Portanto, a engenharia de Project Finance surgiu com mais ênfase na segunda metade da década de 1990, como meio para financiar projetos destinados a atender enormes necessidades de infraestrutura, a partir das privatizações e do início das reformas institucionais no setor. Alguns exemplos de uso da modalidade no Brasil no período:

1. Ponte S.A.: recebeu a concessão para exploração da Ponte Rio Niterói, que demandava pesados investimentos para sua recuperação e manutenção. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), concedeu, em 1996, empréstimo de R$ 36 milhões, com prazo de 10 anos e cujas garantias eram o fluxos de pagamentos de pedágio;
2. Via Lagos S.A.: recebeu, em 1997, a concessão para exploração de um trecho de 60 Km de estradas no estado do Rio de Janeiro, cujos investimentos para sua recuperação eram de US$ 82 milhões. Desse montante, US$ 20 milhões foram financiados pelo BNDES, US$ 37 milhões pelo Banco Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 25 milhões bancados pelos patrocinadores do projeto.

Ainda na última década no século passado e na primeira dos anos 2000, surgiram vários tipos de parcerias público-privadas em setores como petróleo, energia elétrica, transportes e telecomunicações que começaram a fazer uso do Project Finance como forma de estruturação de financiamentos.