Nem todos
os setores e segmentos oferecem igual oportunidade de rentabilidade no
longo prazo e essa capacidade de geração de lucro
por parte de cada setor ou segmento é fator importante para que
as empresas que dele participam apresentem, também, rentabilidade.
A primeira
questão a ser observada é, assim, verificar
a capacidade do setor ou segmento econômico de gerar
rentabilidade ao longo da projeção, e apurar seus fatores
determinantes.
A definição da rentabilidade intrínseca
a cada setor ou segmento é o primeiro passo para se definir seu efeito
sobre o empreendimento analisado. Essa rentabilidade deve ser ajustada de
acordo com as características do empreendimento, pois, mesmo em um
segmento ou setor de mercado considerado “bom”, um empreendimento
pode não apresentar bons resultados, desde que não se posicione
adequadamente em relação aos demais intervenientes (fornecedores,
clientes, demais empresas – já existentes, novas e produtoras
de substitutos). O inverso pode acontecer com empresas “boas”
inseridas em segmento ou setor econômico considerado ”ruim”.
A
segunda questão, portanto, é medir a força
que o empreendimento analisado tem ou terá dentro do setor,
segmento ou cadeia produtiva, de forma a definir qual a sua capacidade
de abocanhar parcela maior ou menor do resultado global. Nessa questão,
devemos levar em conta que, dentro de cada setor ou segmento econômico,
algumas empresas são mais rentáveis que outras. Assim,
cabe analisar o diferencial de cada uma que é, em última
análise, definido no planejamento estratégico.
Em terceiro
lugar, sabemos que as características do mercado (“mercado
bom” e “mercado ruim”) não são estáticas
e, sim, mutáveis. Portanto, mesmo que a empresa já exista
e esteja bem posicionada no segmento, é importante averiguar
suas pretensões de movimentos futuros, assim
como as dos demais participantes do segmento ou setor.