Outra característica das PPPs, já citada, é a longa duração dos contratos. Isto se deve aos elevados investimentos que devem ser feitos em construção/reformas/manutenção da infraestrutura e o tempo necessário para que os investidores consigam recuperar o capital investido.

Também não faz sentido efetuar constantes mudanças na administração dos serviços públicos, por várias razões como custos do processo de escolha do novo parceiro e qualidade dos serviços.

Em geral, os entes privados, chamados concessionários, respondem por todo o ciclo de vida do projeto, desde a aquisição ou desapropriação de terrenos até a conclusão das obras.

Nos outros casos, em que a estrutura física está pronta, o parceiro privado arca com a responsabilidade de adquirir e instalar os equipamentos e fazer a manutenção dos ativos.

Há ainda outra situação, em que os parceiros privados ficam responsáveis pela construção e/ou manutenção da estrutura física e a prestação dos serviços é efetuada por funcionários públicos. Como exemplo, podemos citar a construção de um presídio e sua operacionalização (limpeza, manutenção predial, alimentação) pela empresa privada e sua atividade-fim (prisão, escolta, controle de presos) feita pela entidade pública.

As parcerias público-privadas existem nos mais variados setores de infraestrutura: estradas, escolas, hospitais, ferrovias, portos, metrô, hidrelétricas, exploração de petróleo, plantas de incineração de resíduos, usinas de dessalinização de água marinha, dentre outros.

Importante deixar claro que contratos de prestação de serviços de limpeza/vigilância, assistência técnica de equipamentos, fornecimento de alimentação, por exemplo, não encaixam no conceito de PPP. Tais contratos são de curto prazo e são conhecidos como terceirização de serviços.

As PPPs normalmente têm prazos superiores a vinte anos e os contratos de terceirização em média, cinco anos.

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