Para entender as limitações do paradigma estruturado/procedural, iremos estudar um exemplo simples. Digamos que você faça parte de uma equipe de cinco programadores de uma fábrica de software. Essa fábrica foi contratada para desenvolver um site de compras on-line.
Em diversas partes do site será necessário identificar e validar o usuário que está acessando o site. Cada programador ficará encarregado de uma parte do site e todos precisarão identificar em algum momento do código qual é o usuário e validá-lo. Você já deve imaginar como seria muito difícil compartilhar o código de verificação do usuário entre todos os programadores. Se cada um dos programadores fizesse o seu próprio código seria mais problemático ainda, pois mesmo que todos fizessem um excelente trabalho seria muito difícil fazer a manutenção do código, caso fosse necessário alterar a forma de autenticação do usuário. Um outro problema é que essa verificação do usuário estaria espalhada em todo o código do site o que dificultaria ainda mais essas alterações. Outro problema é que existe uma chance muito grande do programador esquecer-se de validar o usuário causando problemas grandes para o cliente.
No exemplo acima, vimos que não há uma garantia que o usuário será sempre identificado e validado, pois não existe uma conexão forte entre dados e funcionalidade. Veremos que o paradigma orientado a objetos já possui algumas ideias que resolvem essas limitações e facilitam a programação e o compartilhamento do código com segurança e facilidade de manutenção. O que chamamos de paradigma de programação orientada a objetos, ou simplesmente POO, é uma forma complementar ao paradigma estruturado pois também trata de construir estruturas que permitam representar o mundo real tal como o conhecemos e percebemos no mundo virtual/tecnológico/digital. O detalhe adicional é que o POO permite escrever programas que se aproximam mais da forma como o homem moderno está habituado a pensar e raciocinar. Ou seja, o paradigma orientado a objeto nada mais é que um modelo utilizado atualmente pela ciência e pela industria quase em sua totalidade, inclusive àquelas ligadas a tecnologia, para produzir a imensa maioria dos produtos/serviços tais como os softwares, por exemplo, utilizados pela sociedade moderna.