| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - Conceito e abrangência da contabilidade A Contabilidade tem sido definida de diferentes maneiras. Cada definição atende a propósitos diversos, conforme seja a intenção de abordar os assuntos contábeis. Sob a ótica da administração, a contabilidade é um importante instrumento que auxilia os administradores a tomar decisões. Na verdade, ela coleta dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a gestão empresarial. O Professor Hilário Franco apresenta um conceito que permite uma compreensão mais abrangente do processo contábil:
O Conceito apresentado pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) atende aos dois aspectos mais relevantes que pretendemos destacar: a contabilidade deve ser entendida como um sistema de informação e tem como objeto o patrimônio da entidade, seja pessoa física ou jurídica. Vejamos então o conceito do IBRACON: “A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.” Os registros contábeis assumem papel determinante, uma vez que permitem evidenciar a situação econômico-patrimonial real da empresa, instruindo e orientando com segurança, por exemplo, em solicitação de financiamento para capital de giro ou inversões fixas. A análise de Balanços Patrimoniais sucessivos permite estabelecer os indicadores econômicos e financeiros, o comportamento dos negócios, a evolução patrimonial corporativa e ainda, se, historicamente, existem vetores que acenam para risco ou retorno das aplicações financeiras. Logo, considerando estes aspectos, a Contabilidade é importante para:
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Tela 2 |
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É importante destacar que a contabilidade tem como objeto o patrimônio da entidade. Define-se como objeto o seu campo de aplicação, que inclui os bens, direitos e obrigações que podem ser quantificados e registrados. Os bens podem ser definidos como quaisquer coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Quando você entra em um supermercado, por exemplo, encontra inúmeros objetos, como balcões, prateleiras, registradoras, assim como uma infinidade de mercadorias para venda. Todos esses objetos são bens que o supermercado possui. Os direitos são bens que pertencem à empresa, mas estão sob a posse de terceiros. No sentido contábil, são os créditos a receber de terceiros, como por exemplo: contas a receber por vendas a prazo e dinheiro aplicado em instituições bancárias. As obrigações, por outro lado, são dívidas ou compromissos para com terceiros, tais como: impostos a recolher, duplicatas a pagar, empréstimos bancários e faturas mensais de serviços contratados (energia elétrica, água e telefone). O patrimônio abrange, portanto, tudo aquilo que a entidade tem (bens e direitos) e tudo que a entidade deve (obrigações). Qualquer pessoa é titular de um patrimônio. Qualquer cidadão possui bens, direitos e obrigações; o que varia é o valor do patrimônio das pessoas. Ocorre da mesma forma com as empresas, ou seja, toda empresa tem um patrimônio, variando apenas o tamanho do mesmo, numa escala que pode ir do patrimônio da microempresa até o patrimônio de uma grande multinacional. |
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Tela 3 |
| O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc. Vejamos a seguir a representação gráfica do patrimônio:
Observe, ainda, que o patrimônio é dinâmico. As mutações ocorrem sempre que a entidade efetua qualquer tipo de transação: pagamentos, recebimentos, compras, vendas, empréstimos, etc.
Visando o melhor gerenciamento do patrimônio, a contabilidade produz,
periodicamente, um conjunto básico e padronizado de informações
úteis que permite a compreensão de como as operações
da entidade afetam o seu patrimônio. Em outras palavras, as transações
de uma entidade devem ser classificadas de maneira a facilitar a avaliação
do seu impacto no conjunto de bens, direitos e obrigações
da empresa. |
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Tela 4 |
| 2 - Objetivo da Contabilidade A função
da Contabilidade é prover cada usuário de informação
útil para a tomada de decisões econômicas. Para fornecer tais informações, a Contabilidade precisa registrar a movimentação do Patrimônio. Registrar de que maneira? Suponha que você seja o contador de uma empresa. Você vai iniciar a contabilização dessa empresa. E agora? Por onde começar? Responderemos que o primeiro passo é a escrituração. A escrituração é uma das técnicas da Contabilidade que consiste em registrar, nos livros próprios, os fatos que provocam modificações no Patrimônio da empresa. A escrituração começa pelo livro Diário, no qual todos os registros são efetuados mediante documentos que comprovem a ocorrência do fato. Os documentos mais comuns são: Notas Fiscais, Recibos de Aluguéis, Contas de Água, Contas de Luz e Duplicatas. Veja um exemplo: foi realizada a venda de um computador. Para comprovar essa venda foi extraída uma Nota Fiscal. Utilizando essa Nota Fiscal, o contador providenciará o registro do fato (venda do computador) no livro Diário. Inicia-se aí o processo da contabilização. Os registros são realizados por meio de contas contábeis, que indicam a natureza de determinado grupo de bens, direitos ou obrigações. A escolha das contas a serem utilizadas nas operações deve ser precedida pela planificação da contabilidade. Posteriormente veremos um modelo de Plano de Contas com as respectivas funções de cada conta. |
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Tela 5 |
| 3 - Usuários da Contabilidade A Contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos e não surgiu em função de qualquer tipo de legislação fiscal ou societária, nem embasada em princípios filosóficos, ou em regras estipuladas por terceiros, mas pela necessidade prática do próprio gestor do patrimônio, normalmente seu proprietário, preocupado em elaborar um instrumento que lhe permitisse, entre outros benefícios, conhecer, controlar, medir resultados, obter informações sobre produtos mais rentáveis, fixar preços e analisar a evolução de seu patrimônio. Esse gestor passou a criar rudimentos de escrituração que atendessem a tais necessidades. Com a formação de grandes empresas, a Contabilidade passou a interessar a grupos cada vez maiores de indivíduos: acionistas, financiadores, banqueiros, fornecedores, órgãos públicos, empregados, além da sociedade em geral, pois a vitalidade das empresas tornou-se assunto de relevante interesse social. Assim, pode-se dizer que a Contabilidade surgiu ou foi criada em função de sua característica utilitária, de sua capacidade de responder a dúvidas e de atender as necessidades de seus usuários. Conjunto este de características que não só foi eficiente para o surgimento da Contabilidade como também para sua própria evolução. Vejamos a seguir os diferentes interesses dos usuários das informações contábeis. |
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Tela 6 |
| Administradores e outros responsáveis por decisões. Os responsáveis pela condução dos negócios de uma entidade são os usuários mais interessados na informação contábil. O interesse nos dados contábeis destas pessoas atinge um grau de profundidade e análise, bem como de frequência, muito maior do que para os demais grupos de usuários. Para agir no futuro não é suficiente saber o que ocorreu no passado, mas é necessário saber o que está acontecendo no presente. Por isso, os relatórios destinados aos tomadores de decisão não se limitam ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Resultados, mas um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da gestão financeira e econômica das empresas. As informações devem atender às necessidades desses usuários apresentando respostas para questões como:
Entre as vantagens que as informações contábeis oferecem, a principal é a de auxiliá-los no processo decisório. Nesse contexto, a contabilidade pode favorecer a redução das incertezas existentes. Pode também ajudar a verificar se as decisões tomadas no passado estavam corretas, promovendo o aprendizado por meio do exame dos erros cometidos. Sócios e acionistas. São interessados principalmente na rentabilidade e segurança de seus investimentos e muitas vezes se mantêm afastados da direção da empresa. Por isso, precisam de informações resumidas que respondam às suas perguntas, tais como: a empresa está proporcionando resultados satisfatórios ou está apresentando prejuízo? Oferece perspectivas de rentabilidade e segurança para seus investimentos? Existe alguma alternativa mais adequada? Qual a taxa de lucratividade proporcionada? Normalmente, os relatórios contábeis básicos e os esclarecimentos prestados pela Administração por ocasião das Assembleias são suficientes para responder a tais perguntas. |
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Tela 7 |
| Fornecedores e emprestadores de dinheiro. Eles têm como principal objetivo o retorno dos recursos investidos. Para eles, é importante saber se a empresa tem condições de pagar o empréstimo contratado ou a mercadoria entregue. Assim, as informações que necessitam são ligadas à rentabilidade e garantia de retorno dos recursos investidos. Governo.
O financiamento da atividade governamental necessita de recursos que,
em grande parte, vêm da atividade empresarial sob a forma de tributos.
Portanto, o governo quer saber quanto de impostos foi gerado para os
cofres públicos. Dentre outras questões, o governo procura
identificar se não estão ocorrendo fraudes gerenciais
e/ou irregularidades contábeis. Empregados
da empresa. Eles têm interesse por ser a empresa a fonte de
recursos que assegura seus salários e participações
nos lucros. Quando a empresa estiver passando por dificuldades financeiras
é importante saber se há perspectivas de recuperação;
o desconhecimento da realidade financeira e das perspectivas da entidade
pode fazer com que o empregado não se prepare para enfrentar
uma possível falência da empresa. Por outro lado, quando
ela vai bem, é bom o empregado saber se a empresa está
cumprindo os acordos de participação nos lucros. |
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Tela 8 |
| Resumo A Contabilidade pode ser entendida como uma ciência que permite, por meio de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio das entidades. Entidade é qualquer pessoa detentora de um patrimônio. A Contabilidade estuda aspectos relativos à composição e às variações de um patrimônio, que é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. Sob o ponto de vista contábil, pode-se definir como Bem tudo aquilo que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. Direitos para a empresa são todos os valores que ela tem a receber de terceiros (terceiros, no caso, são os clientes da empresa). Constituem Obrigações para a empresa todos os valores que ela tiver a pagar para terceiros (terceiros, neste caso, são os fornecedores e demais entidades que oferecem recursos para a empresa). A Contabilidade
procura fornecer o máximo de informações úteis
para a tomada de decisões e para o controle do patrimônio
de uma entidade. Ela apresenta a realidade econômica e financeira
da empresa aos interessados por essa informação. |
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 9 |
| 1 - O que são Princípios e Normas Contábeis? Os Princípios e Normas objetivam o tratamento contábil uniforme dos atos e fatos administrativos e das demonstrações contábeis decorrentes dos registros nas operações da empresa. O Conselho Federal de Contabilidade, emitindo a Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993, dispôs no § 1º do art. 1º que: "A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)".
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Tela 10 |
| Na
linguagem coloquial, utiliza-se a palavra princípios com o significado
de origem, começo. Na Contabilidade, consideram-se
como Princípios os conceitos e postulados gerais emanados da
doutrina contábil.
Um princípio para se tornar geralmente aceito deve ser reconhecido pelo consenso profissional como útil e praticável. A utilidade é verificada pela relevância da premissa para a prática contábil. A prática não deve ser confundida com dificuldade. Ela deve ser analisada mais em termos da relação custo-benefício. Se a aplicação do princípio é difícil, mas relevante, não deve ser descartada como impraticável. |
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Tela 11 |
| A Resolução CFC nº 751, de 29 de dezembro de 1993, dispõe sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Em seu art. 1º diz que as NBC estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos técnicos a serem observados quando da realização de trabalhos contábeis, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 2 - Princípios Contábeis Os princípios
somente são incorporados à doutrina contábil se
forem considerados praticáveis e objetivos pelos profissionais
de contabilidade e, principalmente, considerados úteis.
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Tela 12 |
Vimos,
anteriormente, que uma entidade é qualquer pessoa (física
ou jurídica) detentora de um patrimônio. Segundo o Princípio
da Entidade, a Contabilidade é realizada para as entidades, como
pessoas distintas dos sócios ou proprietários. Assim sendo,
o Princípio afirma a autonomia patrimonial, no sentido de que
o patrimônio de uma entidade não se confunde com aqueles
de seus sócios ou proprietários.
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Tela 13 |
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| Uma entidade
é uma unidade para a qual se coleta, registra, demonstra e divulga
situações patrimoniais. Modernamente, com o crescimento
e com a descentralização ou desconcentração
das empresas, a entidade pode ser um órgão dentro de uma
empresa ou uma empresa dentro de um grupo empresarial, em que houve
a decisão de estabelecer tratamento diferenciado como se fossem
unidades econômicas separadas.
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Tela 14 |
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A Continuidade
ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável,
devem ser consideradas quando da classificação e avaliação
das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
A Continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos
casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a
extinção da Entidade tem prazo determinado, previsto ou
previsível. Quando uma empresa está em condições de continuar suas atividades, avaliam-se seus ativos a valor de entrada (custo). Os valores de entrada são mais apropriados que os de saída, porque são mais objetivos e não registram ganhos ainda não realizados. Uma empresa em processo de extinção é tratada, contabilmente, de forma diferente. No momento em que se verifica que a entidade não tem condições de continuar existindo, passam a interessar os valores de realização do ativo e de liquidação do passivo. No caso dos ativos, eles são avaliados a valor de saída (valor de mercado), que é a expectativa futura de recebimentos, baseada no seu preço de venda. Entretanto, a suspensão de atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. Isto pode ocorrer, por exemplo, com máquinas obsoletas. Alguns ativos intangíveis, como marcas, patentes e fundo de comércio só têm valor, na maioria dos casos, quando há continuidade na vida operacional da entidade. |
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Tela 15 |
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O
Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio
e das suas mutações, determinando que este seja feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas
que as originaram. Em outras palavras, as operações ou fatos
que afetam o patrimônio devem ser registrados contabilmente no momento
oportuno de maneira que as informações contábeis
possam constituir-se base segura para as decisões da empresa.
A omissão de registros contábeis, por erro ou fraude, causa deformações que tendem a ser tanto maiores quanto mais relevantes são os fatos não computados. Se perdas futuras são prováveis, realizam-se registros em Provisões. Assim, por exemplo, desembolsos que se esperam com indenizações trabalhistas, ajustes salariais, avais dados em títulos já vencidos e outras perdas, devem ser registrados contabilmente. Estas provisões representam maiores obrigações a serem cumpridas pela empresa, demonstrando a sua real situação patrimonial. |
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Tela 16 |
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As perdas prováveis podem ser reversíveis ou apresentarem desfecho diferente do previsto, como em casos de acordo trabalhista, vitória judicial ou o pagamento do título avalizado. Mas, tal fato não deve ser levado em conta até que efetivamente ocorra. O que se deseja evitar é o elemento surpresa. Não deve a entidade, em seus registros, evidenciar otimismos nem pessimismos exagerados. O Princípio da Oportunidade abrange dois aspectos distintos, mas complementares: a integridade e a tempestividade. O
objeto da Contabilidade é o patrimônio como um todo, não
se aceitando a hipótese de que nos registros ou nas demonstrações
contábeis possa ocorrer omissão de qualquer fenômeno
que importe na desfiguração do conjunto, dos componentes
do patrimônio ou do resultado do exercício. O rompimento do compromisso com a integridade leva às deformações da informação contábil, caracterizando a fraude. Portanto, os profissionais da área contábil devem estar atentos ao Princípio da Oportunidade de maneira a prevenir erros e omissões, pelos quais são responsabilizados. |
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Tela 17 |
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A tempestividade
indica a que as variações sejam registradas no momento
em que ocorrerem, mesmo na hipótese de alguma incerteza. Para
que a Contabilidade produza uma ideia atualizada do que ocorre, espelhando
tudo, até o momento em que se evidencia, é preciso que
tão logo o fato seja percebido ou dele se tome conhecimento,
mereça o competente registro.
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Tela 18 |
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| • Princípio do Registro Pelo Valor Original (Cost Basis of Valuation) De acordo do este princípio, os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade. Em outras palavras, as aquisições de ativos deverão ser contabilizadas pelo seu valor histórico, ou seja, pelo seu valor de compra ou de aquisição dos insumos para fabricá-los. Poderão ser acrescidos aos valores originais apenas gastos necessários para colocar o ativo em condições de funcionamento ou de venda. Assim, a compra de mercadorias cujo valor da nota fiscal é de R$ 800,00, mas que para serem colocadas em condições de venda necessita de desembolso pela empresa de R$ 40,00 de frete e R$ 20,00 de seguro, deverá ser registrada no ativo pelo valor de R$ 860,00. |
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Tela 19 |
| As transações em moeda estrangeira devem ser transformadas em moeda nacional no momento do seu registro. Isto decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registro do patrimônio e das suas mutações, a fim de se obter a necessária comparabilidade. No Princípio do Registro pelo Valor Original o balanço não representa o valor corrente do patrimônio, mas sim quanto custaram seus componentes, na data da transação. Mesmo que os valores originais tenham sido ajustados, segundo a sua perda de valor econômico, tal ajuste não implica em modificação do valor original. A aceitação deste Princípio decepciona os que desejariam observar, por meio de demonstrações financeiras, em termos de valor, o retrato atualizado da entidade. Entretanto, ninguém garante que o ativo, com o passar do tempo, continue apresentando a mesma potencialidade de gerar benefícios futuros. Eis porque os contadores preferem ser conservadores. |
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Tela 20 |
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O art. 8º da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 750/93 dispõe que "os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais". A Contabilidade reconhece que, embora aceita universalmente como medida de valor, a moeda não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo. Assim, o Princípio da Atualização Monetária parte do reconhecimento de que a moeda é instável e que os valores, nela sendo expressos, devem reajustar-se a uma atualidade que possa sempre traduzir maior proximidade da realidade. Um padrão, para ser entendido como tal, não pode sofrer variações em sua essência. Na prática, o Princípio considera o real como uma unidade-padrão de mensuração, da mesma forma que o metro, o litro ou outras medidas físicas. Para assegurar uniformidade à moeda, como padrão de mensuração, escolhe-se uma data-base para expressar todas as contas das demonstrações contábeis publicadas: a data do Balanço Patrimonial. |
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Tela 21 |
| O ajuste
monetário é apenas uma nova expressão numérica
de um mesmo valor, ou seja, uma equivalência no tempo. Portanto,
a atualização monetária representa, tão
somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data,
mediante a aplicação de indicadores ou outros elementos
aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda.
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Tela 22 |
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A Empresa Saber S.A. encerra seu exercício social em 31 de dezembro de cada ano. A conta de energia elétrica referente a dezembro de 2009 foi recebida e paga em janeiro de 2010. Todavia, a despesa foi atribuída ao exercício de 2009. Tal entendimento decorre do Princípio da Competência dos Exercícios, segundo o qual o fato gerador da despesa é o período em que o serviço foi prestado e não a data do pagamento da conta. A Empresa Garantia S.A. presta serviços de vigilância. Os serviços prestados no mês 01 são faturados só no mês 02 e recebidos no início do mês 03. Nesse caso, a receita será atribuída ao mês 01 porque ela deve ser reconhecida no mês em que o serviço foi realizado, e não na data de emissão ou recebimento da fatura. |
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Tela 23 |
O Princípio da Prudência determina a adoção
do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO,
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o Patrimônio Líquido. Em outras palavras, impõe
a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido,
quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis
diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Para melhor entender a sua aplicabilidade devemos lembrar-nos de fatos que exigem estimativas e que envolvem incertezas de grau variável. Esses fatos geralmente se referem a mutações posteriores ao final do exercício, como por exemplo, a existência de uma ação trabalhista contra a empresa – cujo desfecho somente ocorrerá após o final do exercício financeiro. Neste caso é necessário constituir uma provisão para perdas, atendendo ao Princípio da Prudência, mesmo sabendo que o resultado poderá ser favorável à empresa. O risco de falência de um cliente da empresa é outro caso no qual devemos aplicar o Princípio da Prudência, mesmo sabendo que talvez não haja perda total do crédito a receber do cliente falido, ou ainda, o cliente pode até reverter a sua situação pré-falimentar, mas a provisão deverá levar em conta o critério que resulte em um menor Patrimônio Líquido, resultando, portanto, em uma provisão de 100% do crédito relativo ao cliente. A constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa determina o ajuste, para menos, de valor decorrente de transações com o mundo exterior, das duplicatas ou de contas a receber. A escolha não está no reconhecimento ou não da provisão, indispensável sempre que houver risco de não recebimento de alguma parcela, mas, sim, no cálculo do seu montante. Observe que na aplicação do Princípio da Prudência sempre há incerteza, pois quando há certeza em relação ao valor a ser provisionado, o seu registro estará atendendo ao Princípio da Oportunidade. Entretanto, a aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos, a situações classificáveis como manipulações do resultado, com a consequente criação de reservas ocultas. Ao contrário, deve constituir garantia de inexistência de valores artificiais, de interesse de determinadas pessoas, especialmente administradores e controladores, aspecto muito importante nas Entidades integrantes do mercado de capitais. Deve-se evitar, portanto, a prevalência de juízos puramente pessoais ou de outros interesses na aplicação da Prudência. |
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Tela 24 |
| 3 - Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC As Normas Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos técnicos a serem observados quando da realização dos trabalhos contábeis, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. O Conselho Federal de Contabilidade, na Resolução CFC nº 751, de 29 de dezembro de 1993, dispôs sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade, que configuram regras objetivas de conduta. Segundo essa Resolução: "Art.
2º As Normas classificam-se em Profissionais e Técnicas,
sendo enumeradas sequencialmente.
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Tela 25 |
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| As estruturas das Normas Profissionais e Técnicas serão agora apresentadas para que você possa entender a sua classificação e utilizá-las adequadamente. Normas Profissionais - A estrutura é a seguinte: NBC
P1- Normas Profissionais de Auditor Independente Normas Técnicas - A estrutura é a que segue: NBC
T 1- Das Características da Informação Contábil O Conselho
Federal de Contabilidade mantém uma biblioteca virtual atualizada
sobre diversos assuntos contábeis, sendo possível acessar
e fazer download gratuito de livros em pdf. Dentre esses, destacamos
o livro “Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de
Contabilidade”. |
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Tela 26 |
| Resumo Os Princípios e Normas objetivam o tratamento uniforme das operações e demonstrações contábeis. Os Princípios referem-se às diretrizes mais gerais e as normas referem-se aos procedimentos. Neste módulo são estudados os 7 (sete) Princípios Fundamentais estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade: da Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do Registro pelo Valor Original, da Atualização Monetária, da Competência dos Exercícios e da Prudência. O Princípio da Entidade afirma a autonomia patrimonial, no sentido de que o patrimônio de uma entidade não se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários. O Princípio
da Continuidade parte do pressuposto de que a entidade continuará
existindo por tempo indeterminado. Sendo constatadas evidências
de término da atividade, essas evidências devem ser consideradas
na elaboração das demonstrações contábeis. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que as aquisições de ativos sejam contabilizadas pelo seu valor histórico, ou seja, pelo seu valor de compra ou de aquisição dos insumos para fabricá-los. O Princípio da Atualização Monetária parte do reconhecimento de que a moeda é instável e que os valores, nela sendo expressos, devem reajustar-se a uma atualidade que possa sempre traduzir maior proximidade da realidade. Para assegurar uniformidade à moeda, como padrão de mensuração, escolhe-se uma data-base para expressar todas as contas das demonstrações contábeis publicadas: a data do Balanço Patrimonial. Estabelece o Princípio da Competência dos Exercícios que as receitas e as despesas devem ser atribuídas aos exercícios de acordo com a real incorrência dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não quando são recebidos ou pagos. O Princípio
da Prudência determina a adoção do menor valor para
os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação
das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio
Líquido. A prudência diz respeito na avaliação
patrimonial que resulte menor patrimônio líquido. Essa
posição conservadora procura defender os usuários
das demonstrações contábeis quanto ao valor patrimonial
da entidade. |
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 27 |
| 1 - Contas e Registros Contábeis
Conta é
o nome técnico que identifica cada componente patrimonial (bem,
direito ou obrigação), bem como identifica um componente
de resultado (receita ou despesas). |
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Tela 28 |
| O ato de contabilizar essas operações por meio de um sistema universalmente adotado chama-se classificação. Classificar uma conta representa debitar ou creditar esta conta de acordo com a operação realizada e constitui a mais importante tarefa dentro de um setor de contabilidade, pois é dessa classificação que nascem os registros nos diversos livros contábeis que, por sua vez, dão origem aos levantamentos para a elaboração das demonstrações contábeis. As contas podem receber diferentes classificações conforme a Teoria das Contas em estudo. No Brasil, a Teoria Patrimonialista é a usualmente adotada. Segundo essa teoria, as contas podem ser classificadas em Contas Patrimoniais e Contas de Resultado. O patrimônio, conforme apresentado anteriormente, é formado por bens, direitos e obrigações. As contas patrimoniais, para representar o patrimônio, são divididas em dois grandes grupos: ATIVO e PASSIVO. Observe que foi incluído um grupo “obrigações com sócios”. Na verdade, esse grupo refere-se aos valores que os sócios entregaram à sociedade para o seu funcionamento, ou seja, o capital social. Este capital representa a primeira origem de recursos da empresa. No decorrer do tempo, esses recursos são aplicados gerando lucros, que passam a incorporar o patrimônio. Esses lucros integram, juntamente com o capital social, um grupo denominado Patrimônio Líquido. Patrimônio
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Tela 29 |
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No
Ativo são colocados os elementos representativos dos Bens e Direitos
da entidade, e no Passivo são colocados os elementos representativos
das Obrigações e o Patrimônio Líquido.
O patrimônio, além de representar os bens, direitos e obrigações da entidade, pode ser entendido como o resumo das origens e aplicações de recursos em um determinado momento. O passivo, incluindo as obrigações exigíveis e o patrimônio líquido representa as origens de recursos, ou seja, onde a empresa busca os recursos a serem aplicados nas suas atividades. O Ativo, incluindo os bens e direitos representa as aplicações dos recursos obtidos pela empresa. |
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Tela 30 |
| As Contas Patrimoniais são também denominadas permanentes, pois sempre existirão enquanto existirem os elementos patrimoniais que representam. Estas contas não têm o seu saldo encerrado no final do exercício financeiro, ou seja, o saldo é verificado por ocasião da elaboração das demonstrações contábeis e a conta continua sendo movimentada normalmente após o Balanço. As Contas de Resultado registram as variações patrimoniais e englobam as RECEITAS e as DESPESAS, utilizadas para determinar o resultado do exercício. Receitas: decorrem da venda de Bens e da prestação de serviços. Existem em número menor que as Despesas, sendo as mais comuns representadas pelas seguintes contas: Receita de vendas, receita de serviços, receitas financeiras, receitas de aluguéis, entre outras. Despesas: decorrem do consumo de Bens e da utilização de serviços. Por exemplo: salários, fretes, energia elétrica consumida, os materiais de limpeza consumidos (sabões, desinfetantes, vassouras, detergente), o café consumido, os materiais de expediente consumidos (canetas, papéis, lápis, impressos etc.), a utilização dos serviços telefônicos, etc. Em outras palavras, as receitas e despesas representam os ganhos e perdas da empresa, e permitem, ao final de determinado período, verificar se a empresa teve lucro ou prejuízo com suas operações.
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Tela 31 |
| Não se deve confundir despesa com pagamento. Uma despesa pode ocorrer sem que tenha sido paga (como é o caso dos salários, quando os serviços são prestados em um mês e pagos em outro); e pode ter sido paga sem que tenha sido incorrida (caso do aluguel, quando pago antecipadamente). Contas de Resultado são também denominadas Contas Transitórias, pois só servem até o momento da apuração do resultado (lucro ou prejuízo). Assim, elas têm tempo de vida definido.
O
processo com as Contas de Resultado é o seguinte:
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Tela 32 |
| As contas patrimoniais refletem a posição estática do patrimônio, ou seja, a situação patrimonial em determinado momento. As contas de resultado demonstram a dinâmica patrimonial, isto é, as variações aumentativas e diminutivas do patrimônio, que geram resultado positivo ou negativo, aumentando ou diminuindo a substância líquida patrimonial. |
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| Débito e Crédito Todas as operações ocasionam aumentos e diminuições no ativo, passivo e/ou no patrimônio líquido. Esses aumentos e diminuições são efetuados por meio dos débitos e créditos lançados nas contas. Debitar uma conta é registrar um valor na coluna do débito. Creditar uma conta é registrar um valor na coluna do crédito. O quadro abaixo contribui para a compreensão dos registros:
As contas do Ativo possuem saldo devedor, portanto, sendo debitadas terão os seus saldos aumentados. Quando essas contas são creditadas os seus saldos diminuem. As contas do Passivo e do Patrimônio Líquido possuem saldo credor. Por isso, um lançamento a débito dessas contas provoca uma redução no saldo, enquanto um crédito aumenta o saldo.
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| As
contas de despesas também apresentam natureza devedora –
assim como as contas do Ativo. Por isso, o comportamento é análogo,
ou seja, um débito aumenta uma conta de despesa e um crédito
reduz o seu saldo.
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Entender porque as contas do ativo têm natureza devedora e as contas do passivo têm natureza credora é fundamental para a compreensão dos assuntos que se seguem. O entendimento é bastante simples: a sistematização dos lançamentos contábeis teve origem na antiga Roma, onde a palavra débito deriva de Debitum, Debitare e Debitarium que designavam os direitos: devidos a mim, ou devido para mim (entendendo por “mim” a própria empresa ou entidade), configuravam todas e quaisquer aplicações de recursos, que por sua vez representavam a própria atividade da empresa ou entidade, daí a denominação: Ativo. Enquanto Creditum, Creditare, Creditarium, designavam as obrigações para com outrem, devidos por mim (idem), configuravam todas as obrigações exigíveis e não exigíveis, configuradas na condição de origens de recursos que se materializam no ativo das entidades e apenas representam os valores, daí a denominação: Passivo.
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| Despesas são contas de resultado e, como tal, têm a propriedade de alterar o Patrimônio Líquido da entidade. Todas elas reduzem os valores patrimoniais, porque são as responsáveis pelos registros das perdas eventuais, saídas monetárias para consumo, prejuízos nas vendas, diminuição nos lucros, deterioração de bens etc. Por que as despesas são sempre contas devedoras? Já foi visto que o ativo corresponde à aplicação de recursos e que estes são sempre registrados em contas devedoras. As despesas também são uma forma de aplicação de recursos, com a diferença de que elas não oferecem retorno físico (bens) ou virtual (direitos), representando uma forma de consumo desses recursos econômico-financeiros. |
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As contas do passivo são credoras porque representam as obrigações do patrimônio, ou seja, referem-se a terceiros que são credores da entidade.
Receitas são contas de resultado que afetam positivamente o Patrimônio Líquido da entidade, pois são elas as responsáveis pelos registros do aumento da origem de recursos patrimoniais resultantes de quaisquer ganhos e, portanto, credoras. Por que as receitas são sempre contas credoras? Se o passivo caracteriza-se como sendo a origem dos recursos do patrimônio e se as receitas são uma fonte canalizadora de mais recursos para o empreendimento, elas serão sempre credoras por analogia com o passivo. |
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| 2 - Esquema dos Registros O esquema, apresentado a seguir, auxilia você a entender os registros a débito ou a crédito:
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| Um exemplo: Quando uma Imobiliária compra um imóvel à vista, por R$ 50.000,00, como será representada a operação nas contas Patrimoniais?
Debitará R$ 50.000,00 à conta representativa de "imóveis", uma vez que o imóvel é um bem (ATIVO). Creditará R$ 50.000,00 à conta que representa dinheiro em poder da empresa ("Caixa", que é uma conta do Ativo), pois a empresa reduzirá o seu saldo de Caixa no valor que pagará pela aquisição. |
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| Os principais elementos de uma conta são:
3 - Representação Gráfica da Conta A estrutura das contas no Livro Razão, que é um livro muito importante do ponto de vista da Contabilidade, usualmente pode ser representada por um quadro com 6 (seis) colunas.
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| Veja um exemplo de preenchimento do Livro Razão utilizando-se as transações efetuadas pela Empresa Comércio de Eletrodomésticos S.A., no mês de julho do ano x1, que foram as seguintes:
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4 - Conta T A Conta "T", razonete ou razonete em T é a simplificação da representação gráfica do Livro Razão. A Conta T apresenta a seguinte representação gráfica:
O lado esquerdo de uma conta é chamado o lado do débito, o lado direito é denominado o lado do crédito. A natureza da conta é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuições, como será visto a seguir. Os elementos que compõem o Ativo figuram no lado esquerdo do balanço. Guardando coerência, as contas do ativo devem apresentar saldos devedores (lado esquerdo). E assim sendo, as contas de ativo têm o saldo aumentado quando são debitadas, representando aumento dos bens e direitos. Com as contas do Passivo e do Patrimônio Líquido ocorre o inverso do que acontece com as do ativo. Estas diminuem quando são debitadas e aumentam quando são creditadas. |
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A
Conta T, por utilizar um gráfico simplificado, é muito usada
para a resolução de problemas, estudos e explicações.
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5 - Plano de Contas O contabilista precisa criar as contas que irá usar, antes de iniciar o registro dos fatos. Por isso, uma das atividades iniciais para a elaboração da Contabilidade é a planificação das contas necessárias à revelação de todos os componentes patrimoniais, bem como suas variações.
O Plano de Contas destina-se a orientar o registro das operações, oferecendo a vantagem de uniformização das contas utilizadas em cada registro. Ele consiste de um elenco de todas as contas que se prevê sejam necessárias aos registros contábeis de uma entidade. Compreende-se, todavia, que ele não pode ser rígido e inflexível, devendo permitir alterações que se mostrem necessárias por ocasião de sua utilização. A seguir, encontra-se um exemplo de Plano de Contas que procura acompanhar, em suas linhas gerais, a classificação de contas prevista pela Lei n° 6.404/76, que regulamenta as sociedades por ações. O Plano tomado como exemplo mostra um número de contas adequado a empresas de tamanho médio. O responsável pela Contabilidade poderá adaptá-lo aos casos concretos que tiver em vista, eliminando as contas desnecessárias e criando as que forem indispensáveis à entidade cujos fatos pretende registrar. Será apresentado um Plano de Contas para empresas comerciais, cujo objetivo é a revenda de mercadorias. Poderá, entretanto, ser adaptado para empresas industriais, com a inclusão de contas patrimoniais representativas de bens indispensáveis a essa atividade, tais como Máquinas e Ferramentas, assim, como a criação de contas estoque e de resultado que caracterizem o custo industrial. |
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O Plano prevê quatro grandes grupos de contas, utilizando critério decimal. Assim, toda vez que encontramos uma conta cujo número se inicie pelos números: 1 contas do grupo ATIVO 2 contas do grupo PASSIVO 3 contas do grupo RECEITA 4 contas do grupo DESPESA Exemplo de "Plano de Contas" para uma empresa comercial de porte médio: Contas Patrimoniais
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Procure observar que:
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Contas de Resultado
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Tela 48 |
| Resumo As contas
dividem-se em patrimoniais e de resultado. As Contas Patrimoniais
representam o ativo (bens e direitos), o passivo (obrigações)
e o patrimônio líquido. Todas as
operações ocasionam aumentos e diminuições
no ativo, passivo e/ou patrimônio líquido. Esses aumentos
e diminuições são efetuados pelos débitos
e créditos lançados nas contas. Débito significa
aplicação de recursos e Crédito identifica a origem
dos recursos aplicados. |
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| Unidade 1 | Módulo 4 | Tela 49 |
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1
– Obrigatoriedade de escrituração e elaboração
dos demonstrativos contábeis Assim como o plano de voo, a Contabilidade oferece aos gestores, ferramenta indispensável, com informação confiável para tomadas de decisões, permitindo ações corretivas, projeções, simulações, bem como análises e conclusões para a correta consecução dos planos de crescimento ou inserção da empresa no cenário do segmento econômico. Essa é a essência da Contabilidade: processo, ferramenta, controles, demonstrações, ou seja, instrumentos de gestão empresarial. No Brasil, equivocadamente, a escrituração mercantil e as atribuições do contador geralmente são associadas ao pagamento de impostos. Todavia, independente da forma de tributação adotada pela pessoa jurídica, é a contabilidade, por meio das demonstrações, que posiciona o gestor como estão se portando os negócios, qual a rentabilidade, o grau de endividamento, o comportamento das contas a receber e a pagar e a capacidade de solvência. Essas informações antecipam as causas, consequências e alternativas que se dispõem para a correção dos desvios em relação aos planos estabelecidos. Portanto, é correto afirmar que, quanto mais completo e transparente forem os registros da Contabilidade, mais eficientes serão os diagnósticos, as conclusões, as causas e as soluções propostas. |
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| Quanto à obrigatoriedade dos registros e demonstrativos contábeis, o art. 1.179 do Código Civil Brasileiro estabelece que toda sociedade empresária está obrigada a adotar e a seguir um sistema de contabilidade, ainda que de forma simplificada. O Contador está vinculado a cumprir essa norma porque depende dos livros mercantis devidamente registrados na Junta Comercial ou Cartório de Títulos e Documentos, para constituição de provas perante terceiros e assim eximir-se de eventuais responsabilidades em demandas administrativas ou judiciais. A Lei Complementar nº 123/06, assim como o Regulamento do Imposto de Renda e as Resoluções do Comitê Gestor do Simples Nacional, estabelecem que as empresas enquadradas como Microempresas e Empresas de Pequeno Porte devem manter em boa ordem os documentos que embasam os cálculos dos tributos e contribuições, ainda que adote escrituração simplificada, a fim de permitir a correta aferição dos recolhimentos realizados a título de Simples Nacional. Ainda que sejam dispensados pela legislação fiscal e tributária, a adoção de registros contábeis, elaborados a partir dos livros Diário e Razão, é considerada imprescindível, pelas razões já expostas, além de outras como exigências para inserção no mercado internacional, elaboração de plano especial de recuperação judicial e obtenção de crédito e exigências relacionadas às suas necessidades de crescimento. As normas acerca das providências a cargo do contabilista quanto às demonstrações contábeis e à vista das disposições do RIR/99, exige que sejam elaborados o Livro Diário, e Livro Razão e pelo menos o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício. No caso das grandes corporações, os demonstrativos contábeis são regulamentados pela Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 11.638/07. O art. nº 176 dessa lei os demonstrativos obrigatórios:
Veremos cada
demonstrativo nos tópicos seguintes, com informações
adicionais sobre a obrigatoriedade, elaboração e publicação. |
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Tela 51 |
| 2- Balanço Patrimonial
Segundo a
Lei das S/A é composto de duas colunas: “Lei
das S/A – A sociedade será designada por denominação
acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade
anônima", expressas por extenso ou abreviadamente, vedada à
utilização da primeira ao final”. Na coluna da direita, ou coluna do Passivo, são apresentadas as contas referentes às obrigações da entidade e também ao seu patrimônio líquido, bem como os valores correspondentes.
A
Lei das S/A considera o Patrimônio Líquido
como parte integrante do passivo. Todavia, o passivo representa as obrigações
exigíveis, ou seja, as obrigações com terceiros,
enquanto que o Patrimônio Líquido representa as obrigações
não exigíveis, ou seja, as obrigações com
os proprietários. |
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| Pode-se ver o balanço patrimonial de maneira mais simples:
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Patrimônio Líquido – evidencia os recursos dos proprietários que são aplicados no empreendimento. Ao investimento inicial denominamos Capital Social. Caracteriza-se por não ser exigível. É denominado de Capital Próprio. O Patrimônio Líquido aumenta a partir de:
O lucro pertence aos proprietários. É a remuneração do capital investido, embora não seja totalmente retirado da empresa. Após a apuração do lucro ocorre sua destinação:
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| O Balanço Patrimonial é representado desta forma:
É importante destacar que o Balanço Patrimonial é uma demonstração estática. Reflete o saldo das contas em determinado momento (normalmente 31/12 de cada ano), sem, contudo explicar o que ocasionou a variação destes saldos de um exercício financeiro para outro. Existem empresas que apresentam um ciclo operacional curto (supermercado), outras com um ciclo operacional um pouco maior (indústria naval, construção civil) e outras, nas quais este ciclo é bastante longo, como no caso da atividade pecuária (quatro anos). Pela Lei das S/A, se o Ciclo Operacional de uma empresa for superior a um ano, para a classificação de contas no Balanço Patrimonial, passa a ser considerado este ciclo como curto prazo.
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Vejamos um exemplo prático de Balanço Patrimonial:
O Balanço apresentado permite extrair algumas informações relevantes sobre a empresa. Vejamos:
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| 3 - Demonstração de Resultado do Exercício A cada exercício social (normalmente, um ano) a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade confronta a receita (vendas) com as despesas. Se a receita foi maior que a despesa, a empresa teve lucro, se a receita foi menor que a despesa, teve prejuízo.
A despesa pode, ainda, originar-se de outras reduções de Ativo (além do caixa), como é o caso de desgastes de máquinas (depreciação) e outros.
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| Estrutura da DRE
A preocupação na elaboração de um Relatório Contábil é a riqueza de detalhes, sem complicações, no sentido de propiciar um maior número de informações para a tomada de decisões. As parcelas dedutivas (subtrativas) são agrupadas de acordo com suas características.
Observe que, enquanto o Balanço Patrimonial é uma demonstração estática (posição em determinada data) a Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dinâmica (somatório das receitas e despesas ocorridas entre 01/01 e 31/12).
Se a empresa efetua vendas a prazo em janeiro para receber em 90 dias, o reconhecimento da receita (fato gerador) e um acréscimo em duplicatas a receber ocorrem em janeiro. Desta forma, esta receita irá proporcionar um lucro em janeiro que se converterá em dinheiro somente dentro de 90 dias (fator caixa).
Da mesma forma, temos também na DRE despesas que somente serão pagas em outro momento, mas que influenciaram na apuração do lucro. É importante lembrar que algumas despesas não representam para a empresa sacrifícios financeiros, mas reduzem o lucro. É o caso, por exemplo, das depreciações, amortizações, exaustões e do resultado da equivalência patrimonial. |
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| O que pretendemos destacar é que lucro é resultado econômico, não representa necessariamente dinheiro. Vamos fazer uma analogia. Você trabalhou em janeiro (fato gerador do seu direito de receber o salário), contudo a empresa irá pagar seu salário somente no quinto dia útil do mês subsequente. Você teve uma receita em janeiro (irá proporcionar um lucro) que somente será recebido financeiramente em fevereiro. Mas, ainda, você estava devendo o cheque especial, e ao entrar o depósito do salário este não foi suficiente para cobrir o saldo devedor. Apesar do lucro você continua com uma situação financeira negativa. A estrutura de uma DRE completa e os principais grupos são:
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Como apurar a receita líquida
Exemplo do cálculo da Receita Líquida
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Como apurar o lucro bruto
Antes de
continuarmos vamos identificar a diferença entre despesa
e custo. |
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| Como apurar o Lucro Operacional
Os principais grupos de Despesas operacionais são:
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Como calcular o Imposto de Renda
Para cálculo do Lucro Real, o LAIR é levado para um livro não contábil reservado exclusivamente para fins fiscais, conhecido como LALUR, isto é, Livro de Apuração do Lucro Real mantido pela empresa para atender a Legislação do Imposto de Renda.
Junto com o Imposto de Renda também é calculada a Contribuição Social, que é uma taxa sobre o lucro para o governo atender ao auxílio-desemprego e outras finalidades sociais. Vale lembrar que as pequenas e médias empresas (receita bruta total estabelecida em lei) poderão pagar imposto de renda sobre o lucro presumido. Essas empresas deixam de calcular o imposto sobre o lucro real, presumindo o lucro a partir das receitas. Os percentuais de lucro e impostos são estabelecidos e aplicados sobre a receita auferida, variando conforme a faixa de receita e atividade empresarial. Vejamos um exemplo prático de Demonstração de Resultado do Exercício:
A Demonstração de Resultado apresenta os valores de receitas e despesas obtidas durante o exercício contábil. |
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Como apurar o lucro líquido:
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| 4
- DLPA e a DMPL
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é obrigatória para as empresas; todavia, deverá ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) no caso das Companhias Abertas, conforme exigência da Comissão de Valores Mobiliários.
O Balanço Patrimonial, como se pode constatar é uma demonstração estática, onde são evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido em uma determinada data. Podemos verificar os saldos que a empresa tinha no início e no final do período, sem, contudo sabermos as razões das variações. |
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A Demonstração do Resultado do Exercício – a DRE é uma demonstração dinâmica que informa os resultados das operações ocorridas ao longo de um determinado período. Podemos observar o total de vendas ocorrido ao longo de um período, bem como o total de despesas. Não é uma situação estática de um momento, mas o somatório de todas as operações (Receitas e Despesas) no período em análise. O Lucro Líquido Apurado na Demonstração do Resultado do Exercício pertence aos proprietários da empresa. Contudo não é totalmente retirado da mesma:
Pode-se concluir que o lucro apurado na DRE irá então para o BP, uma parte para o passivo (dividendos a pagar) e outra parte para o Patrimônio Líquido (lucro retido). |
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O trajeto do lucro da DRE até o Balanço Patrimonial sofre tradicionalmente algumas transformações que devem ser explicadas às pessoas que utilizam os relatórios contábeis. Uma das transformações é que o lucro retido (não distribuído) poderá receber uma destinação específica, como, por exemplo, ser utilizado especificamente para expansão da fábrica. Podem existir, também, saldos remanescentes de lucros de anos anteriores, escriturados pela contabilidade, que não foram canalizados para fins específicos e nem foram utilizados para aumento de capital. Neste caso, em nível de escrituração, apenas somaríamos as sobras dos anos anteriores ao lucro do exercício atual, surgindo a expressão contábil Reserva de Lucros. Assim, após apurar o lucro do exercício, soma-se ao remanescente já existente, fazem-se as destinações específicas, distribui-se em forma de dividendos e dá-se outros tratamentos, tudo num mesmo relatório conhecido como Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, que serve de interligação entre o BP e a DRE.
Estrutura da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados:
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Tela 67 |
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Após
a apuração do montante disponível do lucro, será
destacada a proposta dos órgãos da administração
da companhia, apresentada aos acionistas (Assembleia Geral), sobre
a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do Exercício,
que é o lucro do período apurado na demonstração
do resultado do exercício.
5 – Demonstração de Fluxo de Caixa
A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) tem a finalidade de auxiliar o planejamento financeiro da empresa, antecipando quando a empresa precisará de um financiamento, ou quando a empresa terá, mesmo que temporariamente, sobra de recursos para aplicar no mercado financeiro. Este
demonstrativo possibilita verificar o desempenho financeiro no período
e auxilia na elaboração de uma boa projeção
do Fluxo de Caixa para o futuro (próxima semana, próximo
mês, próximo trimestre, etc.). A comparação
do Fluxo Projetado com o real vem indicar as variações
que, quase sempre, demonstram as deficiências nas projeções.
Estas variações são excelentes subsídios
para aperfeiçoamento de novas projeções de Fluxos
de Caixa.
Observe que a DFC permite verificarmos importantes decisões financeiras da empresa, tais como aquisições de imobilizado, amortização e ingresso de empréstimos. |
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Tela 68 |
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6 – Demonstração de Valor Adicionado A
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe
contábil que evidencia, de forma sintética, os valores
correspondentes à formação da riqueza gerada
pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição.
Essa riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado,
é calculada a partir da diferença entre o valor de sua
produção e o dos bens e serviços produzidos por
terceiros utilizados no processo de produção da empresa.
Modelo de DVA
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Tela 69 |
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Resumo As operações realizadas pela empresa são registradas em seus livros contábeis (Livro Diário e Livro Razão) e resumidas, geralmente no final de cada ano, em demonstrativos que indicam a sua situação econômica e financeira. O Balanço Patrimonial apresenta os bens, direitos e obrigações da empresa em determinada data. Por isso é considerada uma demonstração estática. A comparação com ano anterior é possível porque o Balanço deve ser apresentado em duas colunas, facilitando a análise das mudanças ocorridas no período. A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) demonstra a atividade operacional da empresa, apresentando o resultado final do exercício (lucro ou prejuízo), discriminando todas as contas de receitas e despesas. Trata-se de um relatório dinâmico, pois indica os valores acumulados do período. Esse relatório também deve ser apresentado em duas colunas para facilitar a comparação das variações ocorridas nos dois períodos em análise. A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é o relatório contábil que evidencia o lucro/prejuízo apurado no exercício e sua destinação. Esse demonstrativo pode ser substituído pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que apresenta as variações ocorridas em todas as contas do Patrimônio Líquido. A Demonstração do Fluxo de Caixa indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro. Trata-se de um demonstrativo de grande utilidade para avaliar o desempenho financeiro da empresa e auxiliar na avaliação de necessidades futuras de recursos. A Demonstração
do Valor Adicionado tem a função de divulgar e identificar
o valor da riqueza gerada pela entidade, e como essa riqueza foi distribuída
entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente,
para a sua geração. O Valor Adicionado pode ser definido
como a remuneração dos esforços desenvolvidos
para a criação da riqueza da empresa. Tais esforços
são, em geral, os investidores que fornecem o capital, os financiadores
que emprestam os recursos, os empregados que fornecem a mão
de obra, e o governo que fornece a infraestrutura e os serviços
de apoio. |
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