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Então, diante do questionamento a respeito da prática da modelagem de negócios nas empresas, algumas respostas estão sempre presentes:

Os clientes não querem pagar por isso.
Não está definido no contrato.
Não dá tempo. Já estamos atrasados para reuniões.
Fazer modelagem demora demais.

Entretanto, o que ocorre, na verdade, é que a maioria dos analistas não sabe como fazer. Não basta reunir analistas e cliente ou utilizar alguma notação. Deve-se buscar uma orientação mais pragmática, porque mais importante que analistas e notações é saber identificar os processos de negócio.

É importante saber detalhá-los sem a interferência tecnológica (premissa antiga, mas que se utiliza quase nunca), pois sempre há analistas pensando em tecnologia como solução.

Quando falamos “sem a interferência tecnológica” quer dizer que é necessário saber fazer as coisas como se não existisse o apoio de computadores. Afinal, como seriam algumas coisas da vida sem o computador? Seria como há 10, 15, 20 anos atrás. Em 1989 este professor que aqui vos escreve, participou de um campeonato de tiro de “Obus”, muito conhecido como “canhão” fora do meio militar. Naquela época fazíamos todos os cálculos manualmente e registrávamos os valores no Obus e realizávamos o tiro. Esse procedimento demorava um pouco, cerca de 10 minutos. No dia da competição íamos competir com uma equipe que trazia em seu Obus um computador acoplado. Esse computador fazia os cálculos automaticamente, em segundos, e realizava o tiro. Felizmente para nós, da minha equipe, o computador da equipe adversária avariou-se no início da competição. O que aconteceu? Embora tenhamos consumido aqueles 10 minutos, nós atiramos e eles não atiraram. Eles não sabiam fazer os cálculos manualmente, sem a ajuda do computador.

Por isso e por outros motivos é importante saber fazer, se possível, sem a ajuda da máquina. Observamos hoje a dependência tecnológica para tudo, importante sempre aprender sem o uso da tecnologia, assim você não ficará parado se a luz acabar ou se algo tecnológico falhar.