Como podemos observar, parte das informações necessárias à elaboração do fluxo de caixa podem ser encontradas no demonstrativo de resultados, especialmente a receita com vendas, os custos e despesas do período considerado e as várias medidas do lucro: bruto, operacional e líquido.

Entretanto, retomando nossa consideração de que o demonstrativo de resultados trabalha com dados contábeis, ou melhor, dados registrados pelo princípio de competência, ao passo que o fluxo de caixa trabalha com valores que efetivamente passam pelo caixa, a elaboração de um fluxo preciso requer o envolvimento de todos os setores da empresa, alimentando os gestores com as informações pertinentes (Previdelli, 1995).

Outros cuidados importantes para a elaboração de um fluxo de caixa:

Período adequado de previsão: uma das questões mais debatidas em planos financeiros é a confiabilidade de suas previsões. Nos fluxos de caixa, pelo detalhamento requerido, propor previsões em prazos muito longos pode aumentar a incerteza. Esta situação deve ser equilibrada, portanto, com projeções mensais do fluxo de caixa ao menos para os primeiros dois anos do empreendimento e a apresentação de projeções anuais do fluxo para o terceiro, quarto e quinto ano do empreendimento.

Cobertura das operações de caixa: é importante dimensionar um determinado saldo ou posição de caixa em termos do período (dias) de operações de caixa que ele está cobrindo. Isto auxilia na gestão financeira do dia-a-dia, embora sempre este dimensionamento possa ser afetado pela capacidade de cobrança dos recebimentos devidos e pela possibilidade de surgirem problemas ou oportunidades imprevistos.

Orçamento operacional: o fluxo de caixa deve ser a base do orçamento operacional. Assim, ele deve ser consistente com as atividades previstas e deve, de fato, atuar como um parâmetro para a tomada de decisão.



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