| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
1 - Gerenciando o Escopo de Projeto O escopo pode ser entendido como o modo que utilizamos para descrever os limites do projeto. Podemos considerá-lo como um dos elementos mais importantes no processo de gerenciamento de projetos, uma vez que define o resultado final ou produto do projeto: aquilo que o produto será e, principalmente, aquilo que não será. Em projetos maiores, pode-se incluir também as organizações, as transações afetadas, os tipos de dados incluídos etc.
|
|
|
Tela 2 |
Podemos, ainda, considerar que o escopo de um projeto é um conjunto de processos exigidos para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho requerido (e somente o trabalho requerido) para completá-lo de forma bem sucedida. O escopo pode ser dividido em:
|
|
|
Tela 3 |
Por mais que um gerente de projeto tenha desenvolvido um bom trabalho na definição do escopo, o desafio mais difícil será o de gerenciar o projeto dentro dos parâmetros de escopo acordados. A Gerência de Escopo do Projeto abrange os processos de gerenciamento requeridos para que tenhamos a certeza de que a equipe do projeto realizará todo (e somente) o trabalho necessário para que o projeto seja bem-sucedido.
|
|
|
Tela 4 |
Processos de Gerenciamento do Escopo de Projetos Além da aprovação do escopo (na fase de iniciação do projeto) os principais processos da gerência do escopo do projeto propostos pelo PMBoK são: Planejamento do escopo - consiste na criação de um plano de gerenciamento do escopo do projeto que documenta como o escopo do projeto será definido, verificado e controlado e como a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) será criada e definida. Definição do escopo - desenvolvimento de uma declaração do escopo (também chamada scope statement) detalhada do projeto como a base para futuras decisões do projeto. A criação de Estrutura Analítica de Projetos (EAP) a EAP representa a subdivisão das principais entregas (deliverables) do projeto e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. Também encontramos o termo EAP em seu formato original, em inglês, Workbreakdown Structure (WBS). Verificação do escopo - formalização da aceitação das entregas do projeto terminadas. Controle do escopo - controle das mudanças no escopo do projeto. |
|
|
Tela 5 |
Na figura a seguir veremos a representação do processo de gerenciamento do escopo:
Esses processos interagem entre si e também com processos de outras áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver o esforço de uma ou mais pessoas ou de grupos de pessoas, com base nas necessidades do projeto. O gerenciamento do escopo do projeto precisa estar bem integrado aos outros processos da área de conhecimento, de forma que o resultado do trabalho do projeto seja a entrega do escopo do produto especificado. |
|
|
Tela 6 |
|
O Planejamento do Escopo O sucesso total de um projeto está diretamente ligado ao seu planejamento e o planejamento do escopo do projeto é parte essencial desse processo. Cada projeto exige um balanceamento cuidadoso de ferramentas, fontes de dados, metodologias, processos e procedimentos e de outros fatores, para garantir que o esforço gasto nas atividades de determinação do escopo esteja de acordo com o tamanho, complexidade e importância do projeto. Como exemplo, poderíamos citar que um projeto complexo poderia merecer atividades de determinação do escopo formais, detalhadas e que consomem muito tempo, enquanto que um projeto menos complexo exigiria bem menos documentação e verificação. A equipe responsável pelo gerenciamento de projetos documenta essas decisões de gerenciamento do escopo num documento chamado Plano de Gerenciamento do Escopo do projeto. |
|
Tela 7 |
Tanto o desenvolvimento do plano de gerenciamento do escopo do projeto quanto o detalhamento desse escopo podem ser iniciados a partir: da análise das informações contidas na Declaração do Projeto,
|
|
|
Tela 8 |
A Definição do Escopo A definição do escopo é a primeira e uma das principais preocupações de qualquer equipe de projeto durante a etapa inicial de qualquer nova ação inovadora. É com a definição e o planejamento do escopo que os envolvidos, interessados e afetados (stakeholders) de um projeto tomam conhecimento sobre o que será feito e o que não será feito no projeto. Com a correta definição e planejamento do escopo é possível a equipe do projeto desenvolver corretamente o conjunto de macroprocessos de planejamento, execução, controle e encerramento de uma nova iniciativa organizacional. Neste processo temos a declaração do escopo. |
|
|
Tela 9 |
A Estrutura Analítica do Projeto (EAP) A EAP (ou WBS) é a organização do trabalho a ser executado em partes menores para a obtenção dos produtos/componentes. Deste modo, facilita-se o gerenciamento do projeto. É apresentada em forma de diagrama e dá uma visão geral do projeto. A EAP está estreitamente ligada à natureza do produto /componente ou à etapa do projeto e deve ser realizada pela equipe de profissionais responsáveis, bem como por outros atores considerados importantes. Ela também pode ser representada de forma hierárquica para divisão do projeto em atividades mensuráveis e controláveis. A EAP é o coração de todo o esforço de planejamento do projeto. Deve-se ter a noção de que se algum trabalho não estiver na EAP, estará excluído do escopo do projeto. |
|
|
Tela 10 |
Várias podem ser as maneiras de elaboração da EAP. As formas mais usuais para se desmembrar o projeto em partes menores são em:
|
|
|
Tela 11 |
Podem-se destacar como principais características da EAP os seguintes pontos:
|
|
|
Tela 12 |
Pacotes de Trabalho Os pacotes de trabalho são conjuntos de tarefas ou ações que estruturam o projeto de forma a alcançar um determinado produto ou subproduto. Algumas vezes podem ser encontrados integrando a EAP, em outros casos como uma planilha compondo a estrutura do projeto. Com relação ao seu emprego pode-se destacar:
É recomendável que o pacote de trabalho seja composto de tarefas que não durem mais do que oitenta horas e seja realizado num período de dure entre duas e quatro semanas. |
|
|
Tela 13 |
|
Decomposição da EAP A decomposição é a subdivisão das entregas do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis, até que o trabalho e as entregas estejam definidos ao nível de pacote de trabalho. O nível de detalhe dos pacotes de trabalho irá variar de acordo com o tamanho e complexidade do projeto. A decomposição de uma entrega ou subprojeto que será realizado em um futuro distante talvez não seja possível. A equipe de gerenciamento de projetos normalmente espera até que a entrega ou o subprojeto estejam esclarecidos para poder desenvolver os detalhes da EAP. |
|
Tela 14 |
|
A decomposição do trabalho total do projeto normalmente envolve as seguintes atividades:
|
|
|
Tela 15 |
É preciso analisar a declaração do escopo detalhada do projeto para identificar as principais entregas do projeto e o trabalho necessário para produzir essas entregas. Essa análise exige um nível de opinião especializada para identificar todo o trabalho, inclusive as entregas do gerenciamento de projetos e as entregas exigidas por contrato.
|
|
|
Tela 16 |
Verificação do Escopo
Este processo deve ocorrer ao final de cada fase e do ciclo de vida do projeto a fim de revisar os deliverables (resultados principais) entregues e os resultados do trabalho, garantindo que o trabalho que deveria ser realizado foi realmente realizado. A verificação é feita por meio de inspeções ou auditorias que verificam os resultados do trabalho e vão assegurar que eles foram completados, realizados correta e satisfatoriamente e estão conforme os requisitos definidos. |
|||
|
|
Tela 17 |
|
Controle de Alterações do Escopo O gerenciamento de alterações do escopo envolve processos, procedimentos e padrões que são usados para gerenciar as alterações do escopo, que foram consubstanciados no Plano de Gerenciamento do Escopo. Sem gerenciamento de alteração formal é impossível garantir que as alterações propostas de escopo tenham suporte nas metas fundamentais de negócio. O processo de gerenciamento de alterações do escopo consiste em um conjunto de procedimentos para documentação, relato, análise, custeamento, aprovação e implementação das alterações no projeto. |
|
Tela 18 |
Resumo O escopo de um projeto pode ser considerado como um conjunto de processos exigidos para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho requerido e somente o trabalho requerido para completá-lo de forma bem sucedida. Os principais processos da gerência do escopo do projeto propostos pelo PMBoK são o planejamento do escopo, a definição do escopo, a criação de Estrutura Analítica de Projeto (EAP), a verificação do escopo e o controle do escopo. A EAP (ou WBS) é a organização do trabalho a ser executado em partes menores para a obtenção dos produtos/componentes, de modo a facilitar o gerenciamento do projeto. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 19 |
| Gerenciamento
do Tempo
Segundo o PMBoK, os processos de gerenciamento descrevem os processos necessários para assegurar que o projeto termine dentro do prazo previsto. Estes processos incluem:
Os processos de planejamento e controle de tempo, aliados ao custo e escopo do projeto formam a base de um projeto bem sucedido. |
|
|
Tela 20 |
| Processos
de Tempo
Estes processos estão distribuídos conforme a figura a seguir, nos grupos de processos:
|
|
|
Tela 21 |
|
| Para
cada um destes processos, temos como objetivo:
1. Definição de atividades – este processo do planejamento do projeto é vital para que o projeto tenha boas chances de sucesso, por isso, deve contar com o apoio do maior número de especialistas possível dentro do projeto para que todas as atividades a serem executadas sejam realmente previstas.
|
| |||||
Tela 22 |
|
| 2.
Estimativa de recursos de atividade –
uma vez que o processo anterior produziu uma extensa lista de todas as atividades
que serão necessárias ao projeto, este processo visa olhar
para cada atividade e planejar quais recursos serão necessários
para cada atividade.
• Quando esta atividade não é realizada
adequadamente, o projeto se torna um “corre-corre” onde para
cada nova tarefa que precisa ser feita, os membros da equipe vão
buscar os recursos na última hora, o que certamente passará
uma imagem muito ruim da equipe e do gerente de projeto, assim como causará
atrasos por não ter os recursos disponíveis na hora exata. |
| |||||
Tela 23 |
|
3.
Sequenciamento de Atividades – uma vez que a lista de atividades
do projeto está gerada, é necessário que se organize
a ordem em que estas tarefas irão ocorrer. Observando os recursos
que serão utilizados em cada atividade, é possível
refinar este sequenciamento, de modo que as atividades que dependem de um
mesmo recurso, seja ele humano ou material não ocorram no mesmo momento.
|
| |||||
Tela 24 |
|
4. Estimativa de duração de atividades – este processo é responsável por estimar quanto tempo será necessário para desenvolver cada tarefa determinada nos processos anteriores.
|
| |||||
Tela 25 |
| 5.
Desenvolver cronograma – após a obtenção
da lista de tarefas, com sua estimativa de duração e a sequência
em que estas devem ocorrer, é a vez de gerar o cronograma do projeto,
como última atividade do planejamento de tempo. Este processo consiste
em agregar todas as informações disponíveis até
o momento em um único documento que servirá de guia para os
recursos sobre quais tarefas devem ser executadas, quando, em que ordem
e com qual duração cada uma.
|
|
|
Tela 26 |
|
6.
Controle de cronograma – este processo, que ocorre no grupo
de processos de controle e não mais no planejamento do projeto é
responsável por:
|
| |||||
Tela 27 |
|
|
|
Tela 28 |
Tipos de dependência entre atividades Na ocasião da montagem do cronograma do projeto, é importante considerar os diversos tipos de dependências que podem existir entre as atividades/tarefas do projeto. Os tipos de dependência são:
|
|
|
Tela 29 |
|
|
|
Tela 30 |
|
Técnicas de estimativa de duração de atividades A duração de uma atividade é diretamente dependente da quantidade de recursos alocada. Quanto mais recursos, mais rápido a tarefa tende a ser executada, embora chegue um ponto onde não adianta colocar mais recursos para uma tarefa pequena, pois estes recursos ficarão subutilizados. Mas, uma
vez que se tem a previsão de quantos recursos serão utilizados
numa determinada tarefa, podemos partir para a definição
de sua duração em relação àquele número
de recursos. Exemplo. |
| |||||
Tela 31 |
Caminho Crítico O caminho crítico do projeto é formado por um conjunto de tarefas que precisam ser completadas dentro dos prazos estipulados para que o projeto como um todo não atrase. Cada tarefa dentro do caminho crítico é chamada tarefa crítica e deve ter um acompanhamento muito próximo do gerente do projeto. Este conjunto de tarefas vai do início ao fim do
projeto sem folgas. Isso significa dizer que, como num efeito dominó,
qualquer tarefa que atrasar empurrará a próxima, sucessivamente,
até que a última tarefa do projeto seja também empurrada
para frente, atrasando, assim, a entrega final do projeto. Da mesma maneira,
quando a última tarefa do caminho crítico for concluída,
o projeto está concluído. |
|
|
Tela 32 |
Com as mudanças no decorrer do projeto, o caminho crítico pode mudar também e o gerente de projeto deve estar atento a isto, observando sempre as tarefas que formam o caminho crítico e procurando garantir que estas sejam entregues dentro dos tempos acordados.
Todos os softwares de gerência de projetos modernos implementam
o cálculo automático do caminho crítico. |
|
|
Tela 33 |
|
A figura a seguir apresenta uma visão geral sobre o processo de gerenciamento de tempo proposto pelo PMI.
Gerenciamento de Custos O gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamentação e controle de custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do orçamento previsto e aprovado pelos executivos da instituição onde o projeto ocorre. Estes processos são: 1. Estimativa
de custos – baseado nas atividades que serão desenvolvidas
e nos recursos que estas atividades necessitarão, este processo
é responsável por calcular qual a estimativa de custos para
cada atividade do projeto.
|
| |||||
Tela 34 |
|
2. Orçamentação – por meio da consolidação dos custos individuais de cada tarefa e recurso do projeto, este processo auxiliará a equipe de projeto a calcular o custo total do projeto, e armazenar esta informação durante todo o ciclo de vida do projeto, servindo como uma referência para a equipe e para o gerente sobre como o projeto está evoluindo, se mais caro do que o previsto, ou se está utilizando todo o orçamento disponível, garantindo que o projeto tenha o desempenho esperado (nem mais devagar, nem mais caro do que o previsto).
|
| |||||
Tela 35 |
|
3. Controle de custos – utilizando este processo, o gerente do projeto avalia cada variação de escopo do projeto, por exemplo, em relação ao impacto de custos que esta variação trará, permitindo que se tomem medidas de modo a impedir que o projeto custe mais caro do que o acordado. Outras variações como, por exemplo, os recursos a serem utilizados também são importantes de serem considerados quanto ao impacto que representarão no custo total do projeto.
|
| |||||
Tela 36 |
O gerenciamento de custos do projeto também deve considerar o efeito das decisões do projeto sobre o custo de utilização, manutenção e suporte do produto, serviço ou resultado do projeto. Por exemplo, a limitação do número de revisões de projeto pode reduzir o custo do projeto à custa de um aumento nos custos operacionais do cliente, pois se houve menos revisões, a qualidade do produto pode ser menor, e um produto de má qualidade é mais caro de ser mantido, visto que pode ocorrer uma gama maior de defeitos e paradas. Essa visão mais ampla do gerenciamento de custos do projeto muitas vezes é chamada de estimativa de custos do ciclo de vida.
|
|
|
Tela 37 |
|
Técnicas de estimativa de custos Existem diversas técnicas para realizar uma estimativa eficiente de custos. Dependendo do seu projeto, da equipe e do cenário, você poderá optar por uma ou outra.
Estimativas Top-Down são aquelas nas quais parte-se do todo do projeto para as partes no cálculo do custo. São também chamadas de estimativa por analogia.
Sem grandes cálculos ou fórmulas complexas, esta técnica frequentemente é utilizada para calcular a estimativa de custo dos projetos devido a sua simplicidade e boa margem de acerto. O problema com este tipo de estimativa é que só
podemos utilizar quando já temos informações históricas
sobre outros projetos que já tenham sido realizados de maneira
similar. Caso não tenhamos estas informações históricas,
este tipo de estimativa passa a ser um mero “chute” sem maior
embasamento, podendo levar a problemas de custos no projeto. |
| |||||
Tela 38 |
|
Este tipo de estimativa, ao contrário da abordagem anterior, olha para cada parte, individualmente, em busca do preço para o projeto por completo. É considerada bem mais detalhista e, portanto, trabalhosa do que a abordagem anterior, uma vez que para cada pacote de trabalho definido no escopo do projeto será necessário calcular um custo unitário, e o custo total do projeto será formado pela soma destas pequenas partes. Este tipo de estimativa deve ser principalmente utilizado quando não conhecemos o tipo de produto ou tecnologia que o projeto envolve, por exemplo, ou quando nunca fizemos um projeto deste tipo antes, não tendo, portanto, informações históricas a respeito.
|
| |||||
Tela 39 |
|
Controle de Custos Os processos de controle de custos visam registrar todos os custos que estão efetivamente ocorrendo no projeto para que se possa comparar com os custos estimados, tendo, assim, um bom acompanhamento da evolução de gastos do projeto, e para que o gerente de projetos possa tomar decisões sobre gastar mais ou menos no projeto, procurando manter os custos realizados dentro dos valores planejados.
A única maneira de se obter um bom controle de custos é por meio da utilização de uma linha de base, ou seja, de um registro prévio de qual foi o custo planejado para cada produto do projeto, para que se possa fazer esta comparação a posteriori. |
|
|
Tela 40 |
| O custo real de um projeto depende das quantidades e valores dos recursos utilizados que, por sua vez, dependem da produtividade, do escopo do projeto e dos métodos que utilizamos para produzi-lo. No entanto, estas variáveis somente são totalmente conhecidas a posteriori. No momento do início do projeto, o escopo ainda está sujeito a mudanças. Nosso planejamento ainda é incerto e não se tem conhecimento preciso da produtividade. Enfim, tudo é incerto. O orçamento destinado ao projeto, porém, é definido neste momento e espera-se que o gerente de projeto cumpra este orçamento a despeito de se tratar, no fundo, de uma obra de ficção. Essa situação leva a um conflito inevitável:
de um lado, o gerente do projeto e a equipe tentarão obter um orçamento
que lhes permita entregar o projeto com alguma folga, mesmo apesar de
toda incerteza no futuro. De outro, o cliente que coloca a mão
no bolso, tenta fazer com que os custos sejam os menores possíveis.
O fato é que, se qualquer um destes lados tiver uma decisão
unilateral sobre o orçamento, os interesses da organização
certamente serão prejudicados. |
|
|
Tela 41 |
|
A figura a seguir apresenta a proposta do PMI para o Processo de Gerenciamento de Custos:
|
|
|
Tela 42 |
Desta forma, para chegarmos a um número de dias que representa a duração prevista da atividade, devemos seguir os seguintes passos:
1º. Consultar os recursos que conhecem aquele tipo de atividade e quantas horas de trabalho são necessárias para executá-la; 2º. Verificar quantos recursos estarão disponíveis para executar a tarefa e qual o número máximo de recursos podem ser adicionados com resultados positivos; 3º.
Dividir a quantidade de trabalho para cada recurso utilizado na tarefa.
A duração total será o resultado desta divisão. |
|
|
Tela 43 |
|
Resumo Segundo o PMBoK, dentre as atividades desenvolvidas no processo de gerenciamento de tempo temos a definição de atividades, a estimativa de recursos de atividade, o sequenciamento de atividades, a estimativa de duração de atividades, o desenvolvimento do cronograma e o controle de cronograma. Na montagem do cronograma do projeto devem-se considerar os diversos tipos de dependências que podem existir entre as atividades/tarefas do projeto. Os tipos de dependência são: Fim – Início, Início – Início e Fim – Fim. O caminho crítico do projeto é formado por um conjunto de tarefas que precisam ser completadas dentro dos prazos estipulados para que o projeto como um todo não atrase. O gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamentação e controle de custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do orçamento previsto e aprovado pelos executivos da instituição onde o projeto ocorre. Dentre as diversas técnicas para realizar uma estimativa eficiente de custos estão as estimativas Top-Down e estimativas Bottom-Up. O custo real de um projeto depende das quantidades e valores dos recursos utilizados que, por sua vez, dependem da produtividade, do escopo do projeto e dos métodos que utilizamos para produzi-lo. A única maneira de se obter um bom controle de custos é por meio da utilização de uma linha de base, ou seja, de um registro prévio de qual foi o custo planejado para cada produto do projeto, para que se possa fazer esta comparação a posteriori. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 3 | Tela 44 |
1 - O Gerenciamento da Qualidade
Segundo o PMBoK, os processos de gerenciamento da qualidade do projeto incluem todas as atividades da organização executora que determinam:
de modo que o projeto atenda às necessidades que motivaram sua realização. O sistema de gerenciamento da qualidade é implementado por meio da política, dos procedimentos e dos processos de:
com atividades de melhoria contínua dos processos conduzidas do início ao fim, conforme adequado. Estes processos são compatíveis com os definidos pela International Organization for Standardization (ISO), e também com os conceitos dos chamados “gurus” da qualidade: Deming, Juran, Crosby, entre outros. |
||||
|
|
Tela 45 |
|
1.1 - Processos da qualidade Os processos da qualidade estão distribuídos conforme a figura a seguir, nos grupos de processos:
Como objetivo para cada processo destes, temos:
Cada setor tem seus regulamentos que devem ser observados e seguidos. É função do gerente de projetos procurar identificar quais são estes requisitos e alertar a todos os interessados sobre quais especificações devem ser seguidas. Exemplo
|
|
Tela 46 |
• Realizar a garantia da qualidade – aplicação das atividades de qualidade planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto empregue todos os processos necessários para atender aos requisitos.
Durante o processo de garantia da qualidade é que se realiza a prevenção dos problemas que poderiam vir a ocorrer. No exemplo citado anteriormente, um engenheiro responsável pela garantia da qualidade na criação de um equipamento médico teria como função realizar auditorias tanto no material que está sendo adquirido, quanto no próprio processo de aquisição, antes de liberá-lo para o uso no projeto. |
|
|
Tela 47 |
• Realizar o controle da qualidade – monitoramento de resultados específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de acordo com os padrões relevantes de qualidade e identificação de maneiras de eliminar as causas de um desempenho insatisfatório.
O processo de controle de qualidade difere da garantia de qualidade em diversos aspectos. O primeiro deles é que a garantia de qualidade é um processo que ocorre durante a execução das tarefas, enquanto o controle de qualidade ocorre após a geração dos produtos. Outra diferença crucial é que enquanto a garantia de qualidade visa evitar que os erros ocorram, o processo de controle de qualidade visa investigar as causas dos erros que ocorreram. Estes processos ocorrem praticamente em todo projeto. Em muitos deles, não ocorrem de maneira formal e documentada, mas nem por isso, deixam de existir. |
|
|
Tela 48 |
1.2 - Definição de qualidade O conceito de qualidade explorado em projetos deve incluir principalmente:
|
|
|
Tela 49 |
Para que se atinjam estes objetivos completamente, é necessário ao gerente de projetos identificar os requisitos e especificações e documentá-los, assim como documentar o nível de satisfação do cliente em relação ao produto recebido.
O gerenciamento de qualidade não é um evento, mas sim, um processo e uma mentalidade. Um produto do projeto com qualidade elevada não pode ser produzido por um processo defeituoso. Este precisa estar em um ciclo repetitivo de medição da sua qualidade, atualização dos processos, medição, atualização dos processos, e assim por diante. (TENSTEP, 2005). |
|||
|
|
Tela 50 |
1.3 - As Características da Qualidade É difícil definir qualidade de produtos ou serviços com precisão, pois ela pode ser nebulosa e pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes. No entanto, as características da qualidade podem ser detalhadas de forma a serem mais concretas para um projeto ou produto. Existem dois tipos de qualidade para um projeto. A qualidade do produto físico produzido e a qualidade do serviço oferecido. A tabela a seguir mostra alguns dos detalhamentos de qualidade de produto e serviço.
|
||||||
|
|
Tela 51 |
1.4 - Definição de Grau Dois conceitos confundidos eventualmente são qualidade e grau. Enquanto qualidade representa adequação ao uso e aos requisitos, grau representa uma categoria do produto. Por exemplo, dizer que um carro “top de linha” tem qualidade maior do que um carro popular não procede, uma vez que ambos estão adequados ao uso a que cada um se propõe. Um conjunto maior de funcionalidades ou características não torna um produto com mais qualidade que outro. Apenas o coloca em outro grau, o que normalmente representa um outro custo, ou um outro público-alvo.
|
|
|
Tela 52 |
1.5 - Gold Plating A prática denominada Gold Plating (banhando em ouro) consiste em criar produtos ou funcionalidades extras no projeto, sem terem sido formalmente acordadas com o cliente. Esta prática deve ser observada pelo gerente do projeto e desencorajada, uma vez que muitas vezes é realizada pela equipe sem uma aprovação formal do gerente ou do próprio cliente. Uma vez que a grande maioria dos projetos sequer consegue ser entregue dentro do prazo, permitir que a equipe desvie esforços e energia em produtos ou funcionalidades que não são esperados é um risco muito grande.
Outro ponto contra a prática do Gold Plating é que isto pode passar ao cliente a ideia de que o projeto original poderia ter custado mais barato do que realmente custou, uma vez que a equipe teve recursos para fazer inclusive o que não estava contemplado no escopo. Coibir o Gold Plating não deve ser confundido com “engessar” o projeto e não permitir que mudanças benéficas ocorram. Estas devem ser encorajadas, mas sempre negociando com o cliente novos custos, recursos ou prazos. |
|
|
Tela 53 |
1.6 - ISO 9000 A quase onipresente ISO 9000 se constitui em um conjunto de normas criadas e mantidas pela International Organization for Standardization (ISO), com recomendações sobre a garantia da qualidade, que cada empresa deve adotar e adaptar, de acordo com seus processos.
Uma empresa que tem o certificado ISO 9000 atesta que definiu seus padrões de qualidade, e procura segui-los, de modo que os produtos ou serviços entregues por aquela empresa terão sempre um nível de qualidade equivalente. Além de produtos dentro de uma qualidade conhecida e esperada, o fato da empresa ostentar o certificado ISO 9000 atesta que ela possui todo um sistema de qualidade, que abrange todos os processos organizacionais. Estas empresas
são submetidas periodicamente a auditores externos que verificam
se a empresa deve continuar certificada ou perder sua certificação
de qualidade. Isto incentiva a adoção de elevados padrões
de qualidade, assim como a melhoria contínua de seus processos. |
|
|
Tela 54 |
1.7 - Ferramentas da qualidade Dentre as diversas ferramentas ou técnicas que podem ser escolhidas como apoio à qualidade, vamos citar algumas a título de exemplo.
Os diagramas de Ishikawa, também conhecidos como “Diagramas de Causa e Efeito”, ou ainda “Espinha de Peixe” relacionam os efeitos à suas causas potenciais. Cada “espinha” representam uma possível origem e seus fatores, denominada “categoria” e suas ramificações são ditas “causas primárias ou secundárias” como no diagrama a seguir.
A avaliação de cada uma destas causas pode levar à descoberta de problemas de qualidade e facilita a ação de correção ou melhoria, de uma forma estruturada. |
|
|
Tela 55 |
1.7.2 - Listas de verificação (checklists) Listas de verificação devem ser extensivamente utilizadas visando a obtenção da qualidade em projetos. Uma vez que uma das características da qualidade é o produto ou projeto estar aderente aos padrões, uma excelente ferramenta é uma lista de quais itens devem ser verificados quanto à sua aderência. Alguns exemplos de listas de verificação ou checklists são:
|
|
|
Tela 56 |
1.7.3 - Diagrama de Pareto Uma pequena quantidade de causas repetidas é a origem da maioria dos defeitos em projetos. É uma forma de descrição gráfica onde se procura identificar quais itens são responsáveis pela maior parcela dos problemas. É uma técnica gráfica simples para a classificação de itens desde os mais até os menos frequentes. Ele é baseado no Princípio de Pareto, que declara que muitas vezes apenas alguns itens são responsáveis pela maior parte dos efeitos. Consiste em um gráfico de barras verticais que permite priorizar quais problemas ou assuntos resolver. |
|
|
Tela 57 |
No exemplo a seguir, os dados utilizados foram reportados num checklist ou em uma outra fonte de coleta de dados, concentra a nossa atenção e esforços para problemas ou assuntos verdadeiramente importantes (separa o importante do trivial). Na maioria das vezes, teremos melhores resultados se atuarmos nos dados da barra mais alta do gráfico do que nos embaraçarmos nas barras menores.
|
|
|
Tela 58 |
Para montar o diagrama, basta seguir os passos:
Por último, deve-se fazer uma análise de importância de cada problema. Logicamente que, no exemplo da figura anterior, a resolução dos problemas de “linha defeituosa” e “linha aberta” traria uma melhoria mais imediata a um maior número de clientes, pois o acúmulo destes dois problemas representa 70% do total. |
|
|
Tela 59 |
1.7.4 - Melhoria contínua A ISO 9000:2000, define "melhoria contínua" como "atividade recorrente para aumentar a capacidade de atender requisitos". Além disso, declara que o processo de melhoria contínua estabelece objetivos e identifica oportunidades para melhoria o que geralmente resulta em ação corretiva ou ação preventiva. Em resumo, a melhoria contínua aumenta a capacidade da organização em atender requisitos.
Então devemos entender a melhoria contínua também como aumentar o valor, tornar mais lucrativo, excelente ou desejável os produtos e serviços da empresa. A palavra "valor" se destaca, pois combina com a estratégia que consiste em agregar valor à organização (JP Russel). |
|
|
Tela 60 |
1.8 - Custo da qualidade Quando do planejamento dos padrões e níveis de qualidade para produtos e projetos, um aspecto a ser levado em conta é o custo adicional que a qualidade ou a falta dela pode representar. Um dos princípios básicos do gerenciamento da qualidade é o de que os benefícios gerais de construir um modelo de qualidade devem compensar em muito os custos que este modelo acarreta.
|
|
|
Tela 61 |
Quando se define um modelo de qualidade, várias ações adicionais serão incluídas no projeto, entre elas:
|
|
|
Tela 62 |
|
|
|
Tela 63 |
|
|
|
Tela 64 |
Custo da Não Conformidade Embora a lista de custos que a qualidade traz possa parecer muito extensa, o valor que se perde ao fazer produtos sem qualidade é muito superior. Enquanto o dinheiro destinado à melhoria da qualidade é investimento, que pode trazer resultados benéficos inclusive em longo prazo, o dinheiro destinado a corrigir problemas por falta de qualidade é apenas desperdício.
|
|
|
Tela 65 |
Abaixo segue uma lista dos custos que a ausência de qualidade ou defeitos trazem aos projetos: • Trabalho de garantia. Inclui o trabalho que é executado gratuitamente em um produto ou aplicação em decorrência da garantia. • Consertos/manutenção. Trabalho que é feito para corrigir problemas depois que a solução está em uso. • Insatisfação do cliente. Se uma solução for de má qualidade, o cliente não ficará satisfeito e poderá não comprar de você futuramente. Se o projeto for interno, o cliente pode não querer utilizar o mesmo gerente e membros da equipe para os projetos subsequentes. • Help desk. Pode ser necessária a manutenção de um serviço de help desk, pois o cliente encontra problemas com a solução, ou tem dúvidas sobre como utilizar. • Equipe de suporte. É necessária uma equipe de suporte para manter e dar suporte à solução em razão de problemas, erros, dúvidas etc. • Baixo moral. Ninguém gosta de trabalhar para uma organização ou projeto que tem processos ruins ou produz soluções de má qualidade. Os custos aqui incluem um maior absenteísmo, maior rotatividade e menor produtividade por parte da equipe (Tenstep, 2005). |
|
|
Tela 66 |
2 - Gerenciamento de Recursos Humanos Considerada uma das áreas mais complexas do Gerenciamento de Projetos, o Gerenciamento de Recursos Humanos tem este rótulo por ser muitas vezes subjetivo e inexato. É comum ver pessoas comentando que “é muito difícil lidar com gente!”, ou ainda “prefiro meu computador”. É uma área que exige pesquisa, tato, sensibilidade, mas ao mesmo tempo, intuição, firmeza, e acima de tudo, experiência. Para um gerente de projetos ser bem sucedido nesta área de conhecimento, é necessário se aplicar e desenvolver sua capacidade de relacionamento interpessoal.
|
|
|
Tela 67 |
Os Processos de Gerenciamento de Recursos Humanos Segundo o PMBoK, os processos envolvidos no gerenciamento de Recursos Humanos devem ser:
Distribuídos nos grupos de processos da seguinte forma:
|
|
|
Tela 68 |
Como objetivo dos processos de Gerenciamento de recursos humanos, temos:
o cabe ao gerente de projeto manter todos que trabalham na equipe informados de suas atribuições, o que se espera de cada um, quais produtos cada um deve entregar, e a quem deve recorrer para buscar informações, por exemplo. Uma das maiores causas de apreensão e stress é não saber o que a equipe espera que você faça no projeto, por isso, não deixe seus recursos nesta situação!
|
|
|
Tela 69 |
|
|
|
Tela 70 |
|
|
|
Tela 71 |
É importante definir e esclarecer para todos os participantes da equipe do projeto os papéis e responsabilidades de cada um. Deixar produtos do projeto sem um responsável bem definido no projeto, ou deixar duas pessoas com responsabilidades conflitantes é causa certa de problemas.
Um dos pontos mais importantes a serem definidos para os recursos humanos do projeto é o conjunto de papéis e responsabilidades dos envolvidos. Uma das dificuldades em atribuir os papéis e responsabilidades à equipe é que você não tem nenhuma autoridade formal sobre os membros de sua equipe. Uma maneira de atribuir estas responsabilidades e motivar as pessoas da equipe a terem a produtividade esperada é relatar o desempenho sobre os seus trabalhos no projeto e garantir que sejam incluídos nas revisões de desempenho anuais dos mesmos. Você deve comunicar aos membros da equipe que os seus desempenhos sobre o projeto serão incluídos em suas revisões de desempenho anual. Também, isto deve reiterado e concordado pelos gerentes diretos dos membros da equipe. |
|
|
Tela 72 |
Matriz de Responsabilidades Uma das ferramentas mais importantes a ser utilizada quando os projetos são relativamente grandes, ou têm muitos produtos para entregar é a Matriz de Responsabilidades. Esta matriz procura mostrar qual a responsabilidade de cada um sobre os produtos do projeto, uma vez que pode haver muitas pessoas com funções na criação e aprovação dos produtos. Às vezes são muito simples, por exemplo, uma pessoa que escreve um documento e uma pessoa que aprova. Em outros casos, pode haver muitas pessoas envolvidas na criação, e outras que são necessárias para ter diferentes níveis de aprovação. Esta matriz ajuda a assentar as expectativas, e assegurar que as pessoas sabem e entendem o que se espera delas. Por exemplo, você necessita saber se os membros do Comitê de Direção aprovaram o documento dos requerimentos de negócio ou não. A Matriz de Responsabilidade pode esclarecer quase todas as perguntas sobre este tipo de preocupação. |
|
|
Tela 73 |
Na matriz, as diferentes pessoas (ou funções), aparecem como colunas, com os produtos enumerados nas linhas. Então, se utiliza os pontos de interseção para descrever a responsabilidade de cada pessoa em cada um dos produtos. Veja abaixo uma matriz simples e as categorias de responsabilidade sugeridas.
“A” significa
a pessoa (ou função) que aprovará o produto. Na tabela acima, a Definição de Projeto é criada pelo Gerente de Projeto, aprovada pelo Sponsor do Projeto, pelo Gerente Funcional e pelo Comitê de Direção (Steering Comitê), e revisado pela Equipe de Trabalho. Os requerimentos de negocio são criados pela Equipe de Trabalho, revisados pelo Gerente de Projeto e o Gerente Funcional, e aprovados pelo Sponsor do Projeto e o Comitê de Direção. |
||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
Tela 74 |
O propósito da Matriz de Responsabilidade é proporcionar clareza e indicar os acordos sobre quem faz o quê; assim se pode definir as colunas com todos os detalhes que faltam. A capacidade de gerar clareza é vital para que a matriz seja eficaz. A matriz deve refletir as expectativas e responsabilidades das pessoas. Por exemplo, se o Sponsor delegar a aprovação dos Requerimentos de Negócio a um subordinado, esse fato deve ser representado na matriz para que todos a vejam e aprovem; por outro lado, se o Sponsor concordar que aprovará os Requerimentos do Negócio, então, de fato, se requer sua aprovação, e não a de um subordinado que não tenha essa responsabilidade. Algumas responsabilidades adicionais podem ser consideradas para a legenda utilizada na tabela anterior:
|
||||||||||||||
|
|
Tela 75 |
Motivação Um dos fatores mais motivantes para os participantes do projeto é deixar claro que fazem parte de um time, que seu trabalho é necessário e importante para o projeto. O gerente de projetos deve se preocupar em transparecer esta noção de importância para que todos saibam de seu valor para o projeto.
Dizer para as pessoas que elas estão fazendo um bom trabalho é fácil. É difícil quando você necessita dizer a um membro da equipe que ele não está se encontrando com as suas expectativas. Quando este tipo de conversação for apropriado, o gerente de projeto pode utilizar as seguintes técnicas:
|
||
|
|
Tela 76 |
|
|
|
Tela 77 |
|
|
|
Tela 78 |
Estabelecer um prazo para um plano de ação e revisões O gerente de projeto deve documentar todos os itens de ação, circulá-lo entre os membros da equipe e assegurar-se de que sejam completados. Antes que a reunião termine, o gerente de projeto e o membro da equipe devem concordar com uma data para verificar o progresso. Lembre-se sempre que a qualidade do trabalho e a motivação dos membros do projeto são diretamente relacionadas com a capacidade do Gerente do Projeto, que pode prover as condições para que a equipe seja mais motivada.
|
|
|
Tela 79 |
Resumo Os processos de gerenciamento da qualidade do projeto incluem todas as atividades da organização executora que determinam as responsabilidades, os objetivos e, as políticas de qualidade. Os processos envolvidos na qualidade de projetos são: o planejamento da qualidade, a garantia da qualidade e o controle da qualidade. O Planejamento da qualidade visa identificar quais padrões de qualidade são relevantes para o projeto e determinar como satisfazê-los. Realizar a garantia da qualidade é aplicar atividades de qualidade planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto emprega todos os processos necessários para atender aos requisitos. Realizar o controle da qualidade consiste em monitorar os resultados específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de acordo com os padrões de qualidade e identificar maneiras de eliminar as causas de um desempenho insatisfatório. Em muitos projetos, o gerenciamento da qualidade não ocorre de maneira formal e documentada, mas nem por isso deixa de existir. O conceito de qualidade explorado em projetos deve incluir, principalmente, a conformidade com os requisitos, conformidade com as especificações e adequação ao uso. O gerenciamento de qualidade não é um evento, mas sim, um processo e uma mentalidade. Um produto do projeto com qualidade elevada não pode ser produzido por um processo defeituoso. Um conjunto maior de funcionalidades ou características não torna um produto com mais qualidade que outro, apenas o coloca em outro grau, o que, normalmente, representa um outro custo, ou um outro público alvo. São exemplos de ferramentas usadas como apoio à qualidade o Diagrama de Ishikawa, checklists e diagramas de Pareto. Quando do planejamento dos padrões e níveis de qualidade para produtos e projetos, um aspecto a ser levado em conta é o custo adicional que a qualidade ou a falta dela pode representar, ou seja, os benefícios gerais devem compensar em muito os custos que o modelo acarreta. Para um gerente de projetos ser bem sucedido nesta área de conhecimento, é necessário desenvolver e aplicar sua capacidade de relacionamento interpessoal. Os processos envolvidos no gerenciamento de Recursos Humanos são: o planejamento de recursos humanos, a contratação ou mobilização da equipe do projeto, o desenvolvimento da equipe do projeto e o gerenciamento da equipe do projeto. É importante definir e esclarecer para todos os participantes da equipe do projeto os papéis e responsabilidades de cada um, para evitar futuros conflitos no projeto. Uma das ferramentas de gerenciamento de recursos humanos mais importantes a serem utilizadas é a Matriz de Responsabilidades, que procura mostrar qual a responsabilidade de cada um sobre os produtos do projeto. Um dos fatores mais motivantes para os participantes do projeto é deixar claro que fazem parte de um time, que seu trabalho é necessário e importante para o projeto. A qualidade do trabalho e a motivação dos membros do projeto são diretamente relacionadas com a capacidade do Gerente do Projeto, que pode prover as condições para que a equipe seja mais motivada. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 4 | Tela 80 |
|
1 - Gerenciando as comunicações do projeto Definições Cleland (2002) define a comunicação como um processo pelo qual a informação é transferida entre os indivíduos por meio de símbolos, sinais e outros. A comunicação é um processo de duas vias, no qual participam ativamente o emissor e o receptor da informação, com os envolvidos atuando, na maioria das vezes, como emissores e receptores simultaneamente.
|
|
Tela 81 |
Keeling (2002) sugere que a comunicação é fundamental à ação individual e ao esforço conjunto. É o sistema nervoso da liderança, do trabalho em equipe, da cooperação e do controle. A liderança tem o poder de determinar a qualidade dos relacionamentos, os níveis de satisfação e a medida de nosso sucesso ou fracasso. Sua ruptura é uma das principais causas de discórdia ou conflito, mas sendo ela, comunicação, o veículo fundamental para resolver as dificuldades. É amplamente reconhecido que a maioria de nós se preocupa menos com o modo como se comunica do que com o modo como respira, somente se preocupando quando algo sai errado.
|
|
|
Tela 82 |
A comunicação é a habilidade orgânica da administração, na qual muitos de nós somos notoriamente inaptos e, por mais que nos empenhemos em aperfeiçoá-la, geralmente ela continua a ser o item “mais grosseiro” em nossa caixa de ferramentas gerenciais. No desenvolvimento
de projeto, a omissão ou falta de atenção à
necessidade de comunicação é a raiz de muitos problemas
de desentendimento ou conflito, mas o planejamento e o esforço
consciente podem lançar as bases de uma boa rede de negócios
(networking) para evitar, ou, em último caso, sanar as sérias
consequências do colapso da comunicação.
|
|
|
Tela 83 |
O Gerenciamento das Comunicações O PMBoK sugere que o gerenciamento das comunicações do projeto é a área de conhecimento que emprega os processos necessários para garantir a geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destinação final das informações sobre o projeto de forma oportuna e adequada.
Os processos de gerenciamento das comunicações do projeto fornecem as ligações críticas entre pessoas e informações que são necessárias para comunicações bem-sucedidas. Os gerentes de projetos podem gastar um tempo excessivo na comunicação com a equipe do projeto, partes interessadas, cliente e patrocinador. Todos os envolvidos no projeto devem entender como as comunicações afetam o projeto como um todo. |
|||
|
|
Tela 84 |
Os processos de gerenciamento das comunicações do projeto incluem as seguintes ações:
|
|
|
Tela 85 |
Esses processos interagem entre si e também com processos de outras áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver o esforço de uma ou mais pessoas ou grupos de pessoas, com base nas necessidades do projeto. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e também em uma ou mais fases do projeto, se ele estiver dividido em fases. Embora os processos estejam apresentados aqui como elementos distintos com interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir. A seguir, temos a visão geral dos processos de gerenciamento das comunicações do projeto.
|
|
|
Tela 86 |
A figura a seguir apresenta a proposta de um fluxograma dos processos, suas entradas e saídas, além de outros processos de área de conhecimento relacionados.
|
|
|
Tela 87 |
|
2 - Gerenciando as aquisições do projeto A logística também é considerada um fator preponderante para a consecução dos objetivos de um projeto: quanto maior a sua complexidade, maior é a necessidade de uma estrutura amadurecida para contratações e aquisições de serviços, consultorias, mão de obra, materiais permanentes e suprimentos. Conforme sugere o PMBoK, o gerenciamento de aquisições do projeto inclui os processos para comprar ou adquirir os produtos, serviços ou resultados necessários de fora da equipe do projeto para realizar o trabalho.
O gerenciamento de aquisições do projeto também inclui a administração de qualquer contrato emitido por uma organização externa (o comprador) que está adquirindo o projeto da organização executora (o fornecedor) e a administração de obrigações contratuais estabelecidas para a equipe do projeto pelo contrato. |
|
Tela 88 |
Os processos de gerenciamento de aquisições do projeto incluem:
|
|
|
Tela 89 |
Abaixo temos uma visão geral do processo de aquisições de um projeto.
|
|
|
Tela 90 |
Os Contratos Os processos de gerenciamento de aquisições do projeto envolvem contratos que são documentos legais entre um comprador e um fornecedor. Um contrato é um acordo que gera obrigações para as partes que obriga o fornecedor a fornecer os produtos, serviços ou resultados especificados e obriga o comprador a fornecer compensação monetária ou outra compensação de valor. Um contrato é uma relação legal sujeita a remediação nos tribunais. O acordo pode ser simples ou complexo e pode refletir a simplicidade ou a complexidade das entregas. Um contrato inclui termos e condições e pode incluir outros itens como a proposta ou publicações de marketing do fornecedor e qualquer outra documentação em que o comprador esteja se baseando para estabelecer o que o fornecedor deve realizar ou fornecer.
|
|
|
Tela 91 |
É responsabilidade da equipe de gerenciamento de projetos ajudar a adaptar o contrato às necessidades específicas do projeto. Dependendo da área de aplicação, os contratos também podem ser chamados de acordo, subcontrato ou pedido de compra. A maior parte das organizações possui políticas e procedimentos documentados que definem especificamente quem pode assinar e administrar esses acordos em nome da organização. Embora todos os documentos do projeto estejam sujeitos a alguma forma de análise e aprovação, a natureza de obrigação legal de um contrato geralmente significa que estará sujeito a um processo de aprovação mais amplo. Em todos os casos, o foco principal do processo de análise e aprovação garante que a linguagem do contrato descreve os produtos, serviços ou resultados que irão satisfazer a necessidade do projeto identificada. |
|
|
Tela 92 |
No caso de projetos importantes realizados por órgãos públicos, o processo de análise pode incluir a revisão pública do acordo. A equipe de gerenciamento de projetos pode buscar desde o início o suporte de especialistas nas áreas de contratação, compras e legislação. Esse envolvimento pode ser exigido pela política de uma organização. As diversas atividades envolvidas nos processos de gerenciamento de aquisições do projeto compõem o ciclo de vida de um contrato. É possível evitar ou mitigar alguns riscos identificáveis do projeto gerenciando ativamente o ciclo de vida do contrato e redigindo cuidadosamente os termos e as condições do contrato. Assinar um contrato de produtos ou serviços é um método de alocar a responsabilidade do gerenciamento ou de assumir riscos potenciais.
|
|
|
Tela 93 |
Observe, a seguir, o fluxograma do Processo de Gerenciamento do Projeto.
|
|
|
Tela 94 |
Tipos de Contratos Diferentes tipos de contratos são mais ou menos adequados para diferentes tipos de compras. O tipo de contrato usado e os termos e condições específicos do contrato definem o grau de risco que está sendo assumido pelo comprador e pelo fornecedor. Os contratos geralmente estão incluídos em uma entre três categorias amplas:
Esta categoria de contrato envolve um preço total fixo para um produto bem definido. Os contratos de preço fixo podem também incluir incentivos para que objetivos selecionados para o projeto, como metas de cronograma, sejam atingidos ou superados. A forma mais simples de um contrato de preço fixo é um pedido de compra de um item especificado a ser fornecido até uma data especificada por um preço especificado. |
||
|
|
Tela 95 |
|
|
|
|
|
Esta categoria de contrato envolve o pagamento (reembolso) para o fornecedor pelos custos reais do fornecedor acrescidos de uma remuneração que normalmente representa o lucro do fornecedor. Os custos geralmente são classificados como custos diretos ou indiretos. Os contratos de custos reembolsáveis frequentemente incluem cláusulas de incentivo em que, se o fornecedor atingir ou superar os objetivos selecionados para o projeto, como metas do cronograma ou custo total, receberá um incentivo ou pagamento de bônus. Três tipos comuns de contratos de custos reembolsáveis são: |
|
Tela 96 |
Os contratos T&M são um tipo híbrido de acordo contratual que contém aspectos dos acordos de custos reembolsáveis e de preço fixo. Esses tipos de contratos se assemelham aos acordos de custos reembolsáveis por serem modificáveis. O valor total do acordo e a quantidade exata de itens a serem fornecidos não são definidos pelo comprador no momento do fechamento do contrato. Dessa forma, os contratos T&M podem ter o seu valor aumentado como se fossem acordos de custos reembolsáveis. Por outro lado, os acordos T&M podem também ser semelhantes a acordos de preço fixo. Por exemplo, os valores unitários podem ser preestabelecidos pelo comprador e pelo fornecedor quando ambas as partes concordam com os valores de serviços profissionais para uma categoria de recursos específica. |
|
|
Tela 97 |
Resumo A comunicação é a habilidade orgânica da administração, na qual muitos de nós somos notoriamente inaptos e, por mais que nos empenhemos em aperfeiçoá-la, geralmente ela continua a ser o item mais grosseiro em nossa caixa de ferramentas gerenciais. Segundo o PMBoK, o gerenciamento das comunicações do projeto é a área de conhecimento que emprega os processos necessários para garantir a geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destinação final das informações sobre o projeto de forma oportuna e adequada. Os processos de gerenciamento das comunicações do projeto incluem as seguintes ações: planejamento das comunicações, distribuição das informações, relatório de desempenho e gerenciamento das partes interessadas. Os processos de gerenciamento de aquisições do projeto incluem: planejar compras e aquisições, planejar contratações, solicitar respostas de fornecedores, selecionar fornecedores, administração de contrato e encerramento do contrato. Um contrato é um acordo que gera obrigações para as partes que obriga o fornecedor a prover os produtos, serviços ou resultados especificados e obriga o comprador a fornecer compensação monetária ou outra compensação de valor. Inclui termos e condições e pode incluir outros itens, como a proposta ou publicações de marketing do fornecedor e qualquer outra documentação em que o comprador esteja se baseando para estabelecer o que o fornecedor deve realizar ou fornecer. Dentre os tipos de contrato que podemos identificar estão: os contratos de preço fixo ou preço global, os contratos de custos reembolsáveis, contratos por tempo e material (T&M). |
|
|