A decisão
de seleção de alternativas de investimento não
é necessariamente a mesma quando utilizamos a Taxa Interna
de Retorno ou o VPL. Para entendermos este primeiro problema envolvendo
a TIR é necessário discutir-se o conceito de Taxa Interna
de Retorno Incremental
Para
efeito didático vamos analisar um problema simples, o qual
consiste na escolha entre dois projetos, por uma empresa que possui
$ 250.000 para ser investido. A taxa mínima de atratividade
requerida pela empresa é de 10%a.a., conforme projetos a seguir:
Repare que há
uma diferença entre os projetos A e B. O primeiro possui um
valor de investimento de $ 130.000 enquanto o segundo $ 250.000.
O raciocínio
é o mesmo em relação aos fluxos de caixa. O projeto
A possui fluxos fixos de $ 40.000 e o Projeto B de $ 75.000 fixos
ao longo dos 5 anos. Se calcularmos a TIR dos dois projetos tem-se
o seguinte resultado:
Portanto,
pelo que foi visto até agora, se tivéssemos que escolher
apenas um projeto, escolheríamos o projeto A, pois é
o que apresenta a maior TIR. Uma taxa de 16,32 % contra uma de 15,24%.
Correto?
O raciocínio básico por trás
da TIR é o de se procurar obter um único valor para
sintetizar os méritos de um projeto. Este valor não
depende do que ocorre no mercado de capitais, mas sim, levar em
consideração os aspectos do fluxo de caixa do seu
projeto.
É por esta
razão que é chamada Taxa Interna de Retorno.
Seu valor é interno, intrínseco ao projeto em estudo, e
não depende ou sofre interferência de mais nada além
do fluxo de caixa.
Dessa forma, a TIR é uma metodologia que
pode induzir a alguns erros de decisão, pois se baseia
em alguns pressupostos que não correspondem à realidade.