Tal percepção dos agentes transforma-se, em um primeiro momento, em profecia autorrealizada, pois a demanda pelo ativo aumenta exponencialmente, e o seu preço também. Isso ocorre como consequência primária do movimento especulativo estabelecido. A possibilidade de ganhos na especulação e os lucros decorrentes do aumento geral de preços conduzem a uma denominada “euforia” dos mercados.

As oportunidades de ganhos extraordinários atraem empresas e indivíduos, normalmente avessos a grandes riscos e normalmente ausentes do mercado, para tal movimento especulativo, o qual se transforma em uma “mania”, a formar uma “bolha”, atraindo parcelas consideráveis da população.


O movimento econômico inicia-se pela aquisição de ativos reais, mas quando transformado em mania coletiva, acaba por adquirir uma dinâmica em que esse vínculo aquisição/ativo real esmaece.

A especulação dissocia-se de objetos verdadeiros e passa a encontrar-se relacionada a itens virtuais, sem que os investidores – especialmente os que não se encontram acostumados aos mecanismos do mercado financeiro – compreendam os processos envolvidos. Tal desconhecimento abre a possibilidade da ocorrência de fraudes, e da eclosão dos posteriores escândalos.

À medida que o ciclo especulativo evolui, as taxas de juros e a velocidade das trocas de ativos aumentam. Em algum momento, profissionais de mercado resolvem vender seus ativos, a fim de embolsar lucros. Tal movimento acaba por causar instabilidade nos preços e apreensão por parte de potenciais candidatos a entrar no mercado.



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