Nas estruturação de um Project Finance, o projeto é completamente isolado, sendo organizado e gerido por meio de uma nova empresa, a Sociedade de Propósito Específico (SPE), que nos referimos no início do curso. São usadas, ainda, outras denominações como Empresa de Propósito Especial (EPE) ou o seu equivalente em inglês, Special Purpose Vehicle (SPV).

A criação de uma SPE é devida, principalmente, pela necessidade de segregação dos riscos. Normalmente pertencem a patrocinadora, no entanto tem uma gestão segregada e distinta. Nela, fica alocado o Project Finance, bem como os financiamentos. Todas as responsabilidades de gestão e legais do projeto são desta SPE que, sob o ponto de vista financeiro e jurídico, é independente da empresa patrocinadora. Este fato, aliás, aumenta o risco das operações de Project Finance, já que o pagamento do serviço da dívida (juros) e dos dividendos dos acionistas, dependerá dos recursos gerados pelo projeto.

Sem o direito de recursos contra a empresa patrocinadora (ou de forma limitada), os riscos associados com esta modalidade de financiamento devem ser analisados e geridos de forma especial.

Por isso, uma característica importante num Project Finance é que os riscos mapeados e percebidos são alocados e atribuídos contratualmente aos participantes do projeto. A lógica é que por terem melhor conhecimento (Know how) podem controlá-los e gerí-los de forma mais eficaz.

Vale reforçar que uma outra característica importante diz respeito aos fluxos de caixa gerados pela empresa do Projeto (SPE), que devem ser preferencialmente destinados para pagar os custos operacionais e da dívida financeira (juros e capital) e, posteriormente, os dividendos aos sponsers.

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