a) Debian
O projeto de criação do Debian GNU/Linux foi iniciado no ano de 1993 por Ian Murdoc, quando o conceito de montagem de diferentes distribuições do Linux ainda era algo recente. Em seu início, a distribuição Debian era a única dentre as grandes distribuições que mantinha o código completamente aberto para qualquer desenvolvedor ou usuário que desejasse contribuir com o projeto. Saiba+
Em seus estágios iniciais, o Debian era distribuído através do código fonte, que deveria ser descompactado e compilado pelos usuários finais. Entretanto, não demorou muito para que fosse criado o gerenciador de pacotes binários próprio do Debian e os arquivos “.deb”, uma das marcas registradas do sistema operacional. Estes elementos, além de prover a instalação automática dos pacotes desejados, também permitiam o controle de dependências e de conflitos entre os pacotes. O sistema se tornaria completo com a inclusão do Advanced Package Tool (APT), no Debian 2.1, e a criação dos repositórios online de pacotes, fato que tornou intuitivo e trivial instalar novos aplicativos no sistema e que é considerado um dos principais elementos das versões atuais do Debian.
Uma das principais características do Debian é a sua estabilidade, que em muito está relacionada ao conservadorismo da equipe responsável pela manutenção do sistema. Os mantenedores do Debian têm por diretriz protelar a inclusão de novas tecnologias no SO até que estas estejam largamente estabelecidas e testadas. Além disso, o Debian é um SO de ciclo de publicação lento, ou seja, normalmente levam um a três anos para que cada nova versão estável seja lançada.
É inquestionável o fato de que o Debian é uma das principais distribuições Linux do mercado. O sucesso do Debian pode ser mensurado pelo atual número de colaboradores voluntários, que ultrapassa o primeiro milhar, e pelas mais de cento e vinte distribuições desenvolvidas com base neste sistema operacional, dentre elas algumas extremamente relevantes, como o Linux Ubuntu.
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