2 - A interação entre o oral e o escrito

Compreendemos até este momento, portanto, que a linguagem forma-se não apenas no falar, mas também nos códigos e elementos visuais, que são produtores de sentido.

Já vimos também que no texto escrito esses recursos são utilizados de forma diversa da fala e das imagens: podem ser expressos por palavras, por idéias, por pontuações e recursos gramaticais e semânticos (de idéias) que transmitam a intenção do escritor, dependendo do tipo de texto.

Tanto ao falar, como ao escrever, temos diversas formas de discurso. É possível diferenciar áreas e opções, assim como gêneros discursivos (livro didático, cartilha, folheto, cartaz publicitário, sermão, anúncio, manual de instruções, bula...) e tipos textuais (dissertação, exposição, narração...).

Mas, antes de tudo, devemos lembrar de algo: uma criança, por exemplo, tem contato com a fala de seu contexto, ou seja, inicialmente a fala da própria família, ou de determinada comunidade. Esta forma de comunicação e linguagem é dada como natural, e ela aprende a falar. Este é o primeiro distanciamento da fala em relação à escrita: esta última é aprendida sistematicamente, e em geral é à escola que cabe esse papel.

O comunicado, portanto, é essencial ao pensamento, à organização de idéias e é aprendido desde a infância, quando a criança se comunica ela interage com as pessoas com quem convive e aprende a falar.

Mais tarde, ela aprenderá as diferenciações das formas de discurso e os diversos recursos para se construir um pensamento, uma fala, ou um texto escrito, de forma a agir sobre os outros, ou seja, é um processo social.



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