Metáfora é a figura de palavra em que um termo substitui
outro em vista de uma relação de semelhança
entre os elementos que esses termos designam. Essa semelhança
é resultado da imaginação, da subjetividade de
quem cria a metáfora. A metáfora também pode ser
entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo
comparativo não está expresso, mas subentendido.
Na
comparação metafórica (ou símile), um elemento
A é comparado a um elemento B por meio de um conectivo comparativo
(como, assim como, que nem, qual, feito etc.). Muitas vezes a comparação
metafórica traz expressa no próprio enunciado
a qualidade comum aos dois elementos.
Exemplo:

Já na metáfora, a qualidade comum e o
conectivo comparativo não são expressos e a semelhança
entre os elementos A e B passa a ser puramente mental, observe:
No
exemplo acima, do ponto de vista lógico, a criança é
uma criança, e um touro é um touro. Uma criança
jamais será um touro. Mas quando se diz “a criança
é forte como um touro” significa que a criança teria
a sua força comparada à de um touro,
por isso é uma comparação metafórica.
Agora, veja o exemplo da metáfora abaixo:
“O
tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais.” (Carlos
Drummond de Andrade)
Neste
exemplo, a associação do tempo a uma cadeira ao sol é
puramente subjetiva. Cabe ao leitor completar o sentido de tal associação,
a partir da sua sensibilidade, da sua experiência. Essa metáfora,
portanto, pode ser compreendida das mais diferentes formas. Isso não
quer dizer que ela possa ser interpretada de qualquer jeito, mas que
a compreensão dela é flexível, ampla.
Observe
a transformação de comparações metafóricas
(ou símiles) em metáforas: