3.3 - Valor primário x valor secundário
O valor de um documento pode mudar com o tempo.
Exemplo: o documento que criou a cidade de Brasília, transformando-a em capital federal, foi assinado em 21/04/1960 e tinha força de lei àquela época. Esse era o valor primário desse documento, entretanto, com o passar do tempo, mesmo Brasília permanecendo a capital federal, o documento citado não é mais necessário para fins legais. Atualmente, esse documento está no Museu Histórico de Brasília para que visitantes possam conhecê-lo. Ou seja, seu valor agora é secundário, tem um valor histórico apenas.
O “Código de classificação de documentos de arquivo para a administração pública: atividades-meio” e a “Tabela básica de temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos às atividades-meio da administração pública”, aprovados pelo CONARQ, são instrumentos fundamentais para a implementação da gestão arquivística de documentos, caso o sistema SIGAD seja implementado em uma organização pública. Em se tratando de uma organização privada, não há obrigatoriedade da aplicação dessa tabela, entretanto, aplicá-la seria uma boa recomendação, pois traz em si características básicas que são compartilhadas entre qualquer tipo de empresa pública ou privada, que possua uma área administrativa.
Esses instrumentos definem regras de guarda dos tipos comuns de documento, baseando-se no valor primário dos mesmos. Exemplo
Exemplo: Um documento do tipo “Nota Fiscal” deve ficar na fase corrente enquanto foi necessário e por 10 anos na fase intermediária. Passado esse tempo, se ele tiver um valor secundário, deverá ser guardado para sempre; do contrário, poderá ser eliminado.
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