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1 Conceitos básicos em gestão de riscos O estudo do risco já é uma realidade muito antiga. A Teoria Moderna das Carteiras, de autoria de Harry Markowitz, estudou profundamente o tema de risco e retorno, avaliando a possibilidade da redução de riscos em finanças, apenas para que se dê um clássico exemplo. Contudo, uma definição de riscos é assunto controverso, ainda não pacificado pelos estudiosos. 1.1 Risco, incerteza e tempo Para os fins do presente curso, lancemos mão da definição de Gitman (1987), a qual registra que risco “pode ser definido como possibilidade de perda”. Registra ainda o mesmo autor que os ativos com maiores possibilidades de perda são considerados os mais arriscados do que aqueles com menores possibilidades, de onde se percebe que a noção de risco encontra-se associada a maior possibilidade de ocorrência de eventos que venham a resultar em perda de valor para a empresa. Outro registro efetuado pelo mesmo estudioso faz a necessária diferenciação entre risco e incerteza. Para o mestre norte-americano (Nobel de economia em 1990) risco e incerteza, embora muito usados de forma indiscriminada, podem ser identificados por meio de suas diferenças com relação ao conhecimento das probabilidades ou chance de acontecerem resultados determinados.
Uma relação fundamental na análise de riscos é a que existe entre risco e tempo. Conforme descrito por Gitman, o risco deve ser compreendido como “uma função crescente do tempo”. Dessa forma, uma avaliação de risco voltada para um futuro mais distante forçosamente envolverá um maior número de variáveis, e todas as variáveis estarão submetidas a uma maior volatilidade, o que será traduzido, no cálculo do risco, em maiores margens de erro e imprecisão. Em termos práticos, a avaliação de risco é mais imprecisa quanto mais longo for o horizonte temporal sobre a qual é projetada. |
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