Os investidores institucionais são agentes (players) cada vez mais presentes nas operações de Project Finance no Brasil. Dentre estes investidores estão os fundos de pensão, como o Petros (Petrobrás), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica Federal) e as seguradoras.
Além de participar diretamente como acionista de empresas e projetos, os investidores institucionais podem comprar títulos de dívida de empresas e projetos (SPE) ou então atuar por meio de fundos de investimento em participações (FIPs) também conhecidos como fundos de “private equity”.
LeituraAinda em relação aos investidores institucionais, o Governo Federal instituiu, em 2007, por meio da Lei nº 11.478, o fundo de investimento em participações em infraestrutura (FIP-IE) com o objetivo de fomentar o financiamento da infraestrutura no Brasil.
Estes fundos devem manter no mínimo 95% de seu patrimônio líquido investido em ações e bônus de subscrição de sociedades anônimas, de capital aberto ou fechado, que desenvolvam novos projetos ou expansão de projetos já existentes.
Obviamente que este investimento está condicionado à constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) especificamente nos setores de transporte, saneamento, energia e irrigação.
São entidades fechadas de previdência, organizadas por empresas ou grupos de empresas, que a partir da contribuição dos empregados e das empresas, realizam investimentos para garantir uma complementação da aposentadoria esses empregados que aderirem ao plano. O dinheiro investido forma um patrimônio que é aplicado em imóveis, ações e renda fixa, dentro de limites estabelecidos pelo Banco Central. Quando o empregado se aposenta, passa a receber o benefício mensalmente.
<<FecharÉ uma modalidade de fundo de investimento que consiste na compra de ações de empresas que possuam boa geração de resulrados e que estejam em notável crescimento. Um dos grandes diferenciais dos Fundos de Private Equity (PE), em comparação aos Fundos de Ações, por exemplo, está no modo como este participa de uma empresa. As empresas que investem em outras empresas através de fundos de PE participam ativamente da sua gestão e administração, além de adicionar capital para a companhia.
<<FecharO Planalto confirmou a presença dos fundos de pensão nos consórcios que disputarão o leilão para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. O governo recorreu aos fundos Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica) e Petros (Petrobras) para compor os grupos numa resposta às construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa que abandonaram a disputa alegando baixa lucratividade do empreendimento.
No desenho montado pelo governo, os fundos de pensão serão distribuídos de forma equilibrada entre os consórcios, para capitalizar e garantir poder de concorrência entre todos os grupos. Em queda de braço com a Odebrecht e a Camargo Corrêa, o Planalto ainda espera que as duas empresas participem futuramente da construção da hidrelétrica. Sem dar detalhes, a fonte disse que já haveria dois consórcios formados. Até agora, o único conhecido é o liderado pela Construtora Andrade Gutierrez, com a participação da Vale, do grupo Votorantim e da Neoenergia. Segundo a fonte, o governo espera formar mais consórcios.
Com a entrada dos fundos de pensão nos consórcios, o Planalto espera manter o preço da construção, cujo teto foi estabelecido em R$ 19 bilhões. O Planalto assegura que os fundos não terão prejuízo com o investimento, que teria condições de gerar lucro a longo prazo.
O diretor de Participações da Previ, Joilson Ferreira, confirmou que o fundo de pensão não deve entrar diretamente no leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Segundo ele, a presença será via Vale e Neoenergia, companhias nas quais a fundação detém o controle e que participam do único consórcio que permanece oficialmente na disputa para a construção da usina.
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