c) Arquitetura Micronúcleo
O conceito da arquitetura micronúcleo, ou microkernel, começou a ser discutido na década de 1980. A primeira geração de sistemas operacionais desenhados com esta arquitetura foi marcada pelo lançamento do Mach, desenvolvido pela Universidade Carnegie Mellon.
Esta arquitetura tem como principal diretriz a construção de um código central do sistema operacional que contemple apenas as funções mais básicas, como o gerenciamento dos processos e da memória em baixo nível. A estrutura para execução destas atividades era tão diminuta que era comum encontrar núcleos de sistemas operacionais com menos de 9.000 linhas de código, realidade bem diferente dos sistemas monolíticos, onde o núcleo do sistema pode chegar a ter milhões de linhas de código. Este é um dos principais benefícios da arquitetura micronúcleo, já que o pequeno tamanho do código fonte gera maior facilidade de suporte e manutenção no núcleo do sistema.
É importante ressaltar, entretanto, que o minimalismo pregado pela estrutura micronúcleo não impede o sistema operacional de executar as demais operações normalmente encontradas neste tipo de software. Todas as funções complementares, como a gerência dos arquivos ou da rede, são codificadas em módulos executados em modo usuário e se comunicam com o núcleo do sistema através de troca de mensagens.