É comum ter-se a ideia de que a engenharia de requisitos é um processo breve, que se inicia com o levantamento dos requisitos e finaliza com a sua documentação. Entretanto, a verdade é que o processo de engenharia de requisitos é contínuo, estendendo-se durante todo o ciclo de desenvolvimento do sistema. Esta realidade tem como causa dois principais fatores, a possível ocorrência de um erro na especificação do requisito ou a solicitação de uma mudança no escopo do sistema.
O levantamento de requisitos é uma das atividades mais críticas do desenvolvimento de sistemas, sendo que é normal ocorrerem erros na especificação. Além disso, as estatísticas comprovam que há uma grande probabilidade de ocorrerem mudanças de requisitos em sistemas de média e alta complexidade durante o ciclo de desenvolvimento. Desta forma, resta aos envolvidos no processo de produção do software garantir que as mudanças ocasionadas por erros ou por alteração do escopo sejam adequadamente tratadas de modo que o produto final entregue esteja adequado à real necessidade do cliente.
De modo a tornar racional a engenharia de requisitos, é comum encontrar na literatura uma divisão do processo em uma série de atividades, apresentadas na figura abaixo como parte de um ciclo de vida.
É o processo de descobrir e documentar as necessidades do cliente e as restrições do sistema, ou seja, é o levantamento inicial dos requisitos.
É a etapa na qual é realizado um refinamento dos requisitos já identificados e documentados.
É o processo de revisar os requisitos de modo a garantir que a sua escrita esteja clara, precisa, completa e não ambígua.
É uma atividade que perdura durante todo o ciclo de vida do desenvolvimento, de forma a manter o alinhamento entre o que está sendo produzido e as necessidades do cliente.
É o processo de coordenar e documentar todas as atividades e etapas da engenharia de requisitos.