O avanço do estudo da natureza dos eventos, visando a prever comportamentos futuros veio a dar origem, em 1703, a um comentário de Gottfried Von Leibniz:

“A natureza estabeleceu padrões que dão origem ao retorno dos eventos, mas apenas na maior parte dos casos”.

Leibniz

Esse comentário traz uma advertência poderosa, quase sempre desprezada: “... na maioria dos casos...”. De fato, o comportamento de alguns agentes econômicos, conhecedores de análises estatísticas e de probabilidade, parece prenunciar a certeza de que na natureza tudo seria previsível, e que nenhuma mudança ocorreria, o que é, obviamente, um disparate.

A estatística e a probabilidade são ciências poderosas e fortes fontes de análise para o tomador de decisões, mas não asseguram que resultados futuros ajustem-se à perfeição a resultados passados.

A assertiva de Leibniz deve se encontrar sempre em destaque nas mentes de quem avalia riscos, pois o desenvolvimento da teoria das probabilidades e da estatística de fato disponibilizam poderosas ferramentas de análise, contudo os cisnes negros existem!

Segundo Bernstein, deve ser registrado que nossas vidas podem ser expressas em números, mas isso é apenas um artifício metodológico para melhor expressarmos os eventos com que nos defrontamos no dia a dia. Números são ferramentas, sujeitos a análise e adequada crítica.

Muitas vezes decisões cruciais são tomadas tendo por base um processamento eletrônico, aceitá-lo sem exame criterioso pode ser o primeiro passo em direção ao desastre.



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