4 - Composição ideal do passivo

A questão sobre a composição do passivo, sobre qual a melhor proporção entre capital próprio e de terceiros, ou seja, sobre qual estrutura de capital oferece o melhor conforto aos acionistas, é essencial à estruturação da empresa.

As duas teorias vistas se contradizem quanto à possibilidade de definir uma composição ótima do passivo em termos de segmentação entre recursos próprios e dívidas.

De imediato, e diante da constatação de que os recursos próprios tendem a ser mais onerosos que de terceiros, surgem as questões:


Por que, então, deveríamos priorizar os recursos próprios, se estes oneram a empresa?

Se o objetivo da empresa é agregar valor aos acionistas, o ideal não seria buscar a menor participação possível de recursos próprios?

Para esclarecer essas dúvidas, cabem alguns comentários referentes às teorias vistas:

a) quando se trata de finanças empresariais, a gestão do binômio risco versus retorno é sempre presente. É disso que se tratam quando se decide sobre a composição dos passivos. Manter a concentração em recursos de terceiros é privilegiar a rentabilidade dos donos do patrimônio líquido, enquanto a maior participação de recursos próprios representa minimização de riscos;

b) o que se verifica, na prática, é que as empresas, na composição de seus passivos, buscam manter equilibrada a equação risco versus retorno, normalmente não se afastando muito do padrão de endividamento do setor;



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