto) e para as
S/A de Capital Fechado que tenham o Patrimônio Líquido
superior a R$2.000.000 (dois milhões de reais).
A DFC é de grande importância para fins gerenciais e pode
ser construída a partir dos dados contidos em outras demonstrações.
Analisar os fluxos de caixa de uma entidade significa identificar os
fatores que contribuíram para o aumento ou diminuição
dos seus recursos financeiros.
Entende-se por caixa todas as disponibilidades financeiras da organização,
incluído o dinheiro depositado em banco e as aplicações
financeiras imediatamente resgatáveis.
Essa análise permite extrair conclusões quanto à
(às) : a) capacidade da organização de gerar recursos
para financiar suas operações (compras, vendas, produção)
com recursos próprios; b) capacidade da organização
de gerar recursos para amortizar suas dívidas e honrar os compromissos
delas decorrentes (juros etc.); c) capacidade da organização
de gerar recursos para remunerar seus proprietários; d) capacidade
da organização de gerar recursos para realizar investimentos
com recursos próprios; e) aplicação dos excedentes
de caixa gerados pelas operações e os recursos obtidos
de terceiros ou dos proprietários; f) fontes de recursos utilizadas
para cobrir insuficiências de caixa, incluídos os recursos
de terceiros, aportes de capital dos proprietários e receitas
não operacionais, quando os recursos gerados pelas operações
não se mostram suficientes.
Na elaboração do fluxo de caixa as entradas e saídas
de recursos são separadas em atividades: operacionais, investimentos
e financiamentos.
A variação
dos ativos/passivos não circulantes provoca a seguinte alteração
no caixa:
A falta
de geração de caixa em volume suficiente para financiar
as operações de uma empresa é o que tem levado
muitas empresas ao processo de falência, com a ressalva de que
nem sempre uma empresa lucrativa consegue gerar caixa.
Na apuração do lucro, pela Demonstração
do Resultado do Exercício – DRE, as receitas e despesas
são contabilizadas pela ocorrência do fato gerador (regime
de competência do exercício), independentemente do recebimento
das receitas e do pagamento das despesas.
Desta forma, ter lucro não implica em ter dinheiro.
Na DFC, aplicamos o regime de caixa em substituição ao
regime de competência, verificando as entradas e saídas
de recursos financeiros.
Ao contrário da DOAR, que demonstra a totalidade de variações
ocorridas ao longo do exercício, a DFC objetiva identificar apenas
as modificações que ocorreram na posição
financeira das empresas no curtíssimo prazo.
Conforme Marion (2003, p.427), a “... DFC propicia ao gerente
financeiro a elaboração de melhor planejamento financeiro,
pois numa economia tipicamente inflacionária ao é aconselhável
excesso de Caixa, mas o estritamente necessário para fazer face
a seus compromissos. Por meio do planejamento financeiro o gerente saberá
o momento certo que contrairá empréstimos para cobrir
a falta (insuficiência) de fundos, bem como quando aplicar no
mercado financeiro o excesso de dinheiro, evitando, assim, a corrosão
inflacionária e proporcionando maior rendimento à empresa”.
Na elaboração da DFC as entradas/saídas de caixa
são segregadas em atividades: os operacionais, de financiamentos
e de investimentos.