5. A forma como percebemos e aversão ao risco

Uma discussão infindável encontrar-se-á estabelecida para qualquer um que tente definir se os seres humanos procuram ou evitam os riscos. Há pessoas que pulam de Bungee jumping pelo prazer de se encontrar em uma situação limite, plena de riscos, embora assumidamente controlados. Outros encontram prazer em jogos de azar – onde se encontram, lado a lado, a possibilidade de se auferir grandes somas e a possibilidade de perda total.

Por outro lado, a forma como somos avessos à possibilidade de perdermos recursos que consideremos “nossos” é demonstração de como o risco pode não ser bem aceito. De fato, conforme Daniel Bernoulli, citado por Damodaran, a essência da maioria das teorias econômicas reside no fato de que o aumento da utilidade com o aumento da riqueza se dá a taxas decrescentes. Isso significa, em palavras mais simples, que a obtenção de uma unidade a mais de dinheiro tem o potencial de causar satisfação menor do que a Unidade anterior; a perda de recursos, de forma simétrica, causa sensação de desconforto maior do que a perda anterior.

Depreende-se, dessa teoria, que a perda de uma unidade de dinheiro tem, na psicologia humana, maior valor do que a obtenção de uma unidade a mais de riqueza. Essa sensação é a base da aversão ao risco de que todos dividimos em nossa humanidade.

Tal teoria nos conduz, na maior parte dos casos, a recusar uma possibilidade de ganhar ou perder $ 100, ainda que exista uma ligeiramente maior possibilidade de sucesso.



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