Resumo

A atividade econômico-financeira possui uma história em que se observam, de forma recorrente, escândalos financeiros. Há também um esforço regulatório, a partir da primeira metade do século XX, na tentativa de assegurar estabilidade financeira e a adoção de procedimentos éticos.

Um modelo teórico que explica adequadamente o surgimento de crises e fraudes é o de Hyman Minsky, o qual enfatiza a instabilidade do crédito como de grande importância para o início de uma crise. Um choque “exógeno” altera percepções de valor e o sistema de alocação de recursos em um ou mais setores da economia. Se as alterações vantajosas sobrepõem-se às desvantajosas, ocorre um movimento crescente na busca de posições vantajosas. O movimento de busca de ativos induz aumento do crédito, potencializando a especulação. Os lucros decorrentes do aumento geral de preços conduzem a uma “euforia” dos mercados.

Iniciada pela aquisição de ativos reais, a especulação dissocia-se deles, possibilitando as fraudes. Estabelece-se a instabilidade nos preços e impõe-se a percepção de que os preços não mais podem subir. A venda de ativos torna-se uma correria coletiva, deixando em seu rastro a queda geral dos preços, a falência de empresas, indivíduos e bancos.

Escândalos corporativos - uma origem de escândalos é a mentira, instrumentalizada com a intenção de obter vantagem competitiva, configurando a fraude. Outra origem é a adoção de ideias surgidas no pensamento acadêmico e adotadas como verdades absolutas, como se o mundo dos negócios funcionasse como uma ciência exata.



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