Visando obter melhores informações para fins decisórios, foram desenvolvidas outras metodologias de custeio, dentre as quais destaca-se o custeio direto ou variável.

O método de custeio variável é baseado em uma classificação de custos relacionada ao volume de produção: Custos Fixos e Custos Variáveis.

Um determinado elemento de custo será considerado fixo quando aumentamos ou reduzimos o volume de produção e o custo permanece inalterado. O aluguel de fábrica, a depreciação de equipamentos e o salário do gerente de produção são custos fixos. Podemos aumentar ou reduzir a produção e os custos permanecem inalterados. Eventuais aumentos nesses custos independem do volume, até o limite da capacidade de produção da empresa. Por isso dizemos que os custos são fixos dentro do limite de capacidade produtiva. Se a empresa desejar aumentar sua capacidade produtiva aumentará seus custos fixos, pois necessitará aumentar o espaço físico (aluguel) e comprar novos equipamentos, por exemplo.

Um elemento de custo será considerado variável quando seu comportamento acompanha o volume de produção. A matéria-prima é o exemplo clássico de custo variável, mas a mão de obra direta também é considerada custo variável, pois o tempo gasto para produção será aumentado quando aumentarmos a produção. Embora essa seja a regra geral, vale destacar que a natureza variável do custo depende do produto e do processo produtivo. Em uma fábrica de gelo, por exemplo, a água é um custo variável. Em processos produtivos com elevado nível de automatização, a mão de obra poderá perder a sua natureza variável. Com isso, devemos considerar as características do produto e do processo produtivo para fazer a classificação de custos fixos e variáveis.

O custeio direto, também conhecido como custeio variável, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos.

O custeio direto não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, e estes são tratados como despesas do período. O que significa dizer que os estoques de produtos em elaboração e produtos finais, bem como o custo dos produtos vendidos só conterão os custos variáveis.

Observa-se, entretanto, que algumas despesas apresentam comportamento conforme o volume vendido, semelhante às características do custo variável. Ressalte-se que as despesas referem-se aos gastos relacionados à administração da empresa, mas não se relacionam ao processo produtivo. O exemplo clássico de despesa variável é a comissão de vendas.

Gerencialmente, podemos utilizar o conceito de gastos variáveis em vez de apenas custos variáveis. Esse novo conceito permite considerarmos os custos de produção e despesas que variam na mesma proporção do volume de produção e vendas.

Se separarmos os gastos variáveis, os demais gastos serão fixos, ou seja, não se alteram com o aumento do volume de produção e vendas. Utilizando esse conceito mais amplo, somamos aos custos fixos as despesas administrativas, financeiras, tributárias, etc.



Copyright © 2010 AIEC..