1 - É lógico!

Observe a tira do Recruta Zero.

Como foi que o Recruta Zero concluiu que o sargento Tainha iria assistir a um jogo? Que indício o fez concluir que não era possível assistir a um filme, naquele momento? Possivelmente pela evidência de que sempre que o sargento vai assistir ao jogo, ele arruma a estante de guloseimas. E naquele momento a estante estava arrumada. Baseado em indícios ele chegou a uma conclusão. Para o Recruta Zero isto é lógico!

Você se lembra quantas vezes, ao longo de sua vida, já utilizou essa expressão?

Em diversos momentos do nosso cotidiano, falando sobre esporte, filmes, livros, escolas ou questões do dia-a-dia, acreditamos estar pensando e agindo com lógica. Quando emitimos uma opinião que nos parece evidente e de dificil argumentação, quase sempre utilizamos a expressão: É lógico!


Vejamos alguns exemplos:

É lógico que com o aumento do trigo, o pão também irá aumentar de preço.
É lógico que quando chove o nível de umidade do ar aumenta.
É lógico que se chover não precisaremos regar as plantas.

Seria diferente se Recruta Zero tivesse dito: “acho que o sargento vai assistir a um jogo”, aí ele estaria apenas emitindo uma opinião e não poderia dizer: é lógico.

Assim, se quisermos que a nossa conclusão seja lógica, devemos argumentar, isto é, expor as razões que a sustentam. Chamamos de "argumento" o encadeamento de razões.

Para exemplificar:

A ligação entre as razões apresentadas e a conclusão é fundamental para se ter uma boa argumentação. No exemplo acima, não seria possível concluir que ela será aprovada, a partir de razões como: ela não é estudiosa ou não tira boas notas, pois não existiria relação entre essas razões e a conclusão.

A lógica trata das formas de argumentação, das maneiras de encadear o raciocínio para justificar, a partir de dados essenciais, as nossas conclusões. A lógica nos dá subsídios para identificar o que pode ou não pode ser concluído a partir de uma explicação ou comunicação.



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