| Unidade 4 | Módulo 1 | Tela 1 |
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- Introdução ao Derivativo
O derivativo é um ativo ou instrumento financeiro cujo preço deriva de um ativo (ou instrumento financeiro) de referência que justifica a sua existência, seja com a finalidade de obtenção de um ganho especulativo específico em si próprio, ou, e principalmente, como hedge. O mercado de derivativos é o mercado de liquidação futura em que são operados os derivativos. Podemos segmentá-lo em mercado: • de futuros;
Os mercados de liquidação futura estão regulamentados pela Instrução 283, de 10/07/98, da CVM - Comissão de Valores Mobiliários. |
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Tela 2 |
2 - Mercado de Futuros - MF
O mercado existe para facilitar a transferência e/ou a distribuição do risco entre os agentes econômicos, ao mesmo tempo em que, pelas expectativas criadas e graças à sadia lei da oferta e da procura, passa a implicar diretamente na formação futura dos preços das mercadorias e ativos financeiros negociados nestes mercados. O mercado de futuros possibilita a realização de operações de financiamento ou arbitragem quando o preço futuro de um ativo for maior do que a composição do seu preço à vista, acrescido dos custos de carregamento da operação, ou seja, a taxa embutida na operação futura supera as taxas do empréstimo no mercado financeiro. Neste caso:
O MF permite, também, as operações de caixa, quando o preço futuro do ativo for menor que a composição do seu preço à vista somado aos custos de carregamento da operação, ou seja, a taxa embutida na operação futura for inferior às taxas de aplicação no mercado financeiro. Neste caso:
No Brasil, o mercado de futuros é realizado por meio da Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F. Umas das principais peculiaridades do mercado futuro de commodities é que, estimativamente, apenas 2% das operações são liquidados pela entrega efetiva do bem negociado. Não há, portanto, a concretização física do negócio, mas, sim, a concretização financeira por meio do pagamento/recebimento em moeda. Compram-se e vendem-se mercadorias e ativos financeiros apenas no papel. |
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Os agentes econômicos, ao participarem do mercado de futuros, podem fazê-lo sob as abordagens de hedger, de especulador ou de arbitrador.
Se existirem diferenças na formação dos preços de um ativo no seu mercado de referência e no seu mercado derivativo, certamente irá surgir, como participante deste mercado, o arbitrador, que tentará obter um ganho fixo e sem risco proporcionado pelas diferenças de preços existentes – a arbitragem. Sua participação é importante, pois, ao atuar, ele ajusta o preço do ativo, eliminando temporariamente a possibilidade de arbitragem. Todas as operações neste mercado estão vinculadas a um contrato. E os contratados são ajustados diariamente em dinheiro em função da variação dos seus valores de referência, razão pela qual, para entrar neste mercado, o aplicador tem de fazer um depósito prévio como garantia-margem inicial, que pode ser em dinheiro, ouro, carta de fiança bancária ou título da dívida pública federal. Os depósitos em dinheiro são remunerados pela BM&F. As principais características do mercado de futuro são:
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- A Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F
O objetivo maior da BM&F é organizar, operacionalizar e desenvolver um mercado de derivativos livre e transparente. Este mercado deve proporcionar aos agentes econômicos oportunidades para a realização de operações de hedge contra as flutuações de preço das mais variadas commodities – produtos agropecuários, taxas de juros, taxas de câmbio, metais, índices de ações e de conjuntura e todo e qualquer produto ou variável macroeconômica cuja incerteza quanto ao seu preço futuro possa influenciar negativamente a atividade econômica.
Com essa finalidade, a BM&F mantém as seguintes modalidades de operação:
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Tela 5 |
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Na BM&F,
são negociados, dentre outros, os seguintes ativos/commodities
e respectivos contratos de futuros, termos, opções e swaps:
Existem diversas condições necessárias, embora não suficientes, a serem atendidas para que os contratos futuros tenham sucesso. As principais são:
A BM&F permite que alguns contratos possam ser negociados pela internet por meio das operações do Web Trading (WTr) de forma semelhante ao homebroker da Bovespa. |
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Tela 6 |
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- A internacionalização da BM&F
Em 29/07/1999, por meio da Resolução nº. 2.622, o CMN autorizou a aplicação de recursos registrados no Bacen pelas pessoas físicas ou jurídicas, residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, fundos e outras entidades de investimentos coletivos estrangeiros em operações em bolsas de mercadorias e de futuros, envolvendo contratos futuros referenciados em produtos agropecuários, admitidos à negociação na BM&F. Tal fato representou um enorme passo na ampliação deste mercado, com impactos grandes no setor de commodities, a saber:
A liquidação dos negócios com os estrangeiros é feita por meio de conta corrente no banco liquidante da BM&F em Nova York. A liquidação dos residentes no Brasil é convertida em reais pela taxa de câmbio referenciável da BM&F. Esta taxa é calculada a partir de coleta diária obtida junto aos 14 maiores bancos no interbancário de câmbio. Na apuração, descartam-se as duas menores e as duas maiores taxas, apurando-se, em seguida, o preço médio. |
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Tela 7 |
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- Características dos Principais Ativos Negociados na BM&F
Futuro de Taxa Média de Depósitos interfinanceiros – DI de um dia - É o principal ativo do mercado futuro da BM&F em termos de volume movimentado e importância econômica, pelo fato de ser a taxa de juros uma das principais variáveis da economia, tendo influência direta e indireta sobre o comportamento de negociação de todos os outros ativos, sejam à vista ou a futuro (commodities, ouro, índices ou ações). Os contratos DI - 1 Dia referenciam-se nas taxas médias calculadas pelo Cetip, que refletem o custo médio das operações de troca de recursos disponíveis entre instituições financeiras no overnight.
Futuro de Cupom Cambial: Dólar x DI - DDI (BM&F) - Nesse tipo de contrato, o objeto de negociação é o diferencial entre a taxa de juro efetiva de DI e a variação cambial (o cupom cambial) que, para efeito desse contrato, são apropriadas da seguinte forma:
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Tela 8 |
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Futuro do Ibovespa (BM&F) - O objeto de negociação
é o Ibovespa cotado em pontos do índice, sendo cada ponto
equivalente ao valor em reais estabelecidos pela BM&F. Os meses de vencimento
são os meses pares. A BM&F poderá, a seu critério,
quando as condições de mercado assim exigirem, autorizar a
negociação para vencimento em meses ímpares.
A data de vencimento, que também é o último dia de negociação, é a quarta-feira mais próxima do dia 15 do mês de vencimento. Se esse dia for feriado ou não houver pregão na BM&F, a data de vencimento será o dia útil subsequente. As posições em aberto ao final de cada pregão serão ajustadas com base no preço de ajuste do dia, determinado pela média ponderada das cotações dos negócios realizados nos últimos 30 minutos do pregão, conforme regras da bolsa, com movimentação financeira em D + 1.
A data de vencimento, que também é o último dia de negociação, é o primeiro dia útil do mês de vencimento. Se esse dia for feriado ou não houver pregão na BM&F, a data de vencimento será o dia útil subsequente. As posições em aberto ao final de cada pregão serão ajustadas com base no preço de ajuste do dia, estabelecido pela bolsa, com movimentação financeira em D + 1. |
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Tela 9 |
| Futuro
de Ouro (BM&F) - O objeto de negociação é
o lingote-padrão de 250 gramas de ouro fino, cotado em reais por
grama, com até três casas decimais e ouro fundido por empresa
refinadora e custodiado em instituição depositária,
ambas credenciadas pela BM&F.
Todos os meses do ano são meses de vencimento, sendo que a data de vencimento, que também é o último dia de negociação, é o último dia útil do mês anterior ao mês de vencimento. As posições em aberto ao final de cada pregão são ajustadas com base no preço de ajuste do dia, estabelecido no fechamento, conforme regras da bolsa, com movimentação financeira em D+ 1. Futuro de C-Bond (BM&F) - O objeto de negociação é o título da dívida externa brasileira denominado Front-Loaded Interest Reduction with Capitalization Bond - C-Bond, emitido em 15/04/1994 para vencimento em 15/04/2014. Ele é cotado em preço unitário - PU, definido como o valor em dólares americanos para cada 100 dólares de valor de face do título. A sua unidade de negociação é de US$ 100.000. Os meses de negociação são os meses de início de trimestre civil, sendo a data de vencimento e de liquidação o primeiro dia útil do mês de vencimento do contrato. O último dia de negociação é o dia útil anterior à data de vencimento do contrato. Se esse dia for feriado na Praça de Nova York, o último dia de negociação será o dia útil anterior.
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Tela 10 |
| Resumo
Um derivativo é um ativo ou instrumento financeiro, cujo preço deriva de um ativo ou instrumento financeiro de referência. O mercado de derivativos é dividido em: mercado de futuros; mercado a termo; mercado de opções; mercado swaps e mercado de derivativos específicos. Os mercados de futuros têm como objetivo básico a proteção dos agentes econômicos contra as oscilações dos preços de seus produtos e de seus investimentos em ativos financeiros. No Brasil, o mercado de futuros é realizado por meio da Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F. O hedger é o agente que assume uma posição no mercado de futuros contrária à sua posição assumida no mercado à vista. O especulador assume a posição contrária à do hedger, dando liquidez ao mercado, assumindo os riscos e, evidentemente, procurando realizar seus ganhos. O arbitrador tentará obter um ganho fixo e sem risco proporcionado pelas diferenças de preços existentes – a arbitragem. O objetivo maior da BM&F é organizar, operacionalizar e desenvolver um mercado de derivativos livre e transparente. Um mercado que proporcione aos agentes econômicos oportunidades para a realização de operações de hedge contra as flutuações de preço das mais variadas commodities – produtos agropecuários, taxas de juro, taxas de câmbio, metais, índices de ações e de conjuntura. O mercado de futuros, sendo um mercado de expectativas, serve como um indutor de decisões no presente. Futuro de Taxa Média de Depósitos interfinanceiros – DI de Um Dia é o principal ativo do mercado futuro da BM&F em termos de volume movimentado e importância econômica. Futuro de Cupom Cambial: Dólar x DI - DDI (BM&F) é um ativo cujo objeto de negociação é o diferencial entre a taxa de juro efetiva de DI e a variação cambial. Futuro do Ibovespa (BM&F) é um ativo cujo objeto de negociação é o Ibovespa cotado em pontos do índice, sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecidos pela BM&F. Futuro do Índice Brasil 50 – IBrX-50 (BM&F) é um ativo cujo objeto de negociação é o Índice Brasil 50, cotado em pontos do índice sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecido pela BM&F. Futuro de Ouro (BM&F) é um ativo cujo objeto de negociação é o lingote-padrão de 250 gramas de ouro fino cotado em reais por grama, com até três casas decimais. Futuro de C-Bond (BM&F) é um ativo cujo objeto de negociação é o título da dívida externa brasileira denominada C-Bond. |
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| Unidade 4 | Módulo 2 | Tela 11 |
| 1 - Características das Transações Os mercados a termo são semelhantes aos mercados futuros, pelo fato de serem acordos de compra e venda de um ativo em uma data futura, por preço previamente estabelecido. No entanto, não são negociados em bolsas com as mesmas características dos contratos futuros, já que são acordos particulares entre duas instituições financeiras e/ou seus clientes. Uma das partes assume sua posição de compra no contrato a termo em data específica e por preço certo e ajustado. A contraparte assume sua posição de venda nas mesmas condições.
O preço no mercado a termo é estabelecido adicionando-se ao preço à vista a expectativa de juros, fixada livremente no mercado, pelo prazo do contrato. A negociação é semelhante à de um negócio à vista. É necessária a utilização de corretora, que executará a operação em pregão. |
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Tela 12 |
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| As transações
a termo requerem um depósito de garantia na bolsa. A corretora poderá
exigir uma garantia adicional de seus clientes.
As formas de garantia podem ser divididas em: • cobertura - depósito do ativo objeto do contrato. Somente
pode ser efetuada pelo vendedor a termo, que é o portador do ativo; As características principais desse tipo de mercado são: • O montante da operação é, no mínimo,
igual a 100 salários mínimos e o prazo de liquidação
não pode exceder 180 dias. Geralmente, as operações
a termo apresentam prazo de liquidação de 30, 60, 90 e 120
dias. Existem três tipos básicos de operações a termo: • simples
a prazo fixo; Em resumo, as diferenças básicas entre os mercados futuro e a termo são as seguintes:
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Tela 13 |
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2 - Principais Ativos do Mercado a Termo Contrato a Termo de DI (BM&F) - O mercado futuro de Depósitos Interfinanceiros de um dia - DI 1 dia – não funcionava como um hedge (proteção) perfeito porque possui valores específicos de contrato e datas de vencimento fixas (sempre o 1º dia útil do mês). Para eliminar, de certa forma, tal dificuldade, foi criado o mercado a termo de DI. No termo de DI, os valores e a data de vencimento, desde que entre dois e até 90 dias, são determinados pelas partes envolvidas, de acordo com seus interesses. A montagem da operação é feita com base na troca de expectativas pelas partes, convertendo taxas prefixadas em pós-fixadas (swap). Os contratos
a termo de DI podem ser negociados entre dois bancos ou com a participação
de pessoas jurídicas não financeiras. Esses contratos podem
ser com
ou sem garantia. • contrato
a termo de DI sem ajuste - DIS;
Na operação, o comprador assume uma posição ativa em DI e passiva em pré, ou seja, adquire o direito de receber os valores corrigidos pela taxa do DI - over - e a obrigação de pagar pelo juro prefixado no vencimento do contrato. Na prática, dependendo do tipo de contrato, o acerto é feito pelo pagamento dos ajustes por diferença no primeiro dia de cada mês (DIA) ou no vencimento (DIS). |
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Tela 14 |
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| Contrato a Termo de Dólar (Sisbacen) - Trata-se da contratação de operações de câmbio interbancárias a termo entre as instituições financeiras autorizadas a operar no mercado de câmbio de taxas livres (dólar comercial). Essas operações são celebradas para liquidação em data futura, observando-se que a taxa de câmbio é livremente pactuada entre as partes e deve espelhar o preço negociado da moeda estrangeira para a data de liquidação da operação de câmbio. As operações não podem superar o prazo máximo de 360 dias corridos, encerrando-se pela entrega efetiva e simultânea das moedas, nacional e estrangeira, na data da liquidação das operações de câmbio. Além disso, não são admitidos adiantamentos das moedas, cancelamentos, baixas, liquidações antecipadas e prorrogações dos contratos. Caracteriza-se como uma operação direta entre instituições financeiras autorizadas a operar no mercado de câmbio de taxas livres, com registro no Sisbacen, identificando-se como uma operação de mercado de balcão. Seu objetivo foi reduzir o custo do hedge contra as oscilações cambiais que aumentaram após a introdução do sistema de câmbio flutuante em 15/01/1999. Caracteriza-se como um contrato privado que prevê a entrega efetiva dos dólares na data combinada para liquidação (Deliverable Forward). Está sujeito ao risco de crédito, pois, se um banco quebrar antes do vencimento do termo, a entrada ou saída de dólares na conta do outro banco não ocorrerá. Falta Figura Esse tipo de operação reproduz um hedge travado, pois já se sabe quanto se vai pagar e receber e os envolvidos não ficam sujeitos às oscilações diárias de margens dos contratos futuros da BM&F. Além disso, estes contratos a termo não aumentam a posição de câmbio dos bancos, pois são contabilizados apenas na liquidação. Os contratos a termo de dólar permitem aos bancos estabelecer operações casadas com os contratos futuros da BM&F. Pelo fato de as cotações preestabelecidas nos contratos a termo de dólar embutirem um cálculo sobre a estimativa do comportamento dos juros futuros, eles têm uma vantagem, que é permitir ao Bacen uma alternativa para avaliar melhor a projeção destas taxas. |
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Tela 15 |
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| Contrato a Termo de Moedas sem Entrega Física (Cetip) - Non-Deliverable Forward - NDF - Em 26/07/2001, por meio da Resolução nº. 2.873, o BACEN regulamentou o formato atual que faculta, por parte dos bancos múltiplos, bancos comerciais, Caixa Econômica Federal, bancos de investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, a realização, no mercado de balcão (a operação cuja contratação não seja efetivada por meio de leilão ou apregoamento), por conta própria ou de terceiros, de operações de swap, a termo e com opções não padronizadas, referenciadas em ouro, taxas de câmbio, índices de moedas, taxas de juros, mercadorias, índices de preços, índices de taxas de juros, ações de emissão de companhias abertas, índices de ações, debêntures simples ou conversíveis em ações e notas promissórias de emissão de sociedades por ações, destinadas à oferta pública. O Comunicado nº. 9.253, de 08/02/2002, do Bacen, inclui os títulos públicos. A regulamentação também é válida para os contratos negociados em bolsas de mercadorias e de futuro e com entidades autorizadas pelo Bacen ou pela CVM. A partir daí, a Cetip montou os NDF de câmbio, antes só acessíveis no mercado externo, sujeitos à fiscalização do BACEN e da Secretaria da Receita Federal, tributados aqui e com liquidação financeira em reais.
Os NDF atendem ao objetivo de garantir o hedge contra as oscilações do real frente às outras moedas, sendo seus contratos adequados para empresas exportadoras e importadoras, além de empresas com ativos ou passivos em moeda estrangeira. Representam uma alternativa competitiva aos hedge cambiais que utilizam os swaps. |
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Tela 16 |
| Contrato a Termo de Ouro (BM&F) - O objeto desse contrato é o ouro fino, sob a forma de lingote fundido por empresa refinadora e custodiado em instituição depositária, ambas credenciadas pela BM&F, e negociado no lote padrão de 250 gramas. Os prazos de vencimento dos contratos são de cinco dias corridos e seus múltiplos, até 30 dias, e múltiplos de 30 dias corridos, até 180 dias. A liquidação
financeira pelo comprador será efetuada na data de vencimento ou
antecipadamente, a seu critério, a partir do dia útil subsequente
ao de negociação no pregão, com o pagamento do valor
de liquidação definido pela seguinte fórmula:
A liquidação física pelo vendedor será realizada no dia em que o comprador liquidar financeiramente seu compromisso, com a entrega de 249,75 gramas de ouro fino, contidos em lingotes de 250 ou 1.000g, com teor de pureza de, no mínimo, 999,0 partes de ouro fino para cada 1.000 partes de metal, ou em lingotes de 100 ou 400 onças, com teor de pureza de, no mínimo, 995,0 partes de ouro fino para cada 1.000 partes de metal.
A margem de garantia do contrato é determinada pela BM&F, conforme critério por ela divulgado, sujeita ao valor mínimo estabelecido e depositada em D+1, podendo ser alterada a qualquer momento, a seu critério. Os ativos aceitos
como margens são: dinheiro, ouro e, a critério da bolsa,
títulos públicos e privados, cartas de fiança, apólices
de seguro, ações e cotas de fundos fechados de investimento
em ações. |
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Tela 17 |
| Contrato a Termo de Certificados de Energia Elétrica - A partir de julho de 1993, foi regulamentada a negociação na BM&F dos Certificados representativos de contrato mercantil de compra e venda a Termo de Energia Elétrica (CTE).
O contrato pode ser utilizado para quitação de pagamento de energia à companhia de energia elétrica emissora depois de vencido o prazo de carência de 12 meses, a partir do leilão. O prazo do vencimento do título é de 24 meses. Os títulos são escriturais e nominativos, ficando registrados na Cetip, e negociados em leilão na BM&F. Os papéis têm prazo fixo e não podem ser resgatados antes do vencimento. Se o aplicador precisa de dinheiro com antecedência, tem de vendê-los no mercado de recompra. O resgate é feito em dinheiro pela média de rentabilidade acumulada no período em que o título está com o investidor, mais um deságio que é negociado com o comprador. Para as empresas consumidoras de energia, a grande vantagem é garantir o preço da energia que ainda sequer fora utilizado, protegendo-se contra eventuais aumentos futuros de preços nas tarifas de energia elétrica. Para as empresas fornecedoras de energia, é uma forma de captação de recursos para investimento e custeio operacional.
A Resolução nº. 2.405, de 25/06/1997, do CMN, e a Instrução 267, de 01/08/1997, da CVM oficializaram as regras para a sua emissão e aplicação de recursos, por parte das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN (entidades de previdência privada, sociedades seguradoras, sociedades de capitalização e fundos de investimento financeiro), na aquisição de certificados representativos de contratos mercantis de compra e venda a termo de energia elétrica. Esses títulos, a partir daquela data, passaram a ter uma importância bastante significativa para a emissora e investidores afins. |
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Tela 18 |
| Resumo Os mercados a termo são semelhantes aos mercados futuros, pelo fato de serem acordos de compra e venda de um ativo em uma data futura, por preço previamente estabelecido. No entanto, não são negociados em bolsas, já que são acordos particulares entre duas instituições financeiras e/ou seus clientes. As transações a termo requerem um depósito de garantia na bolsa. Existem três tipos básicos de operações a termo: • operação
simples a prazo fixo: consiste na compra ou venda para liquidação
em data futura. O contrato a termo de DI (BM&F) não funciona como um hedge (proteção) perfeito porque tem valores específicos de contrato e datas de vencimento fixas (sempre o 1º dia útil do mês). O contrato a termo de dólar (Sisbacen) são operações celebradas para liquidação em data futura, observado que a taxa de câmbio é livremente pactuada entre as partes e deve espelhar o preço negociado da moeda estrangeira para a data de liquidação da operação de câmbio. O contrato a termo de moedas sem entrega física (Cetip) atende ao objetivo de garantir o hedge contra as oscilações do real frente às outras moedas, sendo seus contratos adequados para empresas exportadoras e importadoras, além de empresas com ativos ou passivos em moeda estrangeira. O contrato a termo de ouro (BM&F) tem como objeto o ouro fino, sob a forma de lingote. O contrato a termo de certificados de energia elétrica permite às empresas garantirem antecipadamente o preço da energia; é uma forma de captação de recursos para investimento e custeio operacional. |
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| Unidade 4 | Módulo 3 | Tela 19 |
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| 1 - Características do Mercado de Opções
Ao usar qualquer um desses instrumentos, o investidor fixa um valor futuro (da taxa de câmbio, da taxa de juros, de uma ação ou de uma mercadoria). Isso significa que ele fica protegido das consequências de um cenário desfavorável (preços subirem quando ele está vendido, por exemplo). Em compensação, se o cenário fosse favorável à posição mantida pelo investidor, ele já não poderia mais se beneficiar dessa situação porque tem a obrigação de liquidar a operação do contrato ao preço previamente definido. Ou seja, para esse investidor, qualquer que seja a evolução futura do cenário econômico, o seu resultado não será afetado, pois já foi previamente travado. O ideal seria se existisse a possibilidade de se usar o hedge apenas no cenário desfavorável e não ser obrigado a usá-lo num cenário que lhe seja favorável. Existe um instrumento no mercado de derivativos que possibilita essa forma de hedge: é o Mercado de Opções. No mercado de opções,
se o investidor tiver uma posição comprada, ele poderá
comprar o ativo pelo preço predefinido, se o cenário for
de preços em alta, ou poderá abrir mão de seu direito
de comprá-lo no mercado de opções para comprá-lo
no mercado à vista, se o cenário for de preços em
baixa. |
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Tela 20 |
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| Assim, fica claro que a principal característica que distingue as opções dos demais instrumentos derivativos é a assimetria. Ou seja, nos demais instrumentos, o comprador e o vendedor têm direitos e obrigações. Essas assimetrias podem ser ilustradas comparando-se posições compradas e vendidas usando-se futuros (ou termo) e as mesmas posições, usando-se opções. Observa-se que as opções dão ao investidor o melhor dos mundos: a possibilidade de evitar apenas os cenários que acarretem resultados negativos, desfrutando, todavia, dos cenários que lhe trazem resultados favoráveis. Neste sentido, pode-se afirmar que as opções são instrumentos especiais de hedge. Para obter esta vantagem, ele deverá pagar antecipadamente um preço (no caso, o prêmio) que, na prática, representa o custo de eliminação do cenário desfavorável. |
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Tela 21 |
| 2 - Produtos do Mercado de Opções Opções sobre o Índice DI de Um Dia – IDI
Nesses contratos, são negociadas opções de compra ou opções de venda do tipo europeu, que só podem ser exercidas na data de vencimento. O prêmio da opção é expresso em pontos do índice IDI, sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecido pela BM&F. As opções são negociadas para vencimento no primeiro dia útil em todos os meses, sendo o último dia de negociação o último dia útil anterior ao do mês de vencimento. As opções de compra só poderão ser exercidas pelos titulares na data de vencimento e desde que o IDI relativo à dada de vencimento seja superior ao preço de exercício. A liquidação das posições exercidas será realizada de forma exclusivamente financeira, mediante o crédito do valor de liquidação ao titular e seu débito, ao lançador. Com juros em queda com sua baixa volatilidade, deve-se reduzir o número de contratos futuros. Assim, com o contrato de opção sobre o IDI os investidores podem negociar a taxa de juros acumulada entre a data da operação e a data de vencimento da opção, que é mensal. Estes contratos são operados por market makers, instituições financeiras que se responsabilizam por abrir, diariamente, cotações para os contratos. Elas devem abrir spreads para duas opções de compra e duas de venda e garanti-los. O diferencial máximo entre as opções de compra e venda deve ter um limite fixado em pontos. |
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Tela 22 |
| Opções sobre Futuro de DI de Um Dia -
Foram estabelecidos três tipos de séries de opção, a saber: • Tipo 1 - quando
o ativo objeto da opção vence três meses depois do
vencimento da opção; As opções podem ser de compra ou de venda, sendo somente negociadas no modelo europeu. O prêmio da opção é expresso em reais e o seu preço de exercício é expresso em taxa de juros efetiva ao ano, com base em 252 dias úteis. Ao lançador da opção é exigida margem de garantia. Os meses de vencimento da opção são os de início de trimestre civil e os que, além disso, tiverem vencimento do ativo objeto. Como consequência, a data de vencimento do contrato de opção será o primeiro dia útil do mês de vencimento, que também será o seu último dia de negociação.
Essa compra é, no ato, transformada em posição vendedora em preço unitário - PU - no ativo objeto de acordo. Imediatamente após o exercício da opção, o comprador e o vendedor, agora posicionados em um contrato futuro, estarão sujeitos a todas as exigências relacionadas a esse tipo de contrato. |
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Tela 23 |
| Opções sobre Taxa de Câmbio de Reais por Dólar - O ativo objeto dessa opção é a taxa de câmbio de reais por dólar para entrega no mercado à vista (pronto ou spot). O prêmio da opção é negociado em reais por mil dólares, com até três casas decimais. Todos os meses do ano são meses de vencimento de opção, cuja data de vencimento é o primeiro dia útil do mês de vencimento da opção, e o último dia de negociação é o último dia útil do mês anterior ao do vencimento.
O critério de escolha das posições lançadoras para o atendimento do exercício é o sorteio e a margem de garantia a ser depositada pelo lançador é determinada pela BM&F.
A liquidação das posições exercidas será realizada de forma exclusivamente financeira, mediante o crédito do valor de liquidação ao titular e o débito do mesmo valor ao lançador. O exercício será processado pela BM&F no dia de sua solicitação, que corresponde à data de vencimento. |
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Tela 24 |
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Opções
sobre Futuro de Taxa de Câmbio de Reais por Dólar
O prêmio da opção é negociado em reais por mil dólares, com até três casas decimais. Todos os meses do ano são meses de vencimento de opção, cuja data de vencimento é o primei¬ro dia útil do mês de vencimento da opção e o último dia de negociação é o último dia útil do mês anterior ao do vencimento. As opções podem ser de compra ou de venda e são negociadas pelo modelo americano, ou seja, poderão ser exercidas pelos titulares a partir do primeiro dia útil seguinte à data de abertura da posição e até o último dia de negociação da opção.
São admitidas operações de compra e venda para liquidação diária – day trade, à exceção do dia de vencimento, desde que realizadas no mesmo pregão, pelo mesmo cliente, intermediadas pela mesma corretora de mercadorias e registradas pelo mesmo membro de compensação. |
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Tela 25 |
Opções Flexíveis de Taxa de Câmbio de Reais por Dólar - Como se trata de uma opção flexível do ativo Taxa de Câmbio de Reais por Dólar, o tamanho do contrato, o prazo de vencimento e o preço de exercício da opção são livremente pactuados entre as partes, mas sujeitos os limites estabelecidos pela BM&F. Ela registra o contrato de balcão e pode dar ou não garantia de liquidação aos participantes. Podem ser lançadas opções de compra ou opções de venda no modelo americano (exercido pelo titular a qualquer momento), ou no modelo europeu (exercidas pelo titular apenas na data de exercício acordada). Além disso, pode ser estabelecido um preço de barreira - PB - como o valor máximo da taxa de câmbio - TC -, para efeito de exercício da opção, expresso em reais por US$ 1,00, com até seis casas decimais. Caso as partes não informem esse valor, a opção será considerada sem barreira. O exercício dos contratos, mesmo na data de vencimento, não será automático, devendo ser solicitado pelos respectivos titulares. A liquidação do exercício será realizada de forma financeira, mediante o crédito do valor de liquidação ao titular e o débito ao lançador (vendedor da opção).
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Tela 26 |
Opções sobre o Futuro do Ibovespa - O ativo dessa opção é o contrato futuro do Ibovespa negociado na BM&F, com vencimento no mesmo mês de vencimento da opção. O prêmio da opção é expresso em pontos, sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecido pela BM&F. Os meses de vencimento são os meses pares. A BM&F poderá, a seu critério, quando as condições de mercado assim exigirem, autorizar a negociação para vencimento em meses ímpares. A data de vencimento da opção, que também é o seu último dia para negociação, é a quarta-feira mais próxima do dia 15 do mês de vencimento em que também ocorrerá o vencimento do contrato futuro objeto da opção.
No exercício das opções de compra (venda), o titular assume uma posição comprada (vendida) no contrato futuro de Ibovespa, pelo preço de exercício da opção, e o lançador assume uma posição vendida (comprada) no mesmo contrato e pelo mesmo preço de exercício. As movimentações financeiras, em decorrência do exercício da opção (compra ou venda), ocorrem no dia subsequente ao de exercício. O critério de escolha das posições lançadoras para o atendimento do exercício é o sorteio. São admitidas operações de compra e venda para liquidação diária - day trade, à exceção do dia de vencimento, desde que realizadas no mesmo pregão, pelas mesmas clientes, intermediadas pela mesma corretora de mercadorias e registradas pelo mesmo membro de compensação. |
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Tela 27 |
Opções Flexíveis do Ibovespa - As Opções Flexíveis do Ibovespa, como o próprio nome diz, são mais flexíveis do que as opções tradicionalmente negociadas no pregão na BM&F, eliminando a padronização estabelecida pela BM&F, deixando a definição do preço de exercício e a data do vencimento por conta do titular (comprador) e do lançador (vendedor), fechando livremente lotes, preço, parâmetros (Ibovespa de fechamento, médio etc.). A BM&F registra o contrato de balcão e pode dar ou não garantia de liquidação aos participantes. A opção não será restabelecida, mesmo se, antes da data de vencimento pactuada, o índice voltar a se recuperar. Neste tipo de contrato de opção, o vendedor se compromete a pagar um juro ao comprador, no caso de a opção não ser exercida no dia combinado. A taxa a ser paga é fixada de acordo com a expectativa de variação dos juros da renda fixa, no período de vigência do contrato. Independentemente do tipo de opção, as partes poderão liquidar o contrato antecipadamente, no todo ou em parte, mediante sua reversão, por meio da revenda pelo titular ao lançador e a recompra pelo lançador ao titular.
Estas opções se adaptam muito bem aos Fundos de Capital Garantido, tanto em época de bolsa de valores em alta, quando são intensamente utilizadas, como quando há queda nas cotações das ações do patrimônio do fundo. São também muito utilizadas em operações estruturadas, arbitragens de volatibilidade, proteção de carteiras e operações complexas sem liquidez. |
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Tela 28 |
Opções de Ouro sobre Disponível -
O prêmio da opção é negociado em reais por grama, com até três casas decimais. Os meses de vencimento dos contratos de opção são ímpares. A BM&F poderá, a seu critério, quando as condições de mercado assim exigirem, autorizar a negociação para vencimento em meses pares. A data de vencimento, que também é o último dia de negociação, é a terceira sexta-feira do mês de vencimento ou dia útil anterior, no caso de feriado. Nesse dia não se admitirão day trade nem a abertura de novas posições para este vencimento, exceto compras para bloqueio de posição vendida e vendas para encerramento de posição titular. As opções podem ser de compra ou de venda e são negociadas pelo modelo americano, ou seja, poderão ser exercidas pelos titulares a partir do primeiro dia útil seguinte à data de abertura da posição e até o último dia de negociação da opção. O critério de escolha das posições lançadoras para o atendimento do exercício é o sorteio. A margem de garantia do lançador é determinada pela BM&F, com base no prêmio médio de cada pregão, sujeita a valor mínimo estabelecido e depositada em D+1, podendo ser alterada a qualquer momento, a critério da bolsa. |
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Tela 29 |
Resumo Os Mercados de Futuros, a Termo e de Swap são, de uma forma ou de outra, eficazes em eliminar o risco de um investidor que detenha uma determinada posição física. O ideal seria se existisse a possibilidade de se usar o hedge apenas no cenário desfavorável e não ser obrigado a usá-lo num cenário que lhe seja favorável. Existe um instrumento no mercado de derivativos que possibilita uma forma de hedge: é o Mercado de Opções. No mercado de opções, se o investidor tiver uma posição comprada, ele poderá comprar o ativo pelo preço predefinido, se o cenário for de preços em alta, ou poderá abrir mão de seu direito de comprá-lo no mercado de opções para comprá-lo no mercado à vista, se o cenário for de preços em baixa. Opções sobre o Índice do DI de Um Dia – IDI: nesses contratos são negociadas opções de compra ou opções de venda do tipo europeu, que só podem ser exercidas na data de vencimento. O prêmio da opção é expresso em pontos do índice IDI, sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecido pela BM&F. Opções
sobre o Futuro do DI de Um Dia - esse tipo de contrato foi autorizado
na BM&F em 29/08/03, sendo o ativo objeto da opção o
Contrato Futuro de Taxa Média de DI de Um Dia, com vencimento determinado
conforme o tipo da opção. Opções sobre Futuro de Taxa de Câmbio de Reais por Dólar - o ativo objeto dessa opção é o contrato futuro de taxa de câmbio de reais por dólar comercial, com vencimento no mês de vencimento da opção. O prêmio da opção é negociado em reais por mil dólares, com até três casas decimais. Opções Flexíveis de Taxa de Câmbio de Reais por Dólar - como se trata de uma opção flexível do ativo Taxa de Câmbio de Reais por Dólar, o tamanho do contrato, o prazo de vencimento e o preço de exercício da opção são livremente pactuados entre as partes, mas sujeitos aos limites estabelecidos pela BM&F. Ela registra o contrato de balcão e pode dar ou não garantia de liquidação aos participantes. Opções sobre o Futuro do Ibovespa - o ativo da opção é o contrato futuro do Ibovespa negociado na BM&F, com vencimento no mesmo mês de vencimento da opção. O prêmio da opção é expresso em pontos, sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecido pela BM&F. Opções Flexíveis do Ibosvespa - são mais flexíveis do que as opções tradicionalmente negociadas no pregão na BM&F, eliminando a padronização estabelecida pela BM&F deixando a definição do preço de exercício e a data do vencimento por conta do titular (comprador) e do lançador (vendedor, fechando livremente lotes, preço, parâmetros (Ibovespa de fechamento, médio etc.). Opções
de Ouro sobre disponível - o ativo objeto dessa opção
é o ouro fino, sob forma de lingote-padrão de 250 gramas
de ouro fino contido, fundido por empresa refinadora e custodiado em instituição
depositária, ambas credenciadas pela BM&F. |
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| Unidade 4 | Módulo 4 | Tela 30 |
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| 1 - Produtos do Mercado de Swap
O suporte legal das regras básicas das operações de swap em mercado de balcão (Cetip) e em bolsa de mercadorias e futuros (BM&F) está definido pelas Resoluções nº. 2.873, de 26/07/01, e 2.939, de 26/03/02, do CMN, pelos Comunicados nº. 3.687, de 10/01/94, e nº. 9.253, de 08/02/02, do Bacen, e pela Circular nº. 3.099, de 26/03/02, do Bacen (http://www.bmf.com.br/portal/portal.asp). No início, a BM&F registrava contratos de swap como uma alternativa ao mercado de balcão de swap, juros e indexadores, isto é, de operações sem registro em bolsa. Nela, só eram aceitos swap dentro dos intervalos, a taxas que tinham como parâmetro as expectativas realistas refletidas no mercado futuro de juros e câmbio, evitando transferências artificiais de renda entre empresas e instituições que poderiam ter segundas intenções fiscais. Como exemplos de contratos de swaps eram utilizados:
Ambos os contratos de swap podiam ser feitos com ou sem garantia. Os contratos com garantia incluíam o depósito de margem, que era ajustado diariamente pela BM&F. |
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Tela 31 |
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Contratos a Termo de Troca de Rentabilidade - (Swap na BM&F) - A partir de 17/03/1995, todos os contratos de swap da BM&F estão reunidos em um único Contrato a Termo de Troca de Rentabilidade, simplificando enormemente os entendimentos e o processo operacional. Neste contrato, já estão incluídas as possibilidades de se trabalhar com 19 variáveis alternativas, combinadas duas a duas, a saber: Assim, com estas 19 varáveis é possível compor muitos swaps diferentes. No que tange à garantia das operações, existe a flexibilidade de sua existência, ou não, condicionada ao interesse das partes envolvidas no swap. O valor inicial, ou seja, o tamanho do contrato, e a data de vencimento são livremente pactuados entre as partes, respeitados os limites máximo e mínimo estabelecidos pela BM&F. A BM&F aceita contratos em que ela garante o membro de compensação contra o risco de inadimplência do membro de compensação da contraparte, mas também aceita contratos em que ela não oferece esse tipo de garantia. A liquidação das operações pode ser feita pela forma normal, com ajuste periódico, ou antecipada. Os swaps são processados por meio de um sistema eletrônico em contratos livres com um mínimo de R$ 50.000,00. |
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Tela 32 |
Contrato
de Swap Cambial com Ajuste Periódico (BM&F) - O
objeto de negociação é o diferencial entre a taxa de
juro efetiva de DI e a variação cambial, o cupom cambial -
que, para efeito desse contrato, são apropriadas da seguinte forma:
O resultado é que o contrato desse tipo de operação é cotado em uma taxa de juro que representa a diferença entre as taxas anteriormente mencionadas e que é denominada cupom cambial, ou seja, a remuneração em reais dos dólares investidos no Brasil. O cupom cambial é expresso em taxa linear anual para 360 dias corridos. Quem está na posição compradora do contrato vendeu a variação cambial do dólar mais o cupom cambial e comprou a taxa de juro efetiva do DI. Na data de liquidação, tem o direito de receber, de quem está na posição vendedora, o valor correspondente ao cupom cambial positivo, caso a taxa de juro efetiva do DI tenha, no período, acumulado uma valorização maior do que a variação cambial. Em caso contrário, se a variação cambial tiver superado a valorização da taxa de juro efetiva do DI, tem a obrigação de pagar o valor correspondente ao cupom cambial negativo. Esse tipo de swap pode ser negociado em contratos fracionários (mini) de US$ 1 mil, alternativamente à unidade de negociação-padrão de US$ 50 mil.
A necessidade do Bacen de fornecer hedge cambial estimulou o aperfeiçoamento desse tipo de swap, a partir da regulamentação das operações de swap referenciadas em taxas de juros e variação cambial, para fins de política monetária e cambial, estabelecida pela Resolução nº. 2.939 e pela Circular nº. 3.099, ambas de 26/03/2002. Nesse caso, o Bacen, como fornecedor do hedge cambial, atua na posição compradora. |
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Tela 33 |
| Sistema
de Proteção contra Riscos Financeiros - (Swap na Cetip) -
A
Resolução nº. 2.873 estabeleceu o formato atual (01/01/05)
para a realização de operações de swap,
a termo e com opções no mercado de balcão, bem como
para os contratos negociados em bolsas de mercadorias e de futuros e com
entidades autorizadas pelo Bacen ou pela CVM.
A partir daí, foram ampliadas as alternativas de operações de swap e de opções não padronizadas - warrants, na Cetip, ou em outro sistema de registro, custódia e liquidação autorizado pelo Bacen ou pela CVM, autorizando-os para debêntures simples ou conversíveis em ações e notas promissórias de emissão de sociedade por ações destinadas à oferta pública. Como o swap não envolve caixa, tal decisão foi um estímulo ao aumento de operações com estes ativos. Na Cetip, os contratos de swap são negociados sem garantia, por meio do Sistema de Proteção contra Riscos Financeiros - SPR, desde 20/01/1994.
A operação na Cetip é viabilizada por um intermediário membro de mercado e a liquidação financeira da operação na conta corrente dos envolvidos é feita por meio dos bancos liquidantes dos participantes. Os parâmetros de referência, a serem considerados para atualização do valor-base dos contratos de swap e de opções sobre swap podem ser registrados no SPR com percentuais determinados pelos participantes e iguais ou inferiores a 100%, na data atual, em data futura, ou com prazo já decorrido e incluem: Taxa Selic; Taxa DI; Ouro (BM&F); Dólar Comercial; Dólar Flutuante; Euro; Iene; Peso Argentino; IGP-M; IGP-DI; INPC; Taxa Pré; TR; TJLP; TBF; Taxa Anbid (Associação Nacional de Bancos de Investimento) e outros. |
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Tela 34 |
| No SPR, podem
ser registrados os seguintes tipos de contratos de swap:
• Swap Simples - no qual são aceitos dois parâmetros de atualização em que um dos participantes se obriga a pagar ao outro, na data de vencimento acertada, a variação positiva entre os parâmetros, entre as datas de contratação e vencimento, calculada sobre o valor-base ou nacional do contrato. • Swap com Prêmio - no qual uma das partes paga um prêmio em reais na data de registro do contrato sem, no entanto, obter o direito a qualquer tipo de exercício de qualquer tipo de opção. • Swap com Barreiras - no qual urna das partes paga um prêmio em reais na data de registro do contrato para obter o direito ao exercício de determinado tipo de opção. • Opções sobre Swap (Swaption) - no qual o participante titular da opção paga um prêmio à contraparte lançadora da opção na data de registro do contrato para ter um determinado tipo de direito, a saber:
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Tela 35 |
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| 2
- Mercado de Derivativos Específicos
Não há dúvida de que o risco de crédito é o calcanhar-de-aquiles do sistema financeiro. Para suavizar esse risco, uma das alternativas é o mercado de derivativos de crédito, onde o risco é diluído no sistema financeiro e, eventualmente, para fora dele, por meio dos fundos de hedge e outros tipos de fundos. Na realidade, os derivativos de crédito não aumentam ou reduzem os riscos, mas, sim, espalham os riscos, o que, na maioria das vezes, significa que ele está sendo melhor administrado. Veja um exemplo. Em uma venda de títulos lastreados em recursos a receber - securitização de recebíveis - ou em um fundo de investimento lastreado nesses recebíveis, os FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios), há uma transferência total de risco, acompanhada da captação efetiva de recursos financeiros. Observe abaixo:
Entretanto, os derivativos de crédito não devem ser considerados como instrumentos de captação do sistema financeiro, mesmo quando há a transferência de recursos, como, por exemplo, por meio das credit-linked notes (eventos de crédito), pois, na verdade, eles fazem a transferência de risco de crédito do banco credor para o investidor, tratando-se, portanto, de uma operação característica de mercado secundário de risco de crédito que, às vezes, a instituição nem possui em sua carteira, e não de mercado primário. |
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Tela 36 |
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Características
do Mercado de Derivativos e Específicos - No
Brasil, a Resolução
2.933, de 28/02/2002, do CMN, facultou a realização de
operações de derivativos de crédito, mas o restringiu,
em um primeiro momento, para as instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen, nas
modalidades, formas e condições por ele estabelecidas.
Consideram-se como:
O risco de crédito do ativo subjacente deve, necessariamente, ser detido pela contraparte transferidora do risco no momento da contratação, exceto quando se tratar de ativo subjacente regularmente negociado em mercados organizados, e cuja formação de preço seja passível de verificação. Se o ativo subjacente existir na carteira, o montante da transferência de risco fica limitado ao seu valor, sendo vedada a sua cessão, alienação ou transferência, direta ou indireta, a qualquer título, durante o prazo de vigência do contrato de derivativo de crédito a ele referenciado. |
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Tela 37 |
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| As operações
com derivativos de crédito devem ser obrigatoriamente registradas
em entidades registradoras de ativos devidamente autorizadas pelo Banco
Central.
A Circular nº. 3.106, de 10/04/2002, do Bacen, estabeleceu as regras para a realização de operações de derivativos de crédito autorizadas pela Resolução 2.933. Por meio dela, foram criadas duas modalidades de derivativos de créditos: • O swap de crédito – é o mais negociado no mercado externo, onde é chamado de credit default swap. Uma das partes compra a proteção (compradora da proteção) contra a inadimplência de uma empresa ou de empresas de um setor e a outra vende (vendedora da proteção). Quanto maior o risco de inadimplência do ativo, maior a taxa de proteção exigida pelo vendedor da proteção. Se a inadimplência não acontecer até o vencimento do contrato, a parte que vendeu a proteção ganha a taxa. Se acontecer, quem vendeu a proteção perde. Nessa situação, o pagamento da taxa é suspenso automaticamente e o vendedor da proteção paga o combinado. • O swap de taxa de retorno total - quando a contraparte receptora do risco for remunerada com base no fluxo de recebimento de encargos e de contraprestações vinculadas ao ativo subjacente (no mercado externo, é conhecido como total return swap). Nessa modalidade, a contraparte receptora do risco (compradora do risco de crédito) não recebe uma taxa de proteção por determinado prazo, mas, sim, todo o fluxo de pagamento do ativo ao qual o derivativo de crédito está vinculado. Por exemplo.
Essa mesma circular, 3106/02, não só impediu a realização de operações de opções vinculadas a essas modalidades, como também a realização de operações de derivativos de crédito entre pessoas físicas ou jurídicas controladoras, coligadas ou controladas, incluindo a recepção do risco de crédito das pessoas referidas e a realização de operações de derivativos de crédito cujos fluxos não estejam na mesma moeda ou indexador do ativo subjacente. |
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Tela 38 |
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| As operações
realizadas com derivativos de crédito pela contraparte transferidora
do risco, desde que diretamente detentora do ativo subjacente ou
indiretamente por meio de uma operação de derivativo de crédito,
a critério da instituição, podem ser consideradas no
cômputo do valor do Patrimônio Líquido Exigido - PLE,
ou não, em função do grau de transferência do
risco de crédito do ativo subjacente, e efetivada quando cumprir
as condições específicas do contrato, como determinadas
na Circular 3106/02.
Por outro lado, a contraparte receptora do risco fica exposta ao risco do ativo subjacente na proporção do risco assumido observadas as disposições do Regulamento Anexo IV à Resolução 2.099, e alterações posteriores, aos limites de exposição por cliente e à constituição de provisão específica. Apesar de poder elevar o risco de uma instituição e reduzir o de outra, no conjunto da economia não é alterado o total do risco de crédito. Assim, para o sistema financeiro, o risco permanece. O processo começa quando uma empresa ou uma instituição financeira procura uma instituição financeira autorizada para que seja montado um mecanismo que reduza o risco presente em sua carteira de créditos. A essa instituição caberá a tarefa de intermediar a compra e venda desse risco, negociando os derivativos de crédito no mercado, com instituições receptoras de risco que queiram assumi-lo. Dessa forma, há uma transferência efetiva de risco no mercado e, portanto, a transferência entre instituições das exigências de PLE estabelecidas no Acordo de Basileia, mudando seus potenciais de alavancagem. No balanço da contraparte receptora de risco (vendedora da proteção e compradora do risco), fica o risco de crédito do ativo subjacente. No balanço da contraparte transferidora de risco (compradora da proteção e vendedora do risco), fica o risco da instituição financeira que assumiu o risco. A Cetip lançou o primeiro módulo para o registro de operações com derivativos de crédito, o swap de crédito - Credit Default Swaps. O produto permite às instituições financeiras vendam proteção contra o risco de crédito de operações de empréstimo, financiamento, arrendamento mercantil, títulos de crédito em geral, valores mobiliários e contratos financeiros, entre outros. Os contratos garantem a recomposição total ou parcial do crédito contratado a favor do comprador da proteção, no caso de inadimplência ou outro evento de crédito definido no contrato. |
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Tela 39 |
| Resumo
O mercado de swap veio permitir a obtenção de um hedge perfeito, já que possibilita estabelecer um acordo entre as partes interessadas com valor e data de vencimento ajustados aos exatos interesses das contrapartes envolvidas. Contratos a Termo de Troca de Rentabilidade - (Swap na BM&F) - a partir de 17/03/95, todos os contratos de swap da BM&F estão reunidos em um único Contrato a Termo de Troca de Rentabilidade, simplificando enormemente os entendimentos e o processo operacional. O valor inicial, ou seja, o tamanho do contrato, e a data de vencimento são livremente pactuados entre as partes, respeitados os limites máximo e mínimo estabelecidos pela BM&F. Contrato de Swap Cambial com Ajuste Periódico (BM&F) - o objeto de negociação é o diferencial entre a taxa de juro efetiva de DI e a variação cambial - o cupom cambial. O resultado é que o contrato desse tipo de operação é cotado em uma taxa de juro que representa a diferença entre as taxas anteriormente mencionadas e que é denominada cupom cambial, ou seja, a remuneração em reais dos dólares investidos no Brasil. O Sistema de Proteção contra Riscos Financeiros - (Swap na Cetip) - No SPR, a pessoa física ou jurídica – como participante titular - acerta com outra pessoa física ou jurídica - a contraparte - que tenha uma expectativa contrária à sua, em relação à futura variação de parâmetros de referência escolhidos, para realizar uma operação de swap. A operação na Cetip é viabilizada por um intermediário, o membro de mercado, e a liquidação financeira da operação na conta corrente dos envolvidos é feita pelos bancos liquidantes dos participantes. O risco de crédito é o “calcanhar-de-Aquiles” do sistema financeiro e, para mitigar esse risco, uma das alternativas é o mercado de derivativos de crédito, em que o risco é diluído no sistema financeiro e, eventualmente, para fora dele pelos fundos de hedge e outros tipos de fundos. O mercado de derivativos proporciona a capacidade de proteger a exposição de crédito com uma liquidez muito maior do que aquela disponível nos mercados de bônus corporativos ou mercado de crédito. No Brasil, a Resolução nº. 2.933, de 28/02/02, do CMN, facultou a realização de operações de derivativos de crédito, mas restringindo-o, em um primeiro momento, para as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, nas modalidades, formas e condições a serem estabelecidas por ele. Derivativos de crédito são os contratos em que as partes negociam o risco de crédito de operações, sem implicar, no ato da contratação, a transferência do ativo subjacente às referidas operações. Ativo subjacente são os créditos decorrentes de operações de empréstimo, de financiamento, de arrendamento mercantil, títulos de crédito, valores mobiliários, fianças, avais, derivativos de crédito. A contraparte transferidora de risco é a parte que adquire, por meio de um contrato de derivativo de crédito, o direito de proteção contra um determinado risco de crédito e a contraparte receptara de risco é a parte que assume, por meio de um contrato de derivativo de crédito, o risco de crédito referente a um determinado ativo subjacente. No Brasil, há duas modalidades de derivativo de crédito:
No caso dos derivativos de crédito, consideram-se como operações de swap aquelas realizadas entre a contraparte transferidora e a contraparte receptora do risco de crédito para liquidação em data futura. |
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