Ponto de alerta 12 – Garantias

Do ponto de vista do empreendedor, o ideal seria colocar apenas o bem financiado como garantia. Já para o agente financeiro o ideal seria conseguir uma garantia que cobrisse várias vezes o financiamento conseguido e que fosse de fácil recebimento e liquidação.


Os bens financiados podem e são, na maioria das vezes, aceitos como garantia, mas os bancos, de modo geral, solicitam garantias complementares e aval/fiança dos dirigentes.

Por que isso acontece?

Ao comprar um carro, paga-se determinado valor e, se o comprador tiver de vendê-lo apenas um mês depois, são escassas as probabilidades de conseguir repassar o bem pelo mesmo preço pelo qual o adquiriu, uma vez que se trata de “veículo usado”. O mesmo princípio é válido para a maioria de outras máquinas e equipamentos de empresas. No preço do equipamento, muitas vezes estão inclusos transporte, instalação, treinamento dos funcionários, seguros, etc., que se vão quando as máquinas começam a rodar.

Assim, se o banco aceitar apenas os bens financiados como garantia, na prática, ele não irá recuperar o capital investido se o projeto não se mostrar viável. Vale registrar, também, que quando uma empresa suspende suas atividades, a depreciação do parque industrial é bastante acelerada pela falta de uso e manutenção e a justiça é morosa, impedindo o agente financeiro de tomar e vender a garantia com rapidez, o que diminui a possibilidade de se obter o mesmo preço inicial de avaliação.

A negociação das garantias ao empreendimento costuma ser problema sério na obtenção de financiamento, seja porque o empresário não as possui ou porque não concorda com o nível de cobertura que o agente financeiro exige para a concessão do crédito.



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