Após o exercício com a tirinha da Mafalda, você percebeu que é preciso interpretar aquilo que o autor escreveu, muitas vezes buscando as idéias implícitas e em outras referências? Viu como há muitas idéias que estão explicitas, implícitas ou ainda que podem ser comparadas às idéias “escritas”? É importante confrontar o texto com o conhecimento acumulado por você mesmo até no momento da leitura, a partir das “pistas” dadas pelo autor.


Lembre-se
: o leitor não é obrigado a concordar com a visão do autor; é possível (e também muito importante) discordar, discutir, questionar. Só assim nosso raciocínio se desenvolve e o conhecimento avança. Em textos maiores e mais complexos, e com um pouco de treino, você poderá confrontar o que foi dito por um autor com o que outros autores disseram, ou mesmo com idéias paralelas ao assunto.

Quando alguém escreve, expõe uma idéia (o que, em linguagem técnica, chama-se hipótese) busca demonstrar a validade, a coerência dessa idéia, ou seja, defende uma tese. Todos já ouvimos falar que defender uma tese é o que se faz, por exemplo, em um trabalho de pós-graduação, ou seja, a partir de uma hipótese, deve-se demonstrar com argumentos e conceitos a validade das idéias sobre determinado assunto ou tema.

E como faremos para captar a tese, identificá-la? E, também, como saber exatamente a diferença entre o tema e a tese?

Uma das formas é separar os seus aspectos formais e as idéias principais do texto. Assim, podemos reconstruir o raciocínio do autor, recuperando suas etapas mais importantes, o que um simples resumo não permite fazer. Podemos fazer um fichamento com esses aspectos, e também relembrar rapidamente os argumentos utilizados pelo autor para defender sua tese. Além disso, podemos comparar a tese de um autor com a de outro autor, aprender com as semelhanças e com as diferenças. Esse é um ótimo exercício para compararmos idéias, fazermos referências e inferências.



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