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Clique no link abaixo e leia com atenção o texto. Embora não possamos afirmar que o detetive solucionou o caso adequadamente, é inegável que ele seja um perito em inferências. De certa forma, no nosso dia-a-dia, agimos como um detetive que observa as pistas deixadas no cenário do ocorrido e as interpreta à luz de referências conhecidas para chegar a alguma conclusão.
Vamos explorar as possibilidades do tipo de raciocínio desenvolvido pelo detetive. Após uma observação dos procedimentos por ele adotados, a primeira conclusão a que se pode chegar é óbvia: ninguém pensa a partir do nada. Consciente desse fato, é fundamental que você procure obter sempre as informações ou indícios que, uma vez analisados, tornarão possível vislumbrar alguma conclusão. O detetive observa uma série de indícios deixados: o tapete sujo de lama, a porta aberta – apesar do frio que fizera na noite anterior, o desaparecimento de um prato cheio de sanduíches. Essas pistas levam-no a inferir que havia um mistério a ser desvendado. Essa é uma conclusão a que ele chegou com base na análise dos indícios observados no local. Ela não está escrita – somente nós, leitores a temos –, não pode ser confirmada por meio de uma pergunta, pois ninguém estava em casa, além do escritor. Para chegar a essa conclusão, tudo de que o detetive dispõe são os indícios observados no local, as informações dadas pela empregada e o seu conhecimento sobre o comportamento humano. Ao confrontar indícios e conhecimento é que ele pode chegar a uma conclusão. Pois bem, o procedimento de raciocínio que demonstramos com o auxílio do exemplo do detetive é, na verdade, a elaboração de uma inferência. Com os dados de que dispõe e o conhecimento que tem dos fatos referentes ao comportamento humano (hábito de fechar a porta para se proteger do frio, por exemplo), o detetive inferiu algo acerca das circunstâncias da morte do escritor. |
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