Arthur Andersen

Como bem registrado por Da Silva, a Arthur Andersen era uma das cinco maiores empresas do setor de auditoria, tendo fechado suas portas no dia 30 de agosto de 2002, na esteira da crise iniciada pela Enron. A empresa, por intermédio de decisões de seu corpo de auditores, descuidou de uma maior disciplina nos registros contábeis daquela empresa, aumentando os limites onde transitava suas demonstrações. Essa decisão teve como objetivo o de manter seu segundo maior cliente, fruto de grandes recursos financeiros para a Andersen.

Essas ações, em favor da adoção de uma “contabilidade criativa”, mostraram-se claramente inadequadas ao restar comprovado que a empresa de auditoria foi responsável pela decisão de destruir documentos comprometedores ao saber do interesse de autoridades federais em lê-los.

A Andersen foi condenada, na justiça americana a cinco anos de prisão (sentença máxima no ordenamento jurídico americano para o crime de que era acusada), além de multa de US$ 500 mil, por obstrução à justiça. Tal condenação revestiu-se de caráter simbólico, pois a empresa já havia cessado suas atividades em agosto de 2002.

O destino da Arthur Andersen conduziu a uma profunda revisão dos procedimentos de auditoria norte-americanos, bem como de seu arcabouço legal naquela naçãom, com efeitos em todo o planeta.



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