4. Aspectos históricos e conceituais das companhias abertas

Rossetti e Andrade apontam que o surgimento e institucionalização de arranjos produtivos de propriedade coletiva seguiu um curso histórico paralelo ao percorrido pelo capital em sua trajetória de ascensão ao protagonismo hoje exercido no arranjo econômico global. Destacam os autores que esse desenvolvimento paralelo é de tal magnitude que conduziu as expressões corporação e sociedade anônima a uma condição quase de sinônimas, a manter em destaque o fato de as sociedades anônimas terem sua origem no agrupamento, em corporações, de interesses coletivos, de grupos organizados.

Os autores indicam que a origem da expressão corporação encontra seu nascedouro ainda na Idade Média, nas corporações de artes e ofícios.

As transformações a que foi sendo submetido o processo produtivo quando da Revolução Industrial do século XVIII, a incluir o desenvolvimento tecnológico fundado no uso intensivo de capital, a produção de bens públicos e a produção em grande escala, passaram a exigir grandes montantes de recursos financeiros, conduzindo à necessidade de grandes montantes de capital. Esses montantes passaram a ser, a partir do século XIX, obtidos por intermédio da organização de arranjos produtivos, tendo por base a formação de capitais obtidos em grandes grupos, de forma coletiva.



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