3 - Índices de Endividamento

a) Histórico e média de endividamento

No primeiro número, em 1973, Melhores e Maiores, publicada pela Revista Exame, o Capital de Terceiros utilizado para financiar o Ativo era de aproximadamente 30% (70% de Capital Próprio). Em menos de 10 anos a situação quase se inverteu: a empresa brasileira utilizava-se de mais de 60% de Capital de Terceiros para constituir o seu Ativo (menos de 40% de Capital Próprio).

As edições mais recentes da Revista Exame apontam uma tendência de endividamento da ordem de 60% a 90%, dependendo do setor de atividade. Naturalmente, as empresas que necessitam de elevado capital para investir no seu imobilizado tendem a apresentar maior endividamento em determinados momentos.

Vale destacar que a estabilidade econômica alcançada pelo Brasil, sinalizou a possibilidade de utilização de recursos de terceiros com menor risco para as empresas. O nível de endividamento não aumentou muito devido ao elevado custo do capital, mas isso pode mudar ao longo dos próximos anos.

b) Considerações sobre o Ativo Imobilizado


Com as mudanças da legislação societária, ocorridas em 2009, o Ativo passou a ser dividido em dois grupos: ativo circulante e não circulante, conforme já estudado. Não existe mais o ativo permanente.

O ativo não circulante é formado pelo ativo realizável em longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Entretanto, utilizaremos a nomenclatura ativo permanente para tratarmos dos grupos investimentos, imobilizado e intangível.

O volume de aplicações no Imobilizado varia de empresa para empresa, de acordo com o seu ramo de atividade:

Indústrias, de maneira geral, possuem Imobilizado de valor alto, pois investem nos bens de produção.

Empresas comerciais possuem Imobilizado de pequeno valor; seu investimento concentra-se, basicamente, na conta Estoque, no Ativo Circulante.
Outro aspecto importante é que o Imobilizado seja financiado pelo Patrimônio Líquido ou pelo Passivo Não Circulante (Exigível a Longo Prazo), nunca pelo Passivo Circulante.



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