2008 – Crise do setor imobiliário – Estados Unidos

No ano de 2001, em meio a uma grande crise nas empresas de alta tecnologia (as empresas “pontocom”), o banco central norte-americano (o Federal Reserve) diminuiu a taxa de juros de referência, com a intenção de incentivar o consumo e afastar do horizonte a possibilidade que a crise até então localizada se espalhasse para outros setores da economia. Esse objetivo foi alcançado, com efeitos outros, entretanto, inesperados. Um efeito inesperado foi a movimentação que surgiu no sentido da aquisição de imóveis em altos volumes, de forma a aproveitar-se das baixas taxas de juros que passaram a vigorar.

A partir de 2005 ocorreu de fato um boom imobiliário. Comprar casas tornou-se um bom negócio não apenas para as incorporadoras e bancos, mas também para os adquirentes, que passaram a testemunhar o rápido crescimento dos valores desses ativos.

As companhias hipotecárias começaram a investir em um novo nicho comercial: o “subprime”. Os chamados clientes “subprime” são clientes de menor renda (ou mesmo sem renda comprovada), geralmente inadimplentes que, devido às suas dificuldades cadastrais, encontravam-se dispostos a contrair empréstimos por taxas mais elevadas. Devido a esse maior risco, aquelas companhias calcularam a possibilidade de obter maiores lucros ainda mais quando passaram a emitir títulos de crédito tendo por sustentação as receitas futuras dos empréstimos concedidos a esse tipo de cliente.

Gestores de fundos de investimento, desejosos de também obter maiores ganhos para as suas carteiras compravam esses títulos, antes mesmo que a primeira prestação do empréstimo fosse paga. Em sequência, esses títulos começaram a ser negociados, alguns compradores efetivamente não sabendo que tipo de negociação havia dado origem ao título comprado.

Em 2006, devido a toda essa movimentação, os imóveis encontravam-se muito valorizados, alcançando um pico em suas cotações e, então, começaram a cair rapidamente. Saiba +



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