a) Padrão RTF

O primeiro tipo de arquivo que aceitou um padrão mais complexo de formatação foi o RTF (Rich Text Format ou Formato de Texto Rico). O RTF aceita texto formatado, tabelas e gráficos. Ele foi criado em 1987 pela Microsoft e, a partir de então, tornou-se o primeiro formato padrão para arquivos de texto com formatação. O primeiro editor de textos da Microsoft a suportar manipular documentos RTF foi chamado de Ms Write, desenvolvido em 1988.

Da mesma forma que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) definiu o padrão CNAB 240 para movimentações bancárias, a Presidência da República, no Manual de Redação da Presidência da República, definiu em 2002 que o RTF deve ser o padrão preferencial para textos compartilháveis entre organizações públicas. O STF (Supremo Tribunal Federal) e o TJ (Tribunal de Justiça) atualmente só emitem súmulas no padrão RTF.

A grande vantagem de se utilizar o padrão RTF para troca de arquivos de texto entre sistemas diferentes é que, como ele é um modelo estanque e aberto, há uma garantia de que o documento criado por um sistema e lido por outro sistema será exatamente igual ao documento lido e confeccionado no sistema original.

A codificação de um arquivo RTF é feita em arquivo de texto plano, utilizando delimitadores como a barra invertida (“\”), sinais de chaves (“{ }”) e os sinais de maior que e menor que (“<...>”). Um pequeno texto no formato RTF fica assim armazenado dentro do arquivo RTF:

{\rtf1\ansi{\fonttbl\f0\fswiss Helvetica;}\f0\pard
Este é um pequeno exemplo de {\b texto} feito no formato RTF.\par
}

Observe que facilmente conseguimos ler que o conteúdo do arquivo é “Este é um pequeno exemplo de texto feito no formato RTF”. Por isso chamamos de “arquivo próximo à leitura humana”, diferentemente dos arquivos binários, que são “arquivos em linguagem de máquina”. O texto em RTF acima coloca a palavra “texto” em negrito, por isso a marcação “{\b }”. Ao aprender essas marcas, fica fácil saber o resultado final da formatação.

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