Os bancos comerciais privados, tal qual toda instituição financeira, têm como papel a intermediação de recursos entre aqueles que tem sobra (poupadores) e aqueles que necessitam de recursos (tomadores). A diferença de taxas pagas aos poupadores e aquelas cobradas dos tomadores é o ganho dos bancos, chamado spread. Obviamente, os bancos tem uma série de outras fontes de receitas com a prestação de serviços em negócios como seguros, cartões etc.
Mas voltemos à questão da intermediação financeira. Como se sabe, os riscos de projetos estuturados via project finance são grandes e as taxas de juros cobradas dessas operações são inferiores às dos demais empréstimos concedidos por estas instituições.
Apesar disso, os bancos comerciais nacionais ou estrangeiros possuem em seu portfólio de produtos, a oferta desta modalidade de financiamento de projetos.
Muitos deles operam linhas de crédito lastreadas com recursos próprios para Project Finance, além de operarem em mercado de capitais para obtenção de recursos de terceiros, lançando títulos ou até memsmo montando operações estruturadas para seus clientes, além obviamente de atuarem como intermediários em repasses de bancos de fomento, como o BNDES.
Importante lembrar que os bancos prestam uma série de outros serviços em operações de Project Finance, como exemplo, atuando como advisory e, que são importante fonte de receitas.
LeituraTendo a IFC como arranger, o empréstimo cobrirá parte do investimento para construir mais de 260MW de energia eólica no Brasil
A Enel Green Power SpA (“Enel Green Power”), por meio de sua subsidiária brasileira, a Enel Brasil Participações Ltda. (“Enel Brasil”), holding controladora das subsidiárias brasileiras do Grupo Enel Green Power, e o Itaú Unibanco S.A. (“Itaú”) assinaram um financiamento de dez anos no valor de mais de R$ 260 milhões (cerca de US$ 100 milhões). O empréstimo com Itaú, que tem International Finance Corporation (IFC) como arranger, cobrirá parte do investimento para construir mais de 260MW de energia eólica nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O empréstimo anunciado hoje se soma ao financiamento de US$ 200 milhões, com recursos próprios da IFC e indexado em reais, assinado em maio deste ano, tendo como objetivo apoiar o desenvolvimento dos projetos de energia eólica da Enel Green Power naqueles estados da região Nordeste.
“A capacidade da Enel Green Power para atrair parceiros financeiros de prestígio, como Itaú e IFC, demonstra a validade do nosso modelo de negócio e a nossa solidez financeira no fortalecimento da nossa presença no Brasil”, diz Giulio Carone, Diretor Financeiro da Enel Green Power. “Já chegamos a quase 300 MW de capacidade hidrelétrica e eólica instalada no Brasil e recentemente ganhamos duas licitações seguidas para mais de 450 MW em energia eólica e solar. Além disso, já temos em curso a realização mais de 300 MW em projetos com as três tecnologias.”
“Graças à combinação da experiência do Itaú em Project Finance e a nossa parceria com a IFC, concluímos com sucesso mais um importante financiamento de energia renovável, um dos setores prioritários para o Itaú no Brasil”, diz Marcelo Girão, head da área de energia do setor de Project Finance do Itaú BBA, o banco de Atacado, Investimentos e a Tesouraria do grupo Itaú Unibanco,
“É com grande satisfação que a IFC conta com a participação do Itaú, seu cliente e parceiro de longa data, para fomentar o plano da Enel Green Power de expandir a geração de energia eólica no Brasil”, afirma Cheryl Edleson Hanway, Executiva da IFC responsável por Infraestrutura no Brasil. “A diversificação das fontes de geração de energia é cada vez mais crítica para o crescimento econômico e o aumento da competitividade no Brasil. Este investimento também ajudará a financiar o desenvolvimento da região Nordeste e a geração de empregos”.
O empréstimo de 10 anos com o Itaú tem os mesmos termos do empréstimo de US$ 200 milhões da IFC, com taxas de juros de acordo com as referências do mercado.
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