Dificuldade de contratação para pequenas e médias empresas – o Brasil é um país que possui muitos impostos e burocracia, o que gera dificuldades, principalmente para as pequenas e médias empresas. Para tentar manter-se no mercado, essas empresas lançam mão de artifícios para reduzir seus custos com a folha de pagamento, o que acaba por prejudicar os profissionais. Vejamos alguns exemplos:

usar mais estagiários que funcionários contratados nos projetos,
postergar o tempo de estágio sem contratar o profissional,
não estabelecer uma política de cargos e salários justa,
contratar profissionais sem formação com salários abaixo da média do mercado,
contratar consultores temporários não regulamentando sua contratação pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e, desta forma, evitando o pagamento dos direitos trabalhistas devidos por tempo de serviço.

Com a regulamentação da profissão, a média de salários dos profissionais subiria, como também a fiscalização em relação às contratações fora dos padrões da CLT, o que elevaria a folha de pagamento das empresas, tornaria seus lucros menores, reduzindo ou até mesmo impossibilitando seu crescimento.

Como podemos perceber, neste caso, a regulamentação prejudicaria as empresas que contratam os profissionais, mas beneficiaria os profissionais que precisam das empresas para exercer a profissão. Estaríamos diante da chamada “faca de dois gumes”.

CLT

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho. Ela foi criada por meio do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil.