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1792 – William Duer – Estados Unidos Um segundo caso, de notável destaque por ter sido a primeira grande crise registrada em Wall Street envolve a figura de William Duer. Cidadão britânico que alcançou relevo social em Nova York a partir de 1773, chegando a ocupar uma cadeira no Congresso Continental (primeiro governo autóctone dos Estados Unidos) e Secretário do Conselho de Administração do Tesouro, indicado por Alexander Hamilton (primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos). Tal posição permitia a Duer ter conhecimento do funcionamento das finanças do governo norte-americano. Contudo, ao saber que por participar do governo lhe seria proibido especular com títulos públicos, pediu demissão. Libertado da regra inconveniente, passou a utilizar dos conhecimentos adquiridos para especular, por meio de recursos emprestados junto a bancos e amigos endinheirados, realizando negócios de vulto e obtendo grandes lucros. Atraídos pela “expertise” do britânico, muitas pessoas lhe emprestavam recursos na esperança de receber polpudos ganhos sob a forma de juros. Contudo, inconformada,
uma rica família (Livingston) encontrava-se interessada em baixar
os preços e atuou no sentido de aumentar as taxas de juros, por
meio da retirada de seus vastos recursos depositados nos bancos, forçando
aos bancos aumentar a demanda por moeda no mercado. Tal movimento acabou
por levar Duer à falência, levando consigo muitos dos seus
credores, banqueiros e corretores, causando um pânico no sistema
financeiro norte-americano que surgia. Como consequência foi promulgada
uma lei que conduziu à criação da Bolsa de Valores
de Nova York. |
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