Distribuição dos fluxos de caixa após período de payback - Da mesma forma com que a distribuição dos fluxos de caixa dentro do período de payback afeta o valor presente líquido do projeto, os fluxos posteriores também podem evidenciar distorções relativas aos projetos.

Consideremos agora os projetos B, C e D, que possuem fluxos de caixa idênticos dentro do período de payback. Entretanto os projetos C e D trazem fluxos distintos no quarto período o que acaba diferenciando os projetos.

Enquanto, o projeto C traz um fluxo de caixa de $ 500.000 que o qualifica como o melhor dentre todos. Já o projeto D mantém um fluxo de $ 20.000 no último período que, a uma taxa de desconto de 10%, o inviabiliza.

Período
0
1
2
3
4
Payback
Projeto B
(100.000)
50.000
30.000
20.000
60.000
3 anos
Projeto C
(100.000)
50.000
30.000
20.000
500.000
3 anos
Projeto D
(100.000)
50.000
30.000
20.000
20.000
3 anos
VPL
26.255
326.781
26.255

Ou seja, mais uma vez fica claro que o payback não deve ser utilizado isoladamente, pois esta metodologia auxilia o tomador de decisão até um determinado ponto e para um fim exclusivo.


Portanto, tanto os administradores quanto os sócios, proprietários ou acionistas devem levar em consideração, para tomar decisões relativas a investimentos em capital fixo, a metodologia VPL aliada às metodologias de TIR e payback.


Padrão arbitrário de período de payback - Quando uma empresa usa o enfoque do VPL, ela pode recorrer ao mercado de capitais para descobrir a taxa de desconto. Para tanto, utilizam-se modelos existentes, tais como o já estudado CAPM, ou simplesmente utilizam-se parâmetros como a taxa de juros dos títulos governamentais.


A metodologia do payback não permite, até porque não existe, utilização de parâmetros de mercado definidos ou padrões. Ou seja, não existe diretriz equivalente para a escolha do período de payback, de modo que a escolha é, até certo ponto, arbitrária.




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