A instabilidade nos preços, causada pela especulação, assusta os menos experientes, que colocam rapidamente em dúvida a solidez de suas aplicações e inicia-se um processo geral de tomada de consciência de que os preços não mais podem subir. Esse momento, muito rápido, põe em risco a higidez patrimonial de vários agentes, principalmente daqueles que possuem grandes volumes de ativos sustentados por empréstimos bancários.

É a hora da retirada. A pressa em vender os ativos e transformá-los em ativos reais de extrema liquidez (moeda, depósitos bancários e metais nobres) torna-se uma correria coletiva, formando algo como um estouro de boiada. A corrida deixa em seu desenvolvimento a queda geral dos preços, a falência de várias empresas, indivíduos e, em seguida, de bancos, ameaçando a macroestrutura econômica de um país, e nos tempos atuais, por força da integração globalizante, a de todo o planeta. O pânico se estabelece.

Essa dinâmica não é moderna, Kindleberger, em seu livro “Manias, Pânico e Crashes”, indica que movimentos especulativos, e posteriores crises, já eram registrados no século XVII, tornando-se mesmo cíclicos no século XIX. Como já registrado, apesar de irracionais sob certo ponto de vista, são previsíveis. Também previsíveis são as fraudes, que acabam por formar escândalos, como apresentaremos a seguir.



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