| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
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1 - Custeio por absorção e custeio variável Na unidade anterior foram apresentados os conceitos de gastos, custos e despesas. Os custos foram classificados em diretos e indiretos, conforme a possibilidade de identificá-los e quantificá-los diretamente nos produtos. Conforme o método de custeio apresentado, todos os custos (diretos e indiretos) são alocados aos produtos e, quando da venda desses produtos, os respectivos custos são convertidos em custo dos produtos vendidos (CPV). Trata-se portanto, do método de custeio por absorção. Em outras palavras, no custeio por absorção, todos os gastos realizados no processo produtivo são considerados na composição do custo dos produtos. Vejamos o esquema do custeio por absorção:
O custeio por absorção atende integralmente aos princípios contábeis e é utilizado para contabilização de custos e apuração dos resultados para fins de elaboração das demonstrações contábeis. |
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Tela 2 |
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Visando obter melhores informações para fins decisórios, foram desenvolvidas outras metodologias de custeio, dentre as quais destaca-se o custeio direto ou variável. O método de custeio variável é baseado em uma classificação de custos relacionada ao volume de produção: Custos Fixos e Custos Variáveis.
Um determinado elemento de custo será considerado fixo quando aumentamos ou reduzimos o volume de produção e o custo permanece inalterado. O aluguel de fábrica, a depreciação de equipamentos e o salário do gerente de produção são custos fixos. Podemos aumentar ou reduzir a produção e os custos permanecem inalterados. Eventuais aumentos nesses custos independem do volume, até o limite da capacidade de produção da empresa. Por isso dizemos que os custos são fixos dentro do limite de capacidade produtiva. Se a empresa desejar aumentar sua capacidade produtiva aumentará seus custos fixos, pois necessitará aumentar o espaço físico (aluguel) e comprar novos equipamentos, por exemplo. Um elemento de custo
será considerado variável quando seu comportamento acompanha
o volume de produção. A matéria-prima é o
exemplo clássico de custo variável, mas a mão de
obra direta também é considerada custo variável,
pois o tempo gasto para produção será aumentado quando
aumentarmos a produção. Embora essa seja a regra geral,
vale destacar que a natureza variável do custo depende do produto
e do processo produtivo. Em uma fábrica de gelo, por exemplo, a
água é um custo variável. Em processos produtivos
com elevado nível de automatização, a mão
de obra poderá perder a sua natureza variável. Com isso,
devemos considerar as características do produto e do processo
produtivo para fazer a classificação de custos fixos e variáveis. O custeio direto não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, e estes são tratados como despesas do período. O que significa dizer que os estoques de produtos em elaboração e produtos finais, bem como o custo dos produtos vendidos só conterão os custos variáveis. Observa-se, entretanto, que algumas despesas apresentam comportamento conforme o volume vendido, semelhante às características do custo variável. Ressalte-se que as despesas referem-se aos gastos relacionados à administração da empresa, mas não se relacionam ao processo produtivo. O exemplo clássico de despesa variável é a comissão de vendas. Gerencialmente, podemos utilizar o conceito de gastos variáveis em vez de apenas custos variáveis. Esse novo conceito permite considerarmos os custos de produção e despesas que variam na mesma proporção do volume de produção e vendas. Se separarmos os gastos variáveis, os demais gastos serão fixos, ou seja, não se alteram com o aumento do volume de produção e vendas. Utilizando esse conceito mais amplo, somamos aos custos fixos as despesas administrativas, financeiras, tributárias, etc. |
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Tela 3 |
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Resumindo, o custeio direto fundamenta-se na separação dos gastos, em gastos variáveis e gastos fixos.
Vejamos o esquema do custeio Direto ou Variável:
Observe que apenas os custos variáveis compõem o estoque de Produtos Acabados e são transferidos para o resultado. Os custos fixos são transferidos diretamente para o resultado do exercício, independente de produção ou venda. O Custeio Variável possibilita a introdução de um novo conceito: Margem de Contribuição. Este termo será definido e explorado no próximo módulo. |
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Tela 4 |
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Os defensores do custeio variável valem-se dos seguintes argumentos:
O
custeio direto pode ser utilizado internamente a níveis gerenciais,
já que não é aceito pelo fisco.
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Tela 5 |
| 2 - Custos e Despesas Variáveis São os que variam diretamente com o volume de produção. Exemplo: mão de obra direta; matéria-prima. Têm como características: |
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Tela 6 |
| 3 - Custos e Despesas Fixas São
os que não variam diretamente com o volume de produção.
Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários
de diretores.
Têm como características:
Observe que o comportamento dos custos fixos e variáveis devem ser analisados dentro de certa "faixa de produção", já que podem ser alterados a partir de certo volume de produção ou quando a empresa se aproxima de sua capacidade máxima de produção.
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Tela 7 |
| 4 - Críticas e Pontos Positivos do Custeio Direto (variável)
Por outro lado, podemos enumerar os seguintes pontos positivos em relação ao custeio direto:
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Tela 8 |
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5 - Aplicação do custo por absorção e custeio variável Vejamos um exemplo de aplicação do custeio por absorção em quatro períodos consecutivos, visando analisar as variações nas quantidades produzidas e vendidas com o respectivo lucro obtido. Em seguida, o mesmo exemplo será apresentado com a utilização do método de custeio variável:
E que tenha os seguintes custos de produção:
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Tela 9 |
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Considerando que a empresa utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques e calcular o custo dos produtos vendidos, o custo de produção pelo custeio por absorção e pelo custeio direto, bem como seus estoques finais em cada período seriam: Para fins de comparação vamos utilizar aqui o custeio por absorção |
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Tela 10 |
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Supondo que o preço de venda unitário foi de $ 120,00, como ficariam as demonstrações de resultados dos períodos considerados:
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Tela 11 |
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Tela 12 |
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Como seriam os resultados dos quatro períodos apurados pelo custeio direto (ou variável)? Vale
lembrar que no custeio direto, apenas os custos variáveis formam
o custo dos produtos, sendo os custos fixos lançados integralmente
na Demonstração de Resultado. No custeio por absorção,
o estoque permanece com a parcela dos custos fixos correspondentes às
unidades não vendidas, sendo levada à Demonstração
de Resultado apenas a parcela dos custos fixos relativa aos produtos vendidos.
Em consequência, o lucro contábil será sempre menor
quando adotado o custeio direto ou variável.
Temos, em seguida, a Demonstração dos Resultados dos quatro períodos:
Utilizando o custeio variável, pode-se perceber que, aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro, que é o caso do 2º período, e que, reduzindo-se as vendas, reduz-se o lucro, que é o caso do 3º período. Vejamos, a seguir, o comportamento do lucro pelo custeamento direto e pelo custeamento por absorção.
Pode-se
perceber que o aumento de vendas causa o aumento do lucro, o que não
acontece no custeio por absorção. Por
isso, o custeio variável tem um melhor potencial gerencial: permite
a análise da variação do volume de produção
e vendas e os efeitos nos custos e lucros. Essa análise é
chamada de custo x volume x lucro. |
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Tela 13 |
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Resumo O custeio direto, também conhecido como custeio variável, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, estes são tratados como despesas do período. Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos. Os custos e despesas variáveis são os que variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: mão de obra direta, matéria-prima. Os custos e despesas fixas são os que não variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários de diretores. As principais críticas ao custeio direto:
Os principais pontos positivos são:
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| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 14 |
1 - Custos, Receita e Lucro A utilização do custeio variável permite aos gestores uma melhor compreensão sobre o comportamento dos custos, conforme demonstrado no módulo anterior. Além disso, facilita na elaboração de projeções envolvendo as quantidades produzidas, seus custos e resultados. A análise dessas projeções possibilita a escolha de alternativas em relação às quantidades a serem fabricadas de cada produto e é chamada de análise de custo / volume / lucro. No gráfico a seguir temos no eixo X a quantidade de bens produzidos e no eixo Y os custos referentes à produção:
Interpretando o gráfico: Custo Variável (CV): é o resultado do custo variável unitário multiplicado pela quantidade produzida (CV = CVu x Q). Ex.: se a empresa tem um custo variável de R$ 1,00 para produzir um tubo de cola (matéria-prima, mão de obra direta), este será o custo unitário do produto (CVu). Considerando a produção de 200 tubos de cola, o custo variável (CV) pode ser calculado como CV= 200 x R$ 1,00 = R$ 200,00. Custo Fixo (CF): é constante, não varia com a alteração no volume de produção. Refere-se ao aluguel da fábrica, depreciação dos equipamentos e salários dos supervisores e gerentes de produção. Custo Total
(CT): é a soma do custo fixo total mais o custo variável:
CT = CF + CV. O cálculo do custo total pode também ser expresso
da seguinte forma: CT = CF + CVu x Q, onde: A ilustração a seguir apresenta as funções receita e custo. Assim, ambas são representadas com retas, sendo que a de receita se inicia na origem. A de custo inicia-se já em certa altura, independentemente do nível de atividade, devido ao custo fixo. O ponto de encontro entre as duas curvas representa o "ponto de equilíbrio", a partir do qual a empresa aufere lucro e abaixo do qual incorre em prejuízos. Funções Receita e Custos
Como se vê, as premissas são bastante simplistas. Não somente trata-se de retas, mas elas, visualmente, continuariam indefinidamente em seus caminhos, ampliando cada vez mais o lucro, a partir do ponto de equilíbrio. |
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Tela 15 |
| Em complemento
ao gráfico analisado devemos incluir a receita da empresa, que
pode ser representada pela função: RT = P x Q, onde: Esta simplificação
desconsidera, por exemplo, que os custos fixos permanecem inalterados
apenas até o limite da capacidade produtiva. Por isso, seria inaceitável
uma projeção infinita de uma reta para representar os custos
da empresa. O Administrador pode admitir estas simplificações
em projeções em que não se esperam variações
significativas no volume, de modo a afetar o comportamento dessas variáveis.
Quando as projeções envolverem variações muito
significativas, é recomendável utilizar técnicas
mais complexas para projeções da receita e dos custos. |
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Tela 16 |
| 2 - Margem de contribuição A utilização do custeio variável permite o surgimento do conceito de Margem de Contribuição, já mencionada. Padoveze (2000) é direto ao definir Margem de Contribuição: "Representa o lucro variável". É a diferença entre a receita de vendas do produto e os custos e despesas variáveis. Em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor que, multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa. Para Crepaldi (1998), conhecer a margem de contribuição ajuda os gerentes a:
A margem de contribuição é a diferença entre a receita de vendas e a soma dos custos e despesas variáveis. Fórmula da margem de contribuição:
Onde, É mais fácil entender a margem de contribuição a partir do conceito de margem de contribuição unitária: significa o lucro por unidade de determinado produto vendido. Podemos representá-la por meio da seguinte fórmula:
Onde, |
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Tela 17 |
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Imaginemos um produto cujo preço de venda unitário seja $ 15,00 e cujos custos variáveis sejam $ 3,00 (matéria-prima) e $ 4,00 (mão de obra direta). Além disso, a empresa paga comissões aos vendedores (5%) sobre o preço de venda, e impostos (15%), também sobre o preço de venda. A aplicação da fórmula indica uma margem de contribuição unitária de $ 5,00.
A margem de contribuição unitária é, portanto, a parcela do preço de vendas que após a dedução dos custos e despesas variáveis, ainda servirá para absorver os custos fixos e contribuir para o lucro da empresa. Uma empresa com essa margem calculada, $5,00, e que venda 200 unidades no período terá uma margem de contribuição total desse produto de $ 1.000,00, (200 x $5,00), que servirá à absorção dos custos fixos e à formação do lucro do período. |
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Tela 18 |
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3 - Ponto de equilíbrio É o ponto onde a empresa "zera" todos os custos de sua produção, determina a quantidade que deve ser vendida para cobrir os custos, ou seja, os custos totais são iguais às receitas totais. Na verdade a expressão ponto de equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, onde os custos totais são iguais às receitas totais. Vamos procurar entender o cálculo do ponto de equilíbrio por meio de um exemplo: A Indústria Katsumi Yamashita produz aparelhos telefônicos e possui custos fixos mensais de R$102.600,00. O custo variável unitário do aparelho é de R$ 12,00 e o seu preço de venda é R$50,00. Considerando que o ponto de equilíbrio é alcançado quando a receita de vendas se iguala aos custos totais, teremos: No ponto de equilíbrio RT = CT Sabemos que RT = Pu x Q e que CT = CF + CVu x Q Então, no ponto de equilíbrio Pu x Q = CF + CVu x Q Substituindo pelos valores do exemplo, teremos: 50 Q = 102.600 + 12
Q Temos então
um ponto de equilíbrio equivalente a 2.700 unidades. Isso significa
dizer que a empresa cobrirá todos os seus custos quando atingir
esta quantidade vendida. A partir daí, terá lucro. |
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Tela 19 |
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A fórmula do ponto de equilíbrio pode também ser deduzida algebricamente. Vejamos: No ponto de equilíbrio RT = CT Sabemos que RT = Pu x Q e que CT = CF + CVu x Q Então, no ponto de equilíbrio Pu x Q = CF + CVu x Q Assim, Pu x Q – Cvu x Q = CF Então Q (Pu – Cvu) = CF Com isso, a fórmula do ponto de equilíbrio em quantidade será: Q = CF / (Pu – CVu) Geralmente, essa formula
é apresentada da seguinte forma: PECq = CF / (Pu –
CVu) Utilizando o conceito mais amplo de custo variável, ou seja, incluindo as despesas variáveis, podemos substituir a fórmula apresentada por PECq = CF / MCu A substituição de “Pu – CVu” por “MCu” pode ser realizada porque a margem de contribuição unitária consiste na margem obtida quando deduzimos do preço os custos e despesas variáveis. Outra maneira de entender a fórmula do ponto de equilíbrio é considerar que o aparelho produzido pela Indústria Katsumi Yamashita gera uma margem de contribuição de R$ 38,00, ou seja, R$ 50,00 – R$ 12,00. Portanto, quando a margem de contribuição total for suficiente para cobrir os custos fixos obtém-se o ponto de equilíbrio. Daí podermos dividir o custo fixo pela MCu. Para obtermos o valor do ponto de equilíbrio, ou seja, a receita ou custo total que representa o ponto de equilíbrio, basta multiplicar a quantidade pelo preço de venda. Assim, o ponto de equilíbrio em valor, ou receita no ponto de equilíbrio = 2700 x 50,00 = R$ 135.000,00.
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Se você encontrou 1.250 unidades, parabéns! Caso contrário, dê mais uma olhada no conteúdo e tente novamente. Se não conseguir solucionar o problema, coloque sua dúvida no fórum e vamos dirimi-la. Utilizando o teste de fixação, se desejarmos saber a receita no ponto de equilíbrio, podemos calcular da seguinte maneira: PEC$ = 1250 x 200,00 = R$ 250.000,00. O ponto de equilíbrio é um excelente instrumento de análise de custo/ volume/ lucro, mas deve ser bem compreendido para que seja utilizado de maneira adequada. Vejamos, portanto, algumas considerações:
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4 - Alavancagem operacional Segundo Padoveze (2000),"significa a possibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da quantidade produzida e vendida, buscando a maximização do uso dos custos e despesas fixas. É dependente da margem de contribuição". Termo alavancagem vem da possibilidade de obter lucros líquidos em proporções maiores do que o normalmente esperado, considerando a proporção dos custos fixos na estrutura de custos da empresa. Fórmula:
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O grau de alavancagem operacional é uma medida que diz como, a um dado nível de vendas, uma mudança percentual no volume de vendas afetará os lucros. Vejamos um exemplo:
Assim teremos o cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (GAO):
Considerando um aumento de 10% nas vendas de ambas as empresas, a empresa A teria um aumento nos lucros de 33,3%. Enquanto que a empresa B teria um aumento nos lucros de 50% já que tem um grau de alavancagem operacional maior. Vejamos então como ficaria o nosso exemplo:
Observe que a empresa "A" apresenta lucro com acréscimo de 33,3% e a empresa "B" apresenta lucro com acréscimo de 50% porque a receita e os custos variáveis foram alterados na mesma proporção, mas os custos fixos permaneceram os mesmos. |
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Tela 23 |
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Utilizando o Grau de Alavancagem Operacional (GAO) podemos determinar o novo lucro, assim como o percentual de acréscimo esperado no caso de um aumento nas vendas. O impacto no lucro será igual ao GAO multiplicado pelo percentual de aumento nas vendas. No caso da empresa A, por exemplo, teremos o impacto no lucro = 3,33 x 10% = 33,33%. Com isso, o novo lucro será = lucro atual x (100% + 33,33%), ou seja: R$ 240.000,00 x 1,333 = R$ 320.000,00. A empresa B terá o impacto no lucro = 5 x 10% = 50%. Com isso, o novo lucro será = lucro atual x (100% + 50%), ou seja: R$ 240.000,00 x 1,5 = R$ 360.000,00. Observe que podemos projetar o lucro com o GAO sem a necessidade de elaborar a Demonstração de Resultado Projetada.
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Tela 24 |
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5 - Margem de segurança A margem de segurança é um indicador de risco que anuncia até que ponto as vendas podem cair antes de ocorrer prejuízos.
Quanto menor o resultado dessa divisão, maior o risco de se atingir o ponto de equilíbrio. E, abaixo do ponto de equilíbrio, a empresa opera com prejuízo. Exemplo Se as vendas estão orçadas em $ 60.000 e o equilíbrio das vendas (receita no ponto de equilíbrio) está em $ 52.000, qual é a margem de segurança?
A margem de segurança pode também ser calculada tomando como base a quantidade vendida. Se considerarmos que a empresa do exemplo apresentado vende o seu produto a R$ 500,00, equivale dizer que tem uma projeção de vendas de 120 unidades. Nesse caso, o ponto de equilíbrio em quantidade seria de 104 unidades. Com isso, a sua margem de segurança seria de: MS = (120 – 104) / 120 = 0,1333 = 13,33%
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Tela 25 |
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Resumo A análise das relações custo/volume/lucro é utilizada para projetar o lucro que seria obtido em diversos níveis possíveis de produção e vendas e o impacto sobre o lucro refletido por modificações no preço de vendas. Para entender essa análise é preciso a compreensão dos conceitos de Custos e Despesas Variáveis: os que variam na mesma proporção das variações ocorridas no volume de produção ou outra medida de atividade; e, Custos e Despesas Fixas: teoricamente definidos como os que se mantêm inalterados, dentro de certos limites, independentemente das variações da atividade ou das vendas. A margem de contribuição unitária significa o lucro por unidade de determinado produto vendido, que multiplicado pela quantidade vendida representa o lucro variável ou margem de contribuição total da empresa. Já o ponto de equilíbrio, é o ponto onde a empresa "zera" todos os custos de sua produção. Determina a quantidade que deve ser vendida para cobrir os custos. A alavancagem operacional significa a possibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da quantidade produzida e vendida. O equilíbrio nas vendas é o processo buscado com o cálculo das vendas necessárias para cobrir os custos. O ponto de equilíbrio das vendas é necessário para o planejamento do lucro e permite manter ou melhorar os resultados operacionais. A margem de segurança é um indicador de risco que indica até que ponto as vendas podem cair antes de ocorrer prejuízos. |
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| Unidade 3 | Módulo 3 | Tela 26 |
| 1 - Conceitos de formação de preço de vendas A
determinação dos preços de venda dos produtos e serviços
é tarefa extremamente importante na empresa moderna, constituindo-se
uma das peças fundamentais do planejamento empresarial. A fixação
de preços deve refletir os objetivos e estratégias estabelecidas
pela alta administração da empresa.
As diversas
variáveis que interagem na determinação e na análise
do preço de um produto ou serviço tornam essa tarefa complexa,
exigindo por parte da empresa a definição de uma eficiente
política de fixação de preços, que tenha por
objetivo a continuidade operacional ao longo do tempo. O grande objetivo
é o de se encontrar o preço que melhor utilize o potencial
e os recursos da empresa.
A formação de preços de venda a partir do custeio por absorção é a técnica mais utilizada. É feita adicionando-se ao custo industrial do produto, as taxas gerais de despesas (administrativas, de vendas e despesas financeiras) e a margem de lucro desejada. A formação de preço de vendas a partir do custeio direto leva em conta somente o custo variável mais as despesas variáveis do produto que possam ser identificadas. A margem aplicada deverá cobrir, além do percentual de lucro desejado, os custos e despesas fixas que não foram considerados no processo. |
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Tela 27 |
A formação
do preço de venda a partir dos custos pode ser utilizada para diversas
finalidades, tais como:
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Tela 28 |
No caso de formação de preços de venda com informações do mercado, quem define preços é o mercado. Se essa assertiva for considerada indiscutível, todo o trabalho de controle de custos é dispensável. É necessário que a empresa saiba o preço dos concorrentes e a partir daí definir o seu preço de venda. A formação do preço a partir dos custos seria somente teoria. No mercado existem muitas outras variáveis não consideradas na teoria da lei da oferta e da procura. O antigo consumidor, hoje cliente pode resolver comprar um produto simplesmente para atender um impulso ou desejo pessoal, ficando totalmente indiferente a dados de mercado, como oferta, procura, preço do outro vendedor, etc. O empresário não deve utilizar “cegamente” os preços praticados pela concorrência para determinar o preço dos seus produtos, pois os seus concorrentes podem estar utilizando estratégias de preços que não se aplicam à sua realidade. Vejamos alguns exemplos de estratégias: penetração no mercado, aumento de participação, recuperação de caixa, atração de clientes, entre outros.
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Tela 29 |
| As informações
do mercado não podem ser negligenciadas, todavia, não podem
ser o único elemento definidor de preço. O trabalho de marketing
pode criar infinitas formas de tornar o produto mais atrativo, ainda que
isso não passe de opiniões. O plus
do produto pode fazer a diferença.
Seria então, um caminho inverso, a partir do preço que o mercado está disposto a pagar, a empresa deduz a margem almejada, bem como outros custos intrínsecos do processo. O custo meta, a ser alcançado seria o custo-padrão ideal do processo, que a empresa buscaria. A partir do exemplo cabe à empresa avaliar se tem condições de produzir determinado produto com as informações do mercado. |
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Tela 30 |
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2 - Multiplicador sobre os custos - mark-up De maneira simples,
a formulação de preços baseado nos custos é
a resultante da aplicação de um índice (divisor ou
multiplicador) sobre os custos e despesas, conhecido como mark-up, ou
"ponto de marcação". Uma grande vantagem da sua
aplicação consiste na facilidade de determinar um novo preço
quando ocorre aumento dos custos, uma vez que o aumento no custo de produção
ou aquisição não altera o mark-up.
ou
Segundo o dicionário Accounting - the language of business, de Sidney Davidson et al., o mark-up é "um valor originalmente adicionado ao custo. Usualmente expresso como um percentual do preço de venda. Refere-se também a um aumento sobre um preço de varejo originalmente estabelecido." Segundo o Dicionário Técnico Contábil Português-inglês, mark-up significa "remarcação para cima". O mark-up pode então ser definido como um índice ou percentual que irá adicionar-se aos custos e despesas, o que não significa que deva ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços. O mark-up deve ser estruturado conforme a incidência de impostos, despesas operacionais e o lucro desejado na venda, observadas as circunstâncias e interesses mercadológicos e financeiros, as experiências passadas, tudo combinado de forma equilibrada para que a empresa consiga atingir seus objetivos. Mark-up não é lucro da venda. Confunde-se, na prática, mark-up com lucro da venda, o que é danoso à imagem das empresas, além de incorreto. Se uma empresa utiliza o custo multiplicado por um mark-up de 2, por vezes entendido como lucrar 100%, isto não é verdadeiro, pois existem impostos e despesas que precisam ser pagos com o produto da venda, não restando um lucro de 100% sobre os custos. O preço deve ser suficiente para cobrir os custos, as despesas, os impostos e propiciar um lucro na venda; assim, considerando-se esses elementos, desenvolve-se a estrutura do mark-up. O mark-up pode ser determinado a partir do custeio por absorção ou do custeio variável. Considerando que o custeio por absorção é a metodologia mais utilizada, o cálculo do mark-up será apresentado a partir desta metodologia. A partir do custo do produto, apurado pelo custeio por absorção, aplica-se um índice para cobrir os outros formadores do preço, inclusive a margem de lucro desejada. O mark-up é composto dos seguintes elementos:
O ICMS, como já visto, é computado no mark-up, mas o IPI não deve ser incluído. A explicação para isso é tributária: o ICMS é um imposto incluído no preço de venda na nota fiscal, enquanto o IPI é adicionado separadamente quando se trata de venda da indústria para o comércio. Em outras palavras, o IPI deve ser adicionado ao valor da venda, quando for o caso, enquanto o ICMS já está embutido no preço de venda. |
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Tela 31 |
| O Mark-up
genérico é a aplicação de um índice
sobre o custo por absorção, que serve para todos os produtos.
Ou seja, os elementos constantes do mark-up construído, serão
aplicados a todos os produtos.
O mark-up por produto é um multiplicador para cada produto ou grupo de produtos, com base nos diferentes elementos formadores de preço. Os índices multiplicadores para cada produto ou grupo de produtos, variam de acordo com a margem de lucro desejada, com os impostos incidentes e com o volume de despesas administrativas, comerciais, financeiras e de vendas. Independente de utilizar o mark-up por produto ou genérico, é importante a integração do sistema de informação da empresa, de maneira a permitir informações consistentes para a determinação dos preços. |
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Tela 32 |
| 3 - Buscando
a margem de lucro
A margem de lucro perseguida varia bastante de empresa para empresa. Segundo Padoveze (2000) esses são alguns dos fatores responsáveis por essa variação:
Na prática não pode ser desconsiderada a rentabilidade do capital próprio, já subtraídos os impostos sobre o lucro líquido. Nosso exemplo de construção do mark-up será baseado nas seguintes premissas:
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Tela 33 |
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| Para calcular
a Margem de lucro desejada, assim como determinar outras
informações necessárias para o cálculo do
mark-up, vamos utilizar uma Demonstração de Resultado do
Exercício:
Considerando que o imposto de renda não tem, necessariamente, uma relação com o lucro contábil, a margem de lucro deve ser determinada em relação ao lucro antes do imposto de renda. Portanto, a margem
de lucro obtida pela empresa foi de 14,85%. |
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Tela 34 |
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Utilizando a Demonstração de Resultado do Exercício, podemos determinar os percentuais de impostos e despesas, a serem utilizados no cálculo do mark-up. Vejamos:
O Mark-up multiplicador poderá ser então calculado: Então
teremos: O Mark-up divisor pode ser calculado utilizando-se a fórmula:
Então teremos: |
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Tela 35 |
| Se a empresa
desejar manter a sua margem de lucro obtida com base na DRE, poderá
utilizar o mark-up no cálculo dos preços dos seus produtos,
multiplicando o índice calculado pelo custo do produto.
Como exemplo ilustrativo, vamos admitir que a empresa produza refrigeradores a um custo de R$ 500,00. Seu preço de venda então seria:
Utilizando o Mark-up divisor, temos:
Obs.: Devemos então chegar ao mesmo preço. A diferença ocorrida deveu-se a arredondamento. O mais importante nesse cálculo é que a margem de lucro projetada representa o valor real a ser auferido, já descontados os impostos sobre as vendas, custos e despesas. Vejamos:
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Tela 36 |
| No quadro a seguir podemos vislumbrar a aplicação dos índices para formação do preço de venda de diferentes produtos utilizando o mark-up:
A comprovação
dos mark-ups pode ser feita com a aplicação dos índices
calculados, partindo-se do preço de venda.
Há que se ter em mente que as empresas podem calcular seus preços a partir dos mark-ups, todavia, a definição de preços deve considerar outras variáveis, como o preço de mercado, por exemplo. Contudo, isso não invalida os cálculos feitos, pois, no mínimo, são necessários como informação para decisão empresarial. |
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Tela 37 |
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Resumo A formação do preço de venda a partir do custo não é calcada na premissa de que o mercado está disposto a absorver os preços de venda determinados pela empresa. A formação de preços de venda a partir do custeio por absorção é a técnica largamente utilizada. O preço é determinado adicionando-se ao custo industrial do produto, as taxas de despesas administrativas, financeiras e com a comercialização do produto, assim como a margem de lucro desejada. A formação de preço de vendas a partir do custeio direto, leva em conta somente o custo variável mais as despesas variáveis do produto que possam ser identificadas. A margem aplicada deverá cobrir, além do percentual de lucro desejado, os custos e despesas fixas, que não foram considerados no processo. A partir do custo apurado de cada produto, pelo custeio por absorção, aplica-se um índice para cobrir os outros elementos formadores do preço (mark-up). O mark-up é genérico quando o índice é aplicado indistintamente sobre o custo por absorção de todos os produtos. Normalmente é usado quando os impostos, taxas de despesas e margens de lucro são iguais para todos os produtos. O mark-up por produto é utilizado quando construímos um multiplicador para cada produto ou grupo de produtos. Com a interação do Sistema de informação contábil e mark-up, busca-se a integração do sistema global da empresa para que, qualquer que seja o mark-up utilizado, específico ou genérico, a empresa tenha condições de levantar informações nos diversos setores de forma a dar base e consistência aos cálculos de preços. Por fim, a formação de preços de venda não pode negligenciar as informações do mercado. |
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| Unidade 3 | Módulo 4 | Tela 38 |
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1 - Importância do Fluxo de Caixa A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para a sua captação tem exigido, de forma crescente, o planejamento e controle mais eficiente das necessidades empresariais. Por outro lado, a abertura de mercado e a internacionalização de capitais se apresentam como razões suficientes para que os investidores e financiadores de capitais busquem a cada dia mecanismos que permitam uma análise mais segura da situação financeira da empresa em que pretendam investir. As informações obtidas por meio das demonstrações contábeis clássicas não são suficientes para que os analistas de mercado avaliem os riscos e a capacidade de retorno do investimento que a empresa oferece. Diante dessas necessidades, a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória para as grandes empresas. O Fluxo de caixa é uma excelente ferramenta de planejamento financeiro, pois permite visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o grau de endividamento e o montante de dinheiro que é necessário manter em caixa, visando a otimização dos resultados da empresa. A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), exigida por lei, indica a origem de todo recurso (dinheiro) que entrou no caixa da empresa, bem como o destino de todo o recurso que saiu do Caixa em determinado período, informando, ainda, o resultado desse fluxo, que pode ter sido favorável ou desfavorável para a empresa. O termo "fluxo de caixa" designa a entrada ou saída de dinheiro, independentemente da conta utilizada nos lançamentos contábeis (Caixa ou Banco). Ou seja, se o dinheiro foi registrado na conta banco por ocasião do recebimento, não significa que não faz parte do fluxo de caixa. Dessa forma, o fluxo dos recursos passa, necessariamente, pela conta Caixa e pela conta Bancos.
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Tela 39 |
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2 - Demonstração de Fluxo de Caixa A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) pode ser apresentada pelo método direto ou método indireto. No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação diretamente ocorrida nas disponibilidades. Nesse método, são apresentados todos os itens que tenham provocado entrada ou saída de disponibilidade, ou seja, recebimentos ou pagamentos. No método indireto, a DFC é elaborada a partir do resultado, ou seja, do lucro ou prejuízo líquido do exercício, de forma semelhante à DOAR. Considerando que o objetivo é apresentar o fluxo financeiro, são eliminadas do resultado, por adição ou exclusão, as receitas e despesas que não afetaram as disponibilidades ou representam atividades de financiamento ou investimento. Em ambos os métodos, o fluxo deve ser segmentado em três atividades:
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Tela 40 |
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Vejamos a representação gráfica dos dois métodos:
Vale
destacar que a DFC elaborada como parte das demonstrações
contábeis refere-se às operações realizadas
no período contábil ao qual se referem os demais demonstrativos.
Entretanto, o fluxo
de caixa pode ser projetado para um período para, em seguida, ser
comparado com o fluxo real. Essa comparação demonstra as
variações, que servem de subsídios para o futuro
da empresa. |
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Tela 41 |
| 3 - Fluxo de Caixa Projetado O fluxo de caixa pode evidenciar tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos. Trata-se, portanto, de uma ferramenta de aferição e interpretação das variações dos saldos do Disponível da empresa. É o produto final da integração das Contas a Receber com as Contas a Pagar, de tal forma que, quando se comparam as contas recebidas com as contas pagas tem-se o fluxo de caixa realizado, e quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. O objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período, podendo ser projetado em curto ou em longo prazo. Em curto prazo busca-se identificar os excessos de caixa ou a escassez de recursos dentro do período projetado, para que através dessas informações se possa traçar uma adequada política financeira. Em longo prazo, o fluxo de caixa projetado, além de identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras informações importantes, tais como:
É bom lembrar que as informações de que a empresa dispõe para elaborar o fluxo de caixa projetado em curto prazo diferem daquelas que estão disponíveis quando se projeta em longo prazo. Normalmente, quando se projeta em curto prazo, as principais operações que vão provocar entradas e saídas de dinheiro já foram realizadas e a empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos dentro do período. No entanto, quando se projeta em longo prazo, o que se conhece são apenas projeção das operações de ingressos e/ou desembolsos de recursos financeiros, ficando o fluxo de caixa projetado em longo prazo exposto a eventos não previstos, podendo comprometer as previsões consideradas. |
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Tela 42 |
| 4 - Transações que afetam o Caixa São as transações realizadas pelas empresas, que geram entradas ou saídas de dinheiro e, por isso, afetam o caixa ou as disponibilidades da empresa. Transações que aumentam o Caixa
A ilustração, a seguir, apresenta um resumo das entradas de dinheiro no Caixa.
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Tela 43 |
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Transações que diminuem o Caixa
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Tela 44 |
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Vejamos, a seguir, um esquema representativo do fluxo financeiro da empresa:
Há alguns tipos de transações que não afetam o caixa em um primeiro momento, mas que, no futuro, geram saídas ou entradas de dinheiro. Vejamos alguns exemplos dessas transações: |
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Tela 45 |
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Vejamos a seguir, um exemplo simplificado de um fluxo de caixa projetado: A Comercial Carvalho é uma loja de conveniências e elabora orçamentos trimestrais para acompanhamento de suas atividades e para decisões sobre a política de preços e prazos. Para o terceiro trimestre de 2010 temos as seguintes projeções:
Informações
complementares:
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Tela 46 |
| Considerando as informações da empresa Comercial Carvalho e o esquema indicado, podemos elaborar o fluxo de caixa. Vejamos:
Algumas observações sobre o fluxo de caixa:
Vale destacar que o fluxo de caixa projetado pode ser elaborado na periodicidade desejada pela empresa: mensal, quinzenal, semanal ou diário. É comum a elaboração de um fluxo de caixa mensal em um prazo maior e um fluxo semanal ou diário em um prazo menor. A elaboração do fluxo de caixa semanal ou diário permite visualizar eventual descasamento das entradas e saídas durante o mês, permitindo ajustes de curto prazo. A empresa pode ter um elevado valor a receber no dia 25 de julho, mas um pagamento previsto para o dia 20 de julho. O fluxo diário permitirá a correção antecipada e evitará atrasos de pagamentos. |
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Tela 47 |
| Resumo A demonstração do fluxo de caixa deve ser elaborada pelas grandes empresas para atender a legislação societária, mas sua obrigatoriedade surgiu por ser uma excelente ferramenta de planejamento financeiro. Ela permite visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o endividamento e o montante de dinheiro necessário para manter as atividades financeiras em nível de excelência. A demonstração do fluxo de Caixa indica a origem de todo recurso (dinheiro) que entrou no caixa da empresa, bem como o destino de todo o recurso que saiu do Caixa em determinado período, informando, ainda, o resultado desse fluxo, que pode ter sido favorável ou desfavorável para a empresa. A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) pode ser apresentada pelo método direto ou método indireto. No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação ocorrida nas disponibilidades, ou seja, recebimentos ou pagamentos. No método indireto, a DFC é elaborada a partir do lucro ou prejuízo líquido do exercício, com eliminações, por adição ou exclusão, das receitas e despesas que não afetaram as disponibilidades ou representam atividades de financiamento ou investimento. As
transações que afetam o caixa são as transações
que as empresas executam/operam que geram entradas ou saídas de
dinheiro e, por isso, afetam o caixa ou as disponibilidades da empresa.
O relatório de fluxo de caixa deve ser elaborado, inclusive em nível internacional, segmentado em três grandes áreas: a) atividades operacionais; b) atividades de investimentos; c) atividades de financiamento. O fluxo de caixa pode evidenciar tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos. Quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. Em um sentido mais amplo, o fluxo de caixa projetado permite traçar uma adequada política financeira para a empresa. |
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