| Mais uma vez, ocorre uma situação inusitada. Na proposta cuja TIR é maior, o VPL é menor. E, desta vez, os valores inicias de cada uma são iguais.
Na verdade, o problema aqui é que a TIR não espelha a realidade devido à premissa implícita no seu cálculo. Como já mencionado, a TIR só leva em consideração o fluxo de caixa e, a depender do método ou composição do fluxo, podem ocorrer distorções. Para comprovarmos o que estamos falando, vamos simular o cálculo interno feito pela TIR. Para tanto, basta pegarmos cada um dos fluxos da proposta do Banco FI, por exemplo, e levá-los para o 5º ano, à taxa interna de retorno encontrada, que foi de 10%a.a.
Perceba, então, que a TIR se confirma. Evidentemente, como cada um dos fluxos é capitalizado a 10%a.a., a taxa é a mesma. Contudo, este procedimento é equivocado.
Se houver oportunidades no mercado que possam ser aproveitadas, as taxas de reaplicação podem ser até maiores. Contudo, de fato e até mesmo de forma conservadora, os fluxos de caixa gerados pelos investimentos feitos devem ser reaplicados à melhor taxa disponível que é a de mercado. No exemplo anterior é de 8%a.a.. O cálculo interno da metodologia VPL tem por característica levar em consideração a taxa mínima de atratividade. Assim, a taxa interna de retorno REAL pode ser evidenciada conforme cálculo a seguir:
Portanto, deve-se ter em mente que a TIR não deve ser o único critério para a escolha de projetos mesmo que existam valores iguais de investimento, pois, ao contrário do VPL, a TIR não é uma metodologia conservadora, por pressupor que os fluxos de caixa gerados são reaplicados à mesma taxa interna de retorno e não à taxa de mercado. |
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