• dBase e Clipper

Uma das grandes inovações (e vantagens) do dBase em relação ao Cobol é que o dBase incorporava funcionalidades de controle de fluxo (como o Do While / End Do) e lógica condicional (como IF e End If). Para manipulação de dados, dBase oferecia comandos e funções procedurais sofisticados para abrir e pesquisar arquivos, manipular o valor de campos, e manipular texto, números e datas. Também possuía capacidade de abrir e manipular simultaneamente diversos arquivos.

O formato de arquivo do dBase (e seus variantes) é o DBF. O sistema de banco de dados dBase foi um dos primeiros a prover uma seção de cabeçalho (header) para descrever a estrutura dos dados dentro do arquivo. Isso significa que o programa não mais necessitava conhecimento prévio da estrutura de dados, mas poderia perguntar diretamente ao arquivo de dados como este estava estruturado.

O dBase também criou o conceito de arquivos de índice, extensão IDX (dBase) ou NTX (Clipper). Esses arquivos serviam como sumários para apontar o local exato do conteúdo da informação dentro do arquivo DBF, dessa forma, era extremamente rápido pesquisar uma informação indexada.

Imagine uma tabela de pessoas com mais de 1.000 registros, para o sistema localizar uma determinada pessoa sem um índice de nome, o sistema precisaria percorrer cada um dos clientes até encontrar o cliente desejado, ou seja, se seu cliente fosse o último do cadastro, o sistema iria realizar 1.000 consultas até conseguir localizá-lo. Já se houvesse um índice de nomes, o sistema iria executar no máximo 10 passos para localizar o cliente (a quantidade de passos para localização de registros em um índice é calculado por Log x base 2, onde x é a quantidade de registros. Dessa forma, Log 1000 base 2 = 9,96, que corresponde a 10 operações).