Muitos comentam que Método Ágil peca pela falta de documentação, isso é devido à quantidade de documentos gerados nas metodologias tradicionais. A maioria das empresas do governo utiliza metodologias tradicionais. Suas áreas de auditoria cobram muito as documentações dos sistemas construídos. Isso gera um medo na utilização das metodologias ágeis e acaba inibindo o desenvolvimento desse tipo de processo.
Na verdade há um mito de que não se documentam em metodologias de desenvolvimento ágil.
A grande diferença das metodologias tradicionais e das ágeis é que, na tradicional às vezes o técnico documenta porque “tem de” documentar, sem saber ao certo o objetivo daquele documento, e na maioria das vezes nem utiliza o documento que está construindo, ou seja, é um documento que nasce morto, pois apenas cumpre uma regra metodológica. Já no método ágil não se deve perder tempo com esse tipo de documentação, que é aquela que não servirá para nada.
Um ponto importante é que documentação não substitui a comunicação. Muitas empresas e equipes se escondem atrás de documentos e algumas ferramentas para realizarem a comunicação. Isso é um erro gravíssimo. Fica aquela história: o analista construiu a especificação de requisitos e mandou por email para o programador, que senta exatamente ao seu lado. O programador não teve tempo de abrir sua caixa postal ainda, e isso já tem três dias, então não leu o email. O analista fica culpando o programador e começa a falar para o cliente que o código ainda não está pronto, porque o programador está ocupado com outras coisas. Bem, aí começam todos os problemas e o relacionamento da equipe piora, tudo por falta de uma conversa, uma comunicação oral.
A formalização pode ocorrer sem problemas, mas a conversa tem que existir. Muitos projetos têm seus problemas resolvidos no cafezinho, na copa e até mesmo no almoço, são nesses momentos que os técnicos conversam uns com os outros. Então se um dia você for um gestor ou dono de empresa não corte as conversas no cafezinho e nunca corte o café.