Passada a primeira década do século XXI já não se espera das empresas que busquem, apenas, ser economicamente lucrativas de forma a remunerar seus acionistas. Exige-se que atuem de forma a respeitar as normas legais, implementem em suas rotinas internas as melhores práticas de governança corporativa, incorporem em sua cultura organizacional valores e princípios como transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade, tudo envolto nos mais elevados padrões éticos.

Nesse contexto de percepção dos escândalos como inadmissíveis e condenáveis, e de uma tomada de consciência da necessidade de ações que efetivamente os coíbam, mudando a atitude das empresas, surgiu o conceito de Compliance. Dessa forma, a criação do departamento de Compliance das empresas tem o objetivo de assegurar, em todos os níveis e departamentos de uma organização o respeito aos princípios e normas.

Como se pode entender, o Compliance tem o fito não apenas de assegurar à administração o cumprimento de manuais de conduta, protegendo a integridade da organização, mas também proteger à sociedade, pois a existência de organizações íntegras é um importante passo no sentido de se constituir uma sociedade mais justa em suas ações, mais harmônica em sua convivência.

Também deve ser destacado que, para uma empresa atingir o patamar de estar em Compliance necessário se faz que esse objetivo encontre-se em posição de destaque em seu planejamento estratégico.

O mais elevado nível da administração deve encontrar-se comprometido com sua consecução, não apenas em pronunciamentos vigorosos e declaração de valores, princípios e códigos de conduta, mas também por intermédio de ações concretas que despertem, na cultura da organização, a certeza na implementação do discurso em fatos.



Copyright © 2012 AIEC.