Conforme a figura “Fluxo de processo do SCRUM” temos um modelo padrão de utilização do SCRUM, mas que pode ser adaptado sem perder de vista os pilares do SCRUM. Na fase inicial o cliente escreve as User Story (história de usuário), que são descrições simples que representam uma funcionalidade. A User Story deve ser escrita do ponto de vista das necessidades dos clientes, isso é o recomendável. Os User Story são escritos em cartões, e essas histórias são organizadas por ordem de prioridade, juntamente com o cliente. Essa priorização seleciona as funcionalidades mais importantes chegando a descartar o excesso de funcionalidades inúteis.
Como as User Story serão escritas pelos clientes, provavelmente teremos problemas na interpretação daquilo que o cliente escreveu, o que é muito comum acontecer. Para evitar problemas dessa natureza é importante a proximidade com o cliente continuamente, ou seja, a escrita das User Story deve ser feita entre a equipe e o gestor. Quando falamos em gestor estamos falando do cliente, nesse caso são as mesmas pessoas. Segundo James Martin 82% do custo do projeto está envolvido em retrabalho, devido a má definição dos requisitos iniciais e 56% dos projetos entregues são considerados com alguma falha, e essas falhas acontecem nas fases iniciais do projeto.
Surge então uma preocupação enorme com a fase inicial do projeto, mas necessariamente com a fase de levantamento de requisitos, quanto mais detalhado que for os requisitos, melhor será a compreensão de todos nas outras etapas do projeto. Deve usar práticas de levantamento de requisitos para manter as User Story bem simples e compreensíveis com facilidade de entendimento da real necessidade do cliente. No SCRUM qualquer um pode escrever a User Story, desde que tenha domínio do negócio, mas cabe ao Product Owner aceitar e bater o martelo das prioridades das User Story.
O termo “funcionalidades inúteis” pode parecer estranho, mas grosso modo é assim que funciona: o cliente quer o mundo, mas precisa apenas de um lote desse mundo. A priorização faz o cliente ter uma noção de tempo, que acaba planejando primeiro as Sprints com as histórias priorizadas.
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